Textos de André Luiz sobre Vampirismo
PARASITISMO NOS REINOS INFERIORES : Comentando as ocorrências da obsessão e do vampirismo no veículo fisiopsicossomático é importante lembrar os fenômenos do parasitismo nos reinos inferiores da Natureza.
Sem nos reportamos às simbioses fisiológicas, em que microorganismos se alhergam no trato intestinal dos seus hospedadores, apropriando-se-lhes dos sucos nutritivos, mas gerando substâncias úteis à existência dos anfitriões, encontraremos a associação parasitária, ao domínio dos animais, à maneira de uma sociedade, na qual uma das partes, quase sempre após insinuar-se com astúcia, criou para si mesma vantagens especiais, com manifesto prejuízo para a outra, que passa, em seguida, à condição de vítima.
Em semelhante desequilíbrio, as vítimas se acomodam, por tempo indeterminado, à pressão externa dos verdugos; contudo, em outras eventualidades, sofrem-lhes a intromissão direta na intimidade dos próprios tecidos, em ocupação impertinente que, às vezes, se degenera em conflito destruidor e, na maioria dos casos, se transforma num acordo de tolerância, por necessidade de adaptação, perdurando até à morte dos hospedeiros espoliados, chegando mesmo a originar os remanescentes das agregações imensamente demoradas no tempo, interferindo nos princípios da hereditariedade, como raízes do conquistador, a se entranharem nas células que lhes padecem a invasão nos componentes protoplasmáticos, para além da geração em que o consórcio parasitário começa.
Em razão disso, apreciando a situação dos parasitas, perante os hospedadores, temo-los por ectoparasitas, quando limitam a própria ação às zonas de superfície, e endoparasitas quando se alojam nas reentrâncias do corpo a que se impõem.
Não será licito esquecer, porem, que toda simbiose exploradora de longo curso, principalmente a que se verifica no campo interno, resulta de adaptação progressiva entre o hospedador e o parasita, os quais, não obstante reagindo um sobre o outro, lentamente concordam na sociedade em que persistem, sem que o hospedador considere os riscos e perdas a que se expõe, comprometendo não apenas a própria vida, mas a existência da própria espécie.
Sem nos reportamos às simbioses fisiológicas, em que microorganismos se alhergam no trato intestinal dos seus hospedadores, apropriando-se-lhes dos sucos nutritivos, mas gerando substâncias úteis à existência dos anfitriões, encontraremos a associação parasitária, ao domínio dos animais, à maneira de uma sociedade, na qual uma das partes, quase sempre após insinuar-se com astúcia, criou para si mesma vantagens especiais, com manifesto prejuízo para a outra, que passa, em seguida, à condição de vítima.
Em semelhante desequilíbrio, as vítimas se acomodam, por tempo indeterminado, à pressão externa dos verdugos; contudo, em outras eventualidades, sofrem-lhes a intromissão direta na intimidade dos próprios tecidos, em ocupação impertinente que, às vezes, se degenera em conflito destruidor e, na maioria dos casos, se transforma num acordo de tolerância, por necessidade de adaptação, perdurando até à morte dos hospedeiros espoliados, chegando mesmo a originar os remanescentes das agregações imensamente demoradas no tempo, interferindo nos princípios da hereditariedade, como raízes do conquistador, a se entranharem nas células que lhes padecem a invasão nos componentes protoplasmáticos, para além da geração em que o consórcio parasitário começa.
Em razão disso, apreciando a situação dos parasitas, perante os hospedadores, temo-los por ectoparasitas, quando limitam a própria ação às zonas de superfície, e endoparasitas quando se alojam nas reentrâncias do corpo a que se impõem.
Não será licito esquecer, porem, que toda simbiose exploradora de longo curso, principalmente a que se verifica no campo interno, resulta de adaptação progressiva entre o hospedador e o parasita, os quais, não obstante reagindo um sobre o outro, lentamente concordam na sociedade em que persistem, sem que o hospedador considere os riscos e perdas a que se expõe, comprometendo não apenas a própria vida, mas a existência da própria espécie.
TRANSFORMACÕES DOS PARASITAS : Temos, assim, na larga escala dos acontecimentos dessa ordem; os parasitas temporários, quais as sanguessugas e quase todos os insetos hematófagos, que apenas transitoriamente visitam os hospedadores; os ocasionais ou os pseudoparasitas, que sistematicamente não são parasitas, mas que vampirizam outros animais, quando as situações do ambiente a isso os conduzam, os permanentes de desenvolvimento direto, que dispõem de um hospedador exclusivo e a cuja existência se encontram ajustados por laços indissolúveis, quase todos relacionáveis entre os endoparasitas; os parasitas chamados heteroxênicos, que se fazem adultos, em ciclo biológico determinado, contando com um ou mais hospedeiros intermediários, quando se encontram em período larval, para atingirem a forma completa no hospedeiro definitivo; os hiperparasitas, que são parasitas de outros parasitas.
Concluído-se que o parasitismo, entre os animais, não decorre de uma condição natural, mas sim de uma autêntica adaptação deles a modo particular de comportamento, é justo admitir se inclinem para novos característicos na espécie.
Assim é que, o parasita, no regime de adaptação a que se entrega, experimenta mutações de vulto a se lhe exprimirem na forma, por reduções ou acentuações orgânicas, compreendendo-se, desse modo, que o desaparecimento de certos órgãos de locomoção em parasitas fixados, e a conseqüente formação de órgãos necessários à estabilidade em que se harmonizam devem ser analisados como fenômeno inerentes à simbiose injuriante, notando-se nesses seres a facilidade da fecundação e a resistência vital, com a extrema capacidade de encistamento, pela qual segregam recursos protetores e se isolam dos fatores adversos do meio, com o frio e o calor, tolerando vários períodos de abstenção de qualquer alimento, a exemplo do que ocorre com o percevejo do leito, que consegue viver, mais de seis meses consecutivos, em completo jejum.
Continuando a examinar as alterações nos parasitas em atividade, assinalamos muitos platelmintos e anelídeos que, em virtude do parasitismo, perderam ao apêndices locomotores, substituindo-os por ventosas ou ganchos.
Identificamos a degeneração do aparelho digestivo em vários endoparasitas do campo intestinal e, por vezes, a total extinção desse aparelho, como acontece a muitos cestóides e ancantocéfalos que, vivendo, de maneira invariável, na corrente abundante de sucos nutritivos já elaborados no intestino de seus hospedadores, convertem os órgãos bucais em órgãos de fixação, prescindindo de sistema intestinal próprio, de vez que passam a realizar a nutrição respectiva por osmose, utilizando toda a superfície do corpo.
De outras vezes, quando o parasita costuma ingerir grande massa de sangue, demonstra desenvolvimento anormal do intestino médio, que se transforma em bolsa volumosa a funcionar por depósito de reserva, onde à assimilação se opera, vagarosa, para que esses animais, como sejam as sanguessugas e os mosquitos, se sobreponham a longos jejuns eventuais.
Concluído-se que o parasitismo, entre os animais, não decorre de uma condição natural, mas sim de uma autêntica adaptação deles a modo particular de comportamento, é justo admitir se inclinem para novos característicos na espécie.
Assim é que, o parasita, no regime de adaptação a que se entrega, experimenta mutações de vulto a se lhe exprimirem na forma, por reduções ou acentuações orgânicas, compreendendo-se, desse modo, que o desaparecimento de certos órgãos de locomoção em parasitas fixados, e a conseqüente formação de órgãos necessários à estabilidade em que se harmonizam devem ser analisados como fenômeno inerentes à simbiose injuriante, notando-se nesses seres a facilidade da fecundação e a resistência vital, com a extrema capacidade de encistamento, pela qual segregam recursos protetores e se isolam dos fatores adversos do meio, com o frio e o calor, tolerando vários períodos de abstenção de qualquer alimento, a exemplo do que ocorre com o percevejo do leito, que consegue viver, mais de seis meses consecutivos, em completo jejum.
Continuando a examinar as alterações nos parasitas em atividade, assinalamos muitos platelmintos e anelídeos que, em virtude do parasitismo, perderam ao apêndices locomotores, substituindo-os por ventosas ou ganchos.
Identificamos a degeneração do aparelho digestivo em vários endoparasitas do campo intestinal e, por vezes, a total extinção desse aparelho, como acontece a muitos cestóides e ancantocéfalos que, vivendo, de maneira invariável, na corrente abundante de sucos nutritivos já elaborados no intestino de seus hospedadores, convertem os órgãos bucais em órgãos de fixação, prescindindo de sistema intestinal próprio, de vez que passam a realizar a nutrição respectiva por osmose, utilizando toda a superfície do corpo.
De outras vezes, quando o parasita costuma ingerir grande massa de sangue, demonstra desenvolvimento anormal do intestino médio, que se transforma em bolsa volumosa a funcionar por depósito de reserva, onde à assimilação se opera, vagarosa, para que esses animais, como sejam as sanguessugas e os mosquitos, se sobreponham a longos jejuns eventuais.
Livro: Missionários da Luz - Vampirismo
A Sessão de desenvolvimento mediúnico, segundo deduzi da palestra entre os amigos encarnados, fora muito escassa em realizações para eles. Todavia, não se verificava o mesmo em nosso ambiente, onde se podia ver enorme satisfação em todas as fisionomias, a começar de Alexandre, que se mostrava jubiloso.
Os trabalhos haviam tomado mais de duas horas e, com efeito, embora me conservasse retraído, ponderando os ensinamentos da noite, minúcia a minúcia, observei o esforço intenso despendido pelos servidores de nossa esfera. Muitos deles, em grande número, não somente assistiam os companheiros terrestres, senão também atendiam a longas filas de entidades sofredoras de nosso plano.
Alexandre, o instrutor devotado, movimentara-se de mil modos. E Tocando a tecla que mais me impressionara, no circulo de observações do nobre concerto de serviços, acentuou, satisfeito, em reaproximando de mim.
Graças ao Senhor, tivemos uma noite feliz. Muito trabalho contra o vampirismo.Oh era o vampirismo a tese que me preocupava. Vira os mais estranhos bacilos de natureza psíquica, completamente desconhecidos na microbiologia mais avançada. Não guardavam a forma esférica das cocáceas, nem o tipo de bastonete das bacteriáceas diversas. Entretanto, formavam também colônias densas e terríveis. Reconhecera-lhes o ataque aos elementos vitais do corpo físico, atuando com maior potencial destrutivo sobre as células mais delicadas.Que significava aquele mundo novo? Que agentes seriam aqueles, caracterizados por indefinível e pernicioso poder? Estariam todos os homens sujeitos à sua influenciação?.Não me contive. Expus ao orientador, francamente, minhas duvidas e temores.Alexandre sorriu e considerou: Muito bem, muito bem, Você veio observar trabalhos de mediunidade e está procurando seu lugar de médico. É natural. Se estivesse especializado noutra profissão, teria identificado outros aspectos do assunto em análise.E a encorajar-me, fraternalmente, acrescentou: Você demostra boa preparação, diante da medicina espiritual que lhe aguarda os estudos.
Depois de longa pausa, prosseguiu explicando: Sem nos referirmos aos morcegos sugadores, o vampiro, entre os homens, é o fantasma dos mortos, que se retira do sepulcro, alta noite, para alimentar-se do sangue dos vivos. Não sei quem é o autor de semelhante definição, mas, no fundo, não está errada. Apenas cumpre considerar que, entre nós, vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens.Alexandre fez ligeiro intervalo na conversação, dando a entender que expusera a preliminar de mais sérios esclarecimentos, e continuou: Você não ignora que, no círculo das enfermidades terrestres, cada espécie de micróbio tem o seu ambiente preferido. O pneumococo aloja-se habitualmente nos pulmões; o bacilo de Eberth localiza-se nos intestinos onde produz a febre tifóide; o bacilo de Klebs-Loffler situa-se nas mucosas onde provoca a diferia. Em condições especiais do organismo, proliferam os bacilos de Hansen ou de Koch. Acredita você que semelhantes formações microscópicas se circunscrevem à carne transitória? Não sabe que o macrocosmo está repleto de surpresas em suas formas variadas? No campo infinitesimal, as revelações obedecem à mesma ordem surpreendente. André, meu amigo, as doenças psíquicas são muito mais deploráveis. A patogenese da alma está dividida em quadros dolorosos. A cólera , a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida intima. Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça. A organização fisiológica, segundo conhecemos ao campo das cogitações terrestres não vai além do vaso de barro, dentro do molde preexistente do corpo espiritual. Atingido o molde em sua estrutura pelos golpes das vibrações inferiores, o vaso refletirá imediatamente.
Compreendi onde o instrutor desejava chegar. Entretanto, as suas considerações relativas às novas expressões microbianas davam ensejo a certas indagações. Como encarar o problema das formações iniciais? Enquadrava-se a afecção psíquica no mesmo quadro sintomatológico que conhecera, até então, para as enfermidades orgânicas em geral? Haveria contágio de moléstias da alma? E seria razoável que assim fosse na esfera onde os fenômenos patológicos da carne não mais deveriam existir?
Afirmara Virchow que o corpo humano “é um pais celular, onde cada célula é um cidadão, constituindo a doença um atrito dos cidadões, provocado pela invasão de elementos externos“. De fato, a criatura humana desde o berço deve lutar contra diversas flagelações climáticas, entre venenos e bactérias de variadas origens. Como explicar, agora, o quadro novo que me defrontava os escassos conhecimentos? Não sopitei a curiosidade. Recorrendo à admirável experiência de Alexandre, perguntei: Ouça meu amigo. Como se verificam os processos mórbidos de ascendência psíquica? Não resulta a afecção do assédio de forças exteriores? Em nosso domínio, como explicar a questão? É a viciação da personalidade espiritual que produz as criações vampiristicas ou estas que avassalam a alma impondo-lhes certas enfermidades? Nesta ultima hipótese, poderíamos considerar a possibilidade de contágio?
Livro: Nosso Lar - Vampiro
Os trabalhos haviam tomado mais de duas horas e, com efeito, embora me conservasse retraído, ponderando os ensinamentos da noite, minúcia a minúcia, observei o esforço intenso despendido pelos servidores de nossa esfera. Muitos deles, em grande número, não somente assistiam os companheiros terrestres, senão também atendiam a longas filas de entidades sofredoras de nosso plano.
Alexandre, o instrutor devotado, movimentara-se de mil modos. E Tocando a tecla que mais me impressionara, no circulo de observações do nobre concerto de serviços, acentuou, satisfeito, em reaproximando de mim.
Graças ao Senhor, tivemos uma noite feliz. Muito trabalho contra o vampirismo.Oh era o vampirismo a tese que me preocupava. Vira os mais estranhos bacilos de natureza psíquica, completamente desconhecidos na microbiologia mais avançada. Não guardavam a forma esférica das cocáceas, nem o tipo de bastonete das bacteriáceas diversas. Entretanto, formavam também colônias densas e terríveis. Reconhecera-lhes o ataque aos elementos vitais do corpo físico, atuando com maior potencial destrutivo sobre as células mais delicadas.Que significava aquele mundo novo? Que agentes seriam aqueles, caracterizados por indefinível e pernicioso poder? Estariam todos os homens sujeitos à sua influenciação?.Não me contive. Expus ao orientador, francamente, minhas duvidas e temores.Alexandre sorriu e considerou: Muito bem, muito bem, Você veio observar trabalhos de mediunidade e está procurando seu lugar de médico. É natural. Se estivesse especializado noutra profissão, teria identificado outros aspectos do assunto em análise.E a encorajar-me, fraternalmente, acrescentou: Você demostra boa preparação, diante da medicina espiritual que lhe aguarda os estudos.
Depois de longa pausa, prosseguiu explicando: Sem nos referirmos aos morcegos sugadores, o vampiro, entre os homens, é o fantasma dos mortos, que se retira do sepulcro, alta noite, para alimentar-se do sangue dos vivos. Não sei quem é o autor de semelhante definição, mas, no fundo, não está errada. Apenas cumpre considerar que, entre nós, vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens.Alexandre fez ligeiro intervalo na conversação, dando a entender que expusera a preliminar de mais sérios esclarecimentos, e continuou: Você não ignora que, no círculo das enfermidades terrestres, cada espécie de micróbio tem o seu ambiente preferido. O pneumococo aloja-se habitualmente nos pulmões; o bacilo de Eberth localiza-se nos intestinos onde produz a febre tifóide; o bacilo de Klebs-Loffler situa-se nas mucosas onde provoca a diferia. Em condições especiais do organismo, proliferam os bacilos de Hansen ou de Koch. Acredita você que semelhantes formações microscópicas se circunscrevem à carne transitória? Não sabe que o macrocosmo está repleto de surpresas em suas formas variadas? No campo infinitesimal, as revelações obedecem à mesma ordem surpreendente. André, meu amigo, as doenças psíquicas são muito mais deploráveis. A patogenese da alma está dividida em quadros dolorosos. A cólera , a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida intima. Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça. A organização fisiológica, segundo conhecemos ao campo das cogitações terrestres não vai além do vaso de barro, dentro do molde preexistente do corpo espiritual. Atingido o molde em sua estrutura pelos golpes das vibrações inferiores, o vaso refletirá imediatamente.
Compreendi onde o instrutor desejava chegar. Entretanto, as suas considerações relativas às novas expressões microbianas davam ensejo a certas indagações. Como encarar o problema das formações iniciais? Enquadrava-se a afecção psíquica no mesmo quadro sintomatológico que conhecera, até então, para as enfermidades orgânicas em geral? Haveria contágio de moléstias da alma? E seria razoável que assim fosse na esfera onde os fenômenos patológicos da carne não mais deveriam existir?
Afirmara Virchow que o corpo humano “é um pais celular, onde cada célula é um cidadão, constituindo a doença um atrito dos cidadões, provocado pela invasão de elementos externos“. De fato, a criatura humana desde o berço deve lutar contra diversas flagelações climáticas, entre venenos e bactérias de variadas origens. Como explicar, agora, o quadro novo que me defrontava os escassos conhecimentos? Não sopitei a curiosidade. Recorrendo à admirável experiência de Alexandre, perguntei: Ouça meu amigo. Como se verificam os processos mórbidos de ascendência psíquica? Não resulta a afecção do assédio de forças exteriores? Em nosso domínio, como explicar a questão? É a viciação da personalidade espiritual que produz as criações vampiristicas ou estas que avassalam a alma impondo-lhes certas enfermidades? Nesta ultima hipótese, poderíamos considerar a possibilidade de contágio?
Livro: Nosso Lar - Vampiro
Eram vinte e uma horas. Ainda são havíamos descansado, senão em momentos de palestra rápida, necessária à solução de problemas espirituais. Aqui, um doente pedia alivio; Ali, outro necessitava passes de reconforto. Quando fomos atender a dois enfermos, no Pavilhão 11, escutei gritaria próxima. Fiz instintivo movimento de aproximação, mas Narcisa deteve-me atenciosa:Não prossiga – disse -; localizam-se ali os desequilibrados do sexo. O quadro seria extremamente doloroso para seus olhos. Guarde essa emoção para mais tardeNão insisti. Entretanto, fervilhavam-me no cérebro mil interrogações. Abrira-se um mundo novo à minha pesquisa intelectual. Era indispensável recordar o conselho da genitora de Lísias, a cada momento, para não me desviar da obrigação justa.
Logo após às vinte e uma horas, chegou alguém dos fundos do enorme parque. Era um homenzinho de semblante singular, evidenciando a condição de trabalhador humilde. Narcisa recebeu-o com gentileza, perguntando:
-Que há, Justino? Qual é a sua mensagem?
O operário, que integrava o corpo de sentinelas das Câmaras de Retificação, respondeu, aflito:Venho participar que uma infeliz mulher está pedindo socorro, no grande portão que dá para os campos de cultura. Creio tenha passado despercebida aos vigilantes das primeiras linhas...-E por que não a atendeu? – interrogou a enfermeira.
O servidor fez um gesto de escrúpulo e explicou: Segundo as ordens que nos regem, não pude fazê-lo, porque a pobrezinha está rodeada de pontos negros. Que me diz? – revidou Narcisa, assustada. Sim Senhora. Então o caso é grave. Curioso, segui a enfermeira, através do campo enluarado. A distância não era pequena. Lado a lado, via-se o arvoredo tranqüilo do parque muito extenso, agitado pelo vento caricioso. Havíamos percorrido mais de um quilometro, quando atingimos a grande cancela a que se referira o trabalhador. Deparou-se nos, então, a miserável figura da mulher que implorava socorro do outro lado. Nada vi, senão o vulto da infeliz, coberta de andrajos, rosto borrendo e pernas em chaga viva; mas Narcisa parecia divisar outros detalhes. Imperceptíveis ao meu olhar, dado o assombro que estampou na fisionomia, ordinariamente calma. Filhos de Deus – bradou a mendiga ao avistar-nos -, dai-me abrigo à alma cansada. Onde está o paraíso dos eleitos, para que eu possa fruir a paz desejada.
Aquela voz lamuriosa sensibilizava-me o coração. Narcisa, por sua vez, mostrava-se comovida, mas falou em tom confidencial: Não está vendo os pontos Negros? Não , respondi. Sua visão espiritual ainda não está suficientemente educada. E, depois de ligeira pausa, continuou: Se tivesse em minhas mãos, abriria imediatamente a nossa porta; mas, quando se trata de criaturas nessa condições, nada posso resolver por mim mesma. Preciso recorrer ao Vigilante-Chefe, em serviço. Assim dizendo, aproximou-se da infeliz e informou, em tom fraterno. Faça o obséquio de esperar alguns minutos. Voltamos apressadamente ao interior. Pela primeira vez, entrei em contato com o diretor das sentinelas das Câmaras de Retificação. Narcisa apresentou-me e notificou-lhe a ocorrência. Ele esboçou um gesto significativo e ajuntou:Fez muito bem, comunicando-me o fato. Vamos até lá. Dirigimo-nos os três para o local indicado. Chegados à cancela, o Irmão Paulo, orientador dos vigilantes, examinou atentamente a recém-chegada do Umbral, e disse: Está mulher, por enquanto, não pode receber nosso socorro. Trata-se de um dos mais fortes vampiros que tenho visto até hoje. É preciso entregá-la à própria sorte. Senti-me escandalizado. Não seria faltar aos deveres cristãos abandonar aquela sofredora ao azar do caminho? Narcisa, que me pareceu compartilhar da mesma impressão, adiantou-se suplicante: Mas, Irmão Paulo, não há um meio de acolhermos essa miserável criatura nas Câmaras? Permitir essa providência – esclareceu ele – seria trair minha função de vigilante. E indicando a mendiga que esperava a decisão, a gritar impaciente, exclamou para a enfermeira: Já notou, Narcisa, alguma coisa além dos pontos negros?Agora, era minha instrutora de serviço que respondia negativamente. Pois vejo mais – respondeu o Vigilante-chefe. Baixando o tom de voz, recomendou: Conte as manchas pretas.Narcisa, fixou o olhar na infeliz e respondeu, após alguns instantes: Cinqüenta e oito.O Irmão Paulo, com a paciência dos que sabem esclarecer com amor, explicou: Esses pontos escuros representam cinqüenta e oito crianças assassinadas ao nascerem. Em cada mancha vejo a imagem mental de uma criancinha aniquilada, umas por golpes esmagadores, outras por asfixia. Essa desventurada criatura foi profissional de ginecologia. A pretexto de aliviar consciências alheias, entregava-se a crimes nefandos, explorando a infelicidade de jovens inexperientes. A situação dela é pior que a dos suicidas e homicidas que, por vezes, apresentam atenuantes de vulto. Recordei, assombrado, os processos da medicina, em que muitas vezes enxergara de perto, a necessidade da eliminação de nascituros para salvar o organismo materno, nas ocasiões perigosas; mas, lendo-me o pensamento, o Irmão Paulo acrescentou: Não falo aqui de providências legitimas, que constituem aspectos das provações redentoras, refiro-me ao crime de assassinar os que começam a trajetória na experiência terrestre, com o direito sublime da vida. Demonstrando a sensibilidade das almas nobres, Narcisa rogou: Irmão Paulo, também eu já errei muito no passado. Atendamos a esta desventurada. Se me permite, eu lhe dispensarei cuidados especiais. Reconheço, minha amiga – respondeu o diretor de vigilância, impressionado pela sinceridade -, que todos somos espíritos endividados; entretanto, temos a nosso favor o reconhecimento das próprias fraquezas e a boa-vontade de resgatar nossos débitos; mas esta criatura, por agora, nada deseja senão perturbar quem trabalha. Os que trazem os sentimentos calejados na hipocrisia emitem forças destrutivas. Para que nos serve aqui um serviço de vigilância? E, sorrindo expressivamente, exclamou: Busquemos a prova. O vigilante-chefe aproximou-se, então, da pedinte e perguntou: Que deseja a irmã do nosso concurso fraterno?Socorro, Socorro, Socorro – respondeu lacrimosa. Mas, minha amiga – ponderou acertadamente - é preciso sabermos aceitar o sofrimento retificador. Por que razão tantas vezes cortou a vida de entezinhos frágeis, que iam à luta com a permissão de Deus?Ouvindo-o inquieta, ela exibiu terrível carantonha de ódio e bradou: Quem me atribui essa infâmia? Minha consciência está tranqüila, canalha. ... Empreguei a existência auxiliando a maternidade na terra. Fui caridosa e crente, boa e pura... Não é isso que se observa na fotografia viva dos seus pensamentos e atos. Creio que a irmã ainda não recebeu, nem mesmo o beneficio do remorso. Quando abrir sua alma às bênçãos de Deus, reconhecendo as necessidades próprias, então, volte até aqui. Irada, respondeu a interlocutora:Demônio, Feiticeiro, Sequaz de satã...Não voltarei jamais... Estou esperando o céu que me prometeram e que espero encontrar. Assumindo atitude ainda mais firme, falou o Vigilante-Chefe com autoridade: Faça, então o favor de retirar-se. Não temos aqui o céu que deseja. Estamos numa casa de trabalho, onde os doentes reconhecem o seu mal e tentam curar-se, junto de servidores de boa-vontade. A mendiga objetou atrevidamente: Não lhe pedi remédio, nem serviço. Estou procurando o paraíso que fiz por merecer, praticando boas obras.E, endereçando-nos dardejante olhar de extrema cólera, perdeu o aspecto de enferma ambulante, retirando-se a passo firme, como quem permanece absolutamente senhor de si.Acompanhou-a o Irmão Paulo com o olhar, durante longos minutos e, voltando-se para nós, acrescentou: Observaram o Vampiro? Exibe a condição de criminosa e declara-se inocente; é profundamente má e afirma-se boa e pura; sofre desesperadamente e alega tranqüilidade; criou um inferno para si própria e assevera que está procurando o céu. Ante o silencio com que lhe ouvíamos a lição, o Vigilante-Chefe rematou: É imprescindível tomar cuidado com as boas aparências. Naturalmente, a infeliz será atendida alhures pela Bondade Divina, mas, por princípio de caridade legítima, na posição em que me encontro, não lhe poderia abrir nossas portas.
Logo após às vinte e uma horas, chegou alguém dos fundos do enorme parque. Era um homenzinho de semblante singular, evidenciando a condição de trabalhador humilde. Narcisa recebeu-o com gentileza, perguntando:
-Que há, Justino? Qual é a sua mensagem?
O operário, que integrava o corpo de sentinelas das Câmaras de Retificação, respondeu, aflito:Venho participar que uma infeliz mulher está pedindo socorro, no grande portão que dá para os campos de cultura. Creio tenha passado despercebida aos vigilantes das primeiras linhas...-E por que não a atendeu? – interrogou a enfermeira.
O servidor fez um gesto de escrúpulo e explicou: Segundo as ordens que nos regem, não pude fazê-lo, porque a pobrezinha está rodeada de pontos negros. Que me diz? – revidou Narcisa, assustada. Sim Senhora. Então o caso é grave. Curioso, segui a enfermeira, através do campo enluarado. A distância não era pequena. Lado a lado, via-se o arvoredo tranqüilo do parque muito extenso, agitado pelo vento caricioso. Havíamos percorrido mais de um quilometro, quando atingimos a grande cancela a que se referira o trabalhador. Deparou-se nos, então, a miserável figura da mulher que implorava socorro do outro lado. Nada vi, senão o vulto da infeliz, coberta de andrajos, rosto borrendo e pernas em chaga viva; mas Narcisa parecia divisar outros detalhes. Imperceptíveis ao meu olhar, dado o assombro que estampou na fisionomia, ordinariamente calma. Filhos de Deus – bradou a mendiga ao avistar-nos -, dai-me abrigo à alma cansada. Onde está o paraíso dos eleitos, para que eu possa fruir a paz desejada.
Aquela voz lamuriosa sensibilizava-me o coração. Narcisa, por sua vez, mostrava-se comovida, mas falou em tom confidencial: Não está vendo os pontos Negros? Não , respondi. Sua visão espiritual ainda não está suficientemente educada. E, depois de ligeira pausa, continuou: Se tivesse em minhas mãos, abriria imediatamente a nossa porta; mas, quando se trata de criaturas nessa condições, nada posso resolver por mim mesma. Preciso recorrer ao Vigilante-Chefe, em serviço. Assim dizendo, aproximou-se da infeliz e informou, em tom fraterno. Faça o obséquio de esperar alguns minutos. Voltamos apressadamente ao interior. Pela primeira vez, entrei em contato com o diretor das sentinelas das Câmaras de Retificação. Narcisa apresentou-me e notificou-lhe a ocorrência. Ele esboçou um gesto significativo e ajuntou:Fez muito bem, comunicando-me o fato. Vamos até lá. Dirigimo-nos os três para o local indicado. Chegados à cancela, o Irmão Paulo, orientador dos vigilantes, examinou atentamente a recém-chegada do Umbral, e disse: Está mulher, por enquanto, não pode receber nosso socorro. Trata-se de um dos mais fortes vampiros que tenho visto até hoje. É preciso entregá-la à própria sorte. Senti-me escandalizado. Não seria faltar aos deveres cristãos abandonar aquela sofredora ao azar do caminho? Narcisa, que me pareceu compartilhar da mesma impressão, adiantou-se suplicante: Mas, Irmão Paulo, não há um meio de acolhermos essa miserável criatura nas Câmaras? Permitir essa providência – esclareceu ele – seria trair minha função de vigilante. E indicando a mendiga que esperava a decisão, a gritar impaciente, exclamou para a enfermeira: Já notou, Narcisa, alguma coisa além dos pontos negros?Agora, era minha instrutora de serviço que respondia negativamente. Pois vejo mais – respondeu o Vigilante-chefe. Baixando o tom de voz, recomendou: Conte as manchas pretas.Narcisa, fixou o olhar na infeliz e respondeu, após alguns instantes: Cinqüenta e oito.O Irmão Paulo, com a paciência dos que sabem esclarecer com amor, explicou: Esses pontos escuros representam cinqüenta e oito crianças assassinadas ao nascerem. Em cada mancha vejo a imagem mental de uma criancinha aniquilada, umas por golpes esmagadores, outras por asfixia. Essa desventurada criatura foi profissional de ginecologia. A pretexto de aliviar consciências alheias, entregava-se a crimes nefandos, explorando a infelicidade de jovens inexperientes. A situação dela é pior que a dos suicidas e homicidas que, por vezes, apresentam atenuantes de vulto. Recordei, assombrado, os processos da medicina, em que muitas vezes enxergara de perto, a necessidade da eliminação de nascituros para salvar o organismo materno, nas ocasiões perigosas; mas, lendo-me o pensamento, o Irmão Paulo acrescentou: Não falo aqui de providências legitimas, que constituem aspectos das provações redentoras, refiro-me ao crime de assassinar os que começam a trajetória na experiência terrestre, com o direito sublime da vida. Demonstrando a sensibilidade das almas nobres, Narcisa rogou: Irmão Paulo, também eu já errei muito no passado. Atendamos a esta desventurada. Se me permite, eu lhe dispensarei cuidados especiais. Reconheço, minha amiga – respondeu o diretor de vigilância, impressionado pela sinceridade -, que todos somos espíritos endividados; entretanto, temos a nosso favor o reconhecimento das próprias fraquezas e a boa-vontade de resgatar nossos débitos; mas esta criatura, por agora, nada deseja senão perturbar quem trabalha. Os que trazem os sentimentos calejados na hipocrisia emitem forças destrutivas. Para que nos serve aqui um serviço de vigilância? E, sorrindo expressivamente, exclamou: Busquemos a prova. O vigilante-chefe aproximou-se, então, da pedinte e perguntou: Que deseja a irmã do nosso concurso fraterno?Socorro, Socorro, Socorro – respondeu lacrimosa. Mas, minha amiga – ponderou acertadamente - é preciso sabermos aceitar o sofrimento retificador. Por que razão tantas vezes cortou a vida de entezinhos frágeis, que iam à luta com a permissão de Deus?Ouvindo-o inquieta, ela exibiu terrível carantonha de ódio e bradou: Quem me atribui essa infâmia? Minha consciência está tranqüila, canalha. ... Empreguei a existência auxiliando a maternidade na terra. Fui caridosa e crente, boa e pura... Não é isso que se observa na fotografia viva dos seus pensamentos e atos. Creio que a irmã ainda não recebeu, nem mesmo o beneficio do remorso. Quando abrir sua alma às bênçãos de Deus, reconhecendo as necessidades próprias, então, volte até aqui. Irada, respondeu a interlocutora:Demônio, Feiticeiro, Sequaz de satã...Não voltarei jamais... Estou esperando o céu que me prometeram e que espero encontrar. Assumindo atitude ainda mais firme, falou o Vigilante-Chefe com autoridade: Faça, então o favor de retirar-se. Não temos aqui o céu que deseja. Estamos numa casa de trabalho, onde os doentes reconhecem o seu mal e tentam curar-se, junto de servidores de boa-vontade. A mendiga objetou atrevidamente: Não lhe pedi remédio, nem serviço. Estou procurando o paraíso que fiz por merecer, praticando boas obras.E, endereçando-nos dardejante olhar de extrema cólera, perdeu o aspecto de enferma ambulante, retirando-se a passo firme, como quem permanece absolutamente senhor de si.Acompanhou-a o Irmão Paulo com o olhar, durante longos minutos e, voltando-se para nós, acrescentou: Observaram o Vampiro? Exibe a condição de criminosa e declara-se inocente; é profundamente má e afirma-se boa e pura; sofre desesperadamente e alega tranqüilidade; criou um inferno para si própria e assevera que está procurando o céu. Ante o silencio com que lhe ouvíamos a lição, o Vigilante-Chefe rematou: É imprescindível tomar cuidado com as boas aparências. Naturalmente, a infeliz será atendida alhures pela Bondade Divina, mas, por princípio de caridade legítima, na posição em que me encontro, não lhe poderia abrir nossas portas.
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Vampirismo: Ação pela qual Espíritos involuídos, arraigados ás paixões inferiores, se imantam á organização psicofísica dos encarnados (e desencarnados), sugando-lhes a substancia vital. "ESTUDANDO A MEDIUNIDADE - MARTINS PERALVA 13,p73
"Constitui inquietante fenômeno de parasitose mental.
2) De que forma ele se dá?(jvaldir) No vampirismo, devemos considerar igualmente os fatores externos e internos, compreendendo, porém, que na esfera da alma, os primeiros dependem dos segundos, porquanto não há influenciação exterior deprimente para a criatura, quando a própria criatura não se deprime. Toda a forma de vampirismo está vinculada Á MENTE DEFICITÁRIA, OCIOSA E INERTE, que se rende, desajustada, ás sugestões inferiores que a exploram sem defensiva. "Instruções psicofônicas - Chico Xavier- FEB, 1991. 289p.
3) Como podemos evitar a vampirização?(Raquel) Obsessão,Instalação e Cura- [Bastidores da Obsessão] Senhor:- ensina-nos a respeitar a força do direito alheio na estrada do nosso dever. Ante as vicissitudes do caminho, recorda-nos de que no supremo sacrifício da Cruz, entre o escárnio da multidão e o desprezo da Lei, erigiste um monumento à justiça, na grandeza do amor. Ajuda-nos, assim, a esquecer todo o mal, cultivando a árvore generosa do perdão. Estimula-nos à claridade do bem sem limites, para que o nosso entusiasmo na fé não seja igual a ligeiro meteoro riscando o céu de nossas esperanças, para apagar-se depois... Concede-nos a felicidade ímpar de caminhar na trilha do auxílio porque, só aí, através do socorro aos nossos irmãos, aprendemos a cultivar a própria felicidade.Tu que nos ensinaste sem palavras no testemunho glorioso da crucificação, ajuda-nos a desculpar incessantemente, trabalhando dentro de nós mesmos pela transformação do nosso espírito, na sucessão do tempo, dia-a-dia, noite-a-noite, a fim de que, lapidado, possamos apresentá-lo a Ti no termo da nossa jornada............Ajuda-nos, Divino Companheiro, a pisar em espinhos sem reclamação, vencendo as dificuldades sem queixas, e vivendo nobremente......Senhor Jesus, ensina-nos a perdoar, ajudando-nos a esquecer todo o mal, para sermos dignos de Ti!Então esta oração ensina-nos iniciar a lutar contra nossa imperfeições, socorrer os irmãos, amar o próximo como a nós mesmos,vigiar e orar, estudar , ter fé e AMAR.....Amando, perdoamos... Trabalhando, amando e perdoando, oramos e vigiamos.
4) Todos nós estamos sujeitos a ela?Todos nós estamos sujeitos a ela, por isso a necessidade de estarmos sempre a vigiar e orar, estudar e trabalhar, a fim de que possamos manter nosso padrão vibratório em nível diferenciado com os dos Espíritos ainda não evoluídos.
5) Pode vir o vampirismo ser um influenciador do suicídio? Por que?Sim, pode ser influenciador do suicídio , consciente e inconsciente, posto que todo excesso , o qual se dá no caso em relação aos vícios , é prejudicial ao nosso vaso corpóreo físico.
6) Como se dá o vampirismo no momento do desencarne?No Livro Os Mensageiros, no capítulo 50: Desencarnação de Fernando, André Luiz informa que : (...) Está absolutamente preso às sensações de sofrimento físico, como esteve ligado, no curso da existência, às satisfações do corpo.(...) Notam-se, de fato, grandes lacunas na expressão mental do moribundo. Vê-se que atravessou a vida humana obedecendo mais ao instinto que à razão. Observam-se-lhe no mundo celular vastos complexos de indisciplina. (...) Fundamentalmente espantado, reparei que três rostos, horríveis pela expressão diabólica, surgiram de repente... : _ Como é? Fernando vem ou não vem?
(...) _ Cada criatura, na vida, cultiva as afeições que prefere. Fernando estimava os companheiros desregrados. Não é, pois, estranhável que tenham vindo esperá-lo na estação de volta à existência real....Cada um, pois, tem um séqüito invisível a que se devota na Terra..."
http://www.cvdee.org.br/
(...) _ Cada criatura, na vida, cultiva as afeições que prefere. Fernando estimava os companheiros desregrados. Não é, pois, estranhável que tenham vindo esperá-lo na estação de volta à existência real....Cada um, pois, tem um séqüito invisível a que se devota na Terra..."
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VAMPIRISMO e SEXO
J. Herculano Pires
J. Herculano Pires
No capítulo trágico das obsessões em massa temos o tópico especial do vampirismo. Desde a mais alta Antigüidade os casos de obsessão e loucura foram tratados a pancadas para expulsão dos demônios causadores. Na Idade Média, como disse Conan Doyle, houve uma invasão de bárbaros, que os clérigos combatiam com afogamento das vítimas nos rios e lagos e a queima dos hereges vivos em praça pública, sobre montes de lenha a que se ateava o fogo da purificação.
Nos conventos e mosteiros houve a infestação dos súcubos e íncubos, demônios libertinos que se apossavam das vítimas, homens e mulheres, para relações sexuais delirantes.
A eclosão da Renascença, após o milênio de torturas e matanças, aliviou o planeta com a renovação da cultura mítico-erótica, em que as flores roxas da mandrágora atraíam os vampiros do sexo condenado.
Em nossos dias assistimos a um explodir de recalques e frustrações nas águas sujas da pornografia e da criminalidade erótica. Voltam os vampiros, em bandos famintos, ansiosos pelo sangue de novas vítimas.
No meio espírita surgem livros mediúnicos de advertência, como Sexo e Destino, na psicografia de Chico Xavier, e livros de elaboração humana, mas baseados em experiências mediúnicas, como Sexo Depois da Morte, do Dr. Ranieri. São revelações chocantes, mas necessárias, de um aspecto aterrador do problema mediúnico. Não atestam contra a mediunidade, mas tentam despertar os incautos quanto aos perigos do mediunismo selvagem.
São muitos os casos de sexualidade mórbida, exasperada pelos vampiros. Esta denominação é dada aos Espíritos inferiores que se deixaram arrastar nos delírios da sensualidade e continuam nessa situação após a morte.
A Psiquiatria materialista, impotente diante da enxurrada, incapaz de perceber a ação parasitária dos vampiros, desiste da cura dos desequilíbrios sexuais e cai vergonhosamente na aceitação desses casos como normais, estimulando as vítimas no desgaste de suas energias vitais, em favor do vampirismo. Não obstante, mesmo ignorando as causas profundas do fenômeno ameaçador, poderia ela contribuir para o socorro a essas criaturas, através de teorias equilibradas sobre desvios sexuais.
Ao invés de dar-lhes a falsa cidadania de normalidade, podiam os psiquiatras da libertinagem recorrer às teorias da dignidade humana, que se não são espirituais, pelo menos defendem os direitos do Espírito. Mas preferem deixar-se envolver, que é mais fácil e mais rendoso, tornando-se os camelôs ilustres da homossexualidade, os protetores e incentivadores pseudocientíficos da depravação.
A existência de certas formas de vampirismo, como a sexual, que viola os princípios morais e religiosos, foi pouco tratada no Espiritismo em virtude do escândalo que provocava, podendo até mesmo causar perturbações a criaturas simples e excessivamente sensíveis.
A maioria dos casos do chamado homossexualismo adquirido, senão todos, provêm de atuação obsessiva de entidades animalescas, entregues a instintos inferiores. Mas a responsabilidade não é só das entidades, é também das vítimas que, de uma forma ou de outra, se deixaram dominar pelos primeiros impulsos obsessivos ou até mesmo provocaram a aproximação das entidades.
A experiência de vários casos dessa natureza revela-nos ainda os motivos da provação, decorrentes de atrocidades praticadas no passado pelas vítimas atuais, que são agora colocadas na mesma condição em que colocaram criaturas inocentes em encarnações anteriores.
A lei de causa e efeito, determinando o karma da terminologia indiana, colhe suas vítimas geralmente no período da adolescência, quando essas ocorrências são mais favorecidas pela crise de transição da idade. Mas também há casos ocorridos na idade madura e na velhice, dependentes, ao que parece, de crises típicas desses períodos. Nos casos chamados de perversão constitucional a presença de obsessores não está excluída, pois eles são fatalmente atraídos e ligam-se às vítimas excitando-lhes as sensações e agravando-lhes a perturbação.
Em todos esses casos o auxílio de práticas espíritas específicas dá sempre resultados. E se houver boa-vontade da parte das vítimas os casos serão resolvidos, por mais prolongado que se torne o tratamento. Em casos difíceis e complexos como esses, é necessária uma boa dose de compreensão e paciência da parte dos que os tratam e uma estimulação constante das vítimas na busca da normalidade.
Os desvios sexuais têm procedências diversas. Suas raízes genésicas podem vir de profundidades insondáveis. A própria filogênese do sexo, que começa aparentemente no reino mineral, passando pelo vegetal e ao animal, para depois chegar ao homem, apresentando enorme variação de formas, inclusive a autogênese dos vírus e das células e a bissexualidade dos hermafroditas, justifica o aparecimento de desvios sexuais congênitos.
Mais próximos de nós, nas linhas da hereditariedade germinal estão os ritos da virilidade de antigas civilizações, entre as quais a Grécia e Roma arcaicas, onde em várias épocas esses ritos vigoraram de maneira obrigatória, como em Esparta, onde os efebos, adolescentes, deviam receber a virilidade transmitida por homens adultos e viris através da prática homossexual, fornecem elementos possíveis de explicação para o fenômeno.
Fonte: Texto retirado do livro MEDIUNIDADE – Conceituação da Mediunidade e Análise Geral dos Seus Problemas Atuais
Autor Herculano Pires, Editora Paiva, 8ª. Edição julho de 2002, Capítulo 8, O Vampirismo
http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo740.html
Autor Herculano Pires, Editora Paiva, 8ª. Edição julho de 2002, Capítulo 8, O Vampirismo
http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo740.html
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Obsessores semelhantes aos ovóides, mas em um nível menos extremo.
O espírito obsessor-vampirizador, ao definir seu perseguido - por questões cármicas ou por simples prazer em exercer o mal -, põe-se a sugar-lhe as forças. O vampirismo se faz ainda mais presente no caso em que:
-o indivíduo é fumante,
-alcoólatra,
-come em demasia,
-é usuário de drogas, etc.
O espírito-vampiro segue-lhe os passos, "alimentando-se" das emanações, sejam do fumo, da bebida, etc., ou até mesmo do próprio fluido vital3. Há vários graus de subjugação4 em uma relação vampirizante.
Há vampiros que drenam apenas emanações de fumo, bebida, etc., mas há aqueles que têm a capacidade de vampirizar a tal ponto que o obsediado vê se minguarem-lhe as forças, emagrecendo, adoecendo e não raro - se não é efetuado um trabalho de desobsessão -- o indivíduo pode acabar por morrer. O nome "vampiro" foi dado apenas pelo ato de o espírito sugar as forças do outro e, não pela forma de seu perispírito, que não apresenta semelhança com a figura conhecida do vampiro terrestre. No entanto, um obsessor, dado o seu rebaixamento moral, adquire muitas vezes formas grotescas de monstros e demônios, sempre de acordo com seu baixo nível moral.
http://www.plenus.net/arquivos/glossario.html
OBSESSÃO E VAMPIRISMO
Em processos diferentes, mas atendendo aos mesmos princípios de simbiose prejudicial5, encontramos os circuitos de obsessão e de vampirismo entre encarnados e desencarnados, desde as eras recuadas em que o espírito humano, iluminado pela razão, foi chamado pelos princípios da Lei Divina a renunciar:
ao egoísmo e à crueldade,
à ignorância e ao crime.
Rebelando-se, no entanto, em grande maioria, contra as sagradas convocações, e livres para escolher o próprio caminho, as criaturas humanas desencarnadas, em alto número, começaram a oprimir os companheiros da retaguarda, disputando afeições e riquezas que ficavam na carne, ou tentando empreitadas de vingança e delinqüência, quando sofriam o processo liberatório da desencarnação em circunstâncias delituosas.
As vítimas de homicídio, e violência, brutalidade manifesta ou perseguição disfarçada, fora do vaso físico, entram na faixa mental dos ofensores, conhecendo-lhes a enormidade das faltas ocultas, e, ao invés do perdão, com que se exonerariam da cadeia de trevas, empenham-se em vinditas atrozes, retribuindo golpe a golpe e mal por mal.
Outros desencarnados, exigindo que Deus lhes providencie solução aos caprichos pueris e proclamando-se inabilitados para o resgate do preço devido à evolução que lhes é necessária, tomam-se madraços e gozadores, e, alegando a suposta impossibilidade de a Sabedoria Divina dirimir os padecimentos dos homens, pelos próprios homens criados, fogem, acovardados e preguiçosos, aos deveres e serviços que lhes competem.
[56 pág. 114] Uberaba, 19-3-58
PARASITOSE MENTAL
Na reunião da noite de 28 de outubro de 1954, fomos novamente felicitados com a palavra do nosso Instrutor Espiritual Doutor Francisco de Menezes Dias da Cruz, que nos enriqueceu os estudos, palestrando em torno do tema que ele próprio definiu por “parasitose mental”. Observações claras e precisas, estabelecendo um paralelo entre:
o parasitismo no campo físico
e o vampirismo no campo espiritual
O Doutor Dias da Cruz, na condição de médico que é, no-las fornece, aconselhando-nos os elementos curativos do Divino Médico, através do Evangelho, a fim de que estejamos em guarda contra a exploração da sombra.
Avançando em nossos ligeiros apontamentos acerca da obsessão, cremos seja de nosso interesse apreciar o vampirismo, ainda mesmo superficialmente, para figurá-lo como sendo inquietante fenômeno de parasitose mental.
Sabemos que a parasitogenia abarca em si todas as ocorrências fisiopatológicas, dentro das quais os organismos vivos, quando negligenciados ou desnutridos, se habilitam à hospedagem e à reprodução dos helmintos e dos ácaros que escravizam homens e animais. Não ignoramos também que o parasitismo pode ser externo ou interno.
Nas manifestações do primeiro, temos o assalto de elementos carnívoros, como por exemplo as variadas espécies do aracnídeo acarino sobre o campo epidérmico e, nas expressões do segundo, encontramos a infestação de elementos saprófagos, como, por exemplo, as diversas classes de platielmíntios, em que se destacam os cestóides no equipamento intestinal.
E, para evitar as múltiplas formas de degradação orgânica, que o parasitismo impõe às suas vítimas, mobiliza o homem largamente os vermífugos, as pastas sul-furadas, as loções mercuriais, o pó de estafiságria e recursos outros, suscetíveis de atenuar-lhe os efeitos e extinguir-lhe as causas.
No vampirismo, devemos considerar igualmente os fatores externos e internos, compreendendo, porém, que, na esfera da alma, os primeiros dependem dos segundos, porquanto não há influenciação exterior deprimente para a criatura, quando a própria criatura não se deprime.
É que pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo:
à escabiose e à ulceração,
à dipsomania e à loucura,
à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência,
tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral.
E, através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam:
as psicoses de angústia e ódio,
vaidade e orgulho,
usura e delinqüência,
desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte.
Imprescindível, assim, viver em guarda contra as Idéias fixas (Fixação mental), opressivas ou aviltantes, que estabelecem, ao redor de nós, maiores ou menores perturbações, sentenciando-nos à vala comum da frustração. Toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte, que se rende, desajustada, às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva.
Usemos, desse modo, na garantia de nossa higiene mento-psíquica, os antissépticos do Evangelho: Bondade para com todos, trabalho incansável no bem, otimismo operante, dever irrepreensivelmente cumprido, sinceridade, boa-vontade, esquecimento integral das ofensas recebidas e fraternidade simples e pura, constituem sustentáculo de nossa saúde espiritual.
— «Amai-vos uns aos outros como eu vos amei» recomendou o Divino Mestre. — «Caminhai como filhos da luz» — ensinou o apóstolo da gentilidade. Procurando, pois, o Senhor e aqueles que o seguem valorosamente, pela reta conduta de cristãos leais ao Cristo, vacinemos nossas almas contra as flagelações externas ou internas da parasitose mental.
[79 página 159] - 1954
(Instruções Psicofônicas, FCXavier - 28 de outubro de 1954 - pelo Doutor Francisco de Menezes Dias da Cruz, médico e trabalhador espírita, desencarnado em 1937, Presidente da Federação Espírita Brasileira no período de 1889 a 1895)
http://www.institutoandreluiz.org/estudo_das_enfermidades.html
1 Obsessor -Há obsessores terríveis do homem, denominados "orgulho", "vaidade", "preguiça", "avareza", "ignorância" ou "má-vontade", e convém examinar se não se é vítima dessas energias perversoras que, muitas vezes, habitam o coração da criatura, enceguecendo-a para a compreensão da luz de Deus. Contra esses elementos destruidores, faz-se preciso um novo gênero de preces, que se constitui de trabalho, fé, esforço e boa-vontade.
Emmanuel - (Consolador) [55 pág. 54]
2 Ovóide - Estágio de degradação a que chegam certos espíritos sofredores-obsessores. O espírito, ligado ao obsediado, de maneira intrínseca no seu afã de prejudicar, adquire uma forma ovóide, assemelhando-se á um ovo de consistência indefinida que se "cola" no corpo de seu alvo distorcendo-lhe pensamentos, opiniões e agindo incessantemente para lhe proporcionar toda sorte de infortúnios. A ligação de um obsessor-obsediado no nível de ovóide, apesar de não muito freqüente, acontece mais do que se imagina. Ela ocorre quando há uma ligação cármica de dois espíritos em um nível avançadíssimo. Sob vidência, um indivíduo sofrendo a ação de um ovóide aparece com uma "massa" humana colada ao corpo, geralmente nas costas ou na região do abdome. Um ovóide, além da obsessão psicológica propiamente dita, age, drenando as forças do obsidiado a nível de levá-lo á morte. No trabalho de desobsessão se faz possível subtrair um ovóide de uma pessoa, apesar da grande dificuldade e das inúmeras sessões a serem realizadas, mas há casos de fracasso ao término de anos de sessões. O que mostra o nível de ligação entre perseguidor e perseguido.
http://www.espirito.org.br/portal/doutrina/vocabulario/letra-o.html
“PARASITAS OVÓIDES”
Inúmeros infelizes, obstinados na idéia de fazerem justiça pelas próprias mãos ou confiados a vicioso apego, quando desafivelados do carro físico, envolvem sutilmente aqueles que se lhes fazem objeto da calculada atenção e, auto-hipnotizados por imagens de afetividade ou desforço, infinitamente repetidas por eles próprios, acabam em deplorável fixação monoideística, fora das noções de espaço e tempo, acusando, passo a passo, enormes transformações na morfologia do veículo espiritual, porquanto, de órgãos psicossomáticos retraídos, por falta de função, assemelham-se a ovóides, vinculados às próprias vítimas que, de modo geral, lhes aceitam, mecanicamente, a influenciação, à face dos pensamentos de remorso ou arrependimento tardio, ódio voraz ou egoísmo exigente que alimentam no próprio cérebro, através de ondas mentais incessantes.
Nessas condições, o obsessor ou parasita espiritual pode ser comparado, de certo modo, à Sacculina carcini, que, provida de órgãos perfeitamente diferenciados na fase de vida livre, enraíza-se, depois, nos tecidos do crustáceo hospedador, perdendo as características morfológicas primitivas, para converter-se em massa celular parasitária.
No tocante à criatura humana, o obsessor passa a viver no clima pessoal da vítima, em perfeita simbiose mórbida, absorvendo-lhe as forças psíquicas, situação essa que, em muitos casos, se prolonga para além da morte física do hospedeiro, conforme a natureza e a extensão dos compromissos morais entre credor e devedor.
[56 pág. 116] Uberaba, 19-3-58
3 Fluido Vital - O princípio da vida material e orgânica, qualquer que seja a fonte donde promane, princípio esse comum a todos os seres vivos, desde as plantas até o homem. Pois que pode haver vida com exclusão da faculdade de pensar, o princípio vital é uma propriedade da matéria, um efeito que se produz achando-se a matéria em dadas circunstâncias. Segundo outros, e esta é a idéia mais comum, ele reside em um fluido especial, universalmente espalhado e do qual cada ser absorve e assimila uma parcela durante a vida, tal como os corpos inertes absorvem a luz.
Esse seria então o fluido vital que, na opinião de alguns, em nada difere do fluido elétrico animalizado, ao qual também se dão os nomes de fluido magnético, fluido nervoso, etc.
O princípio vital tem sua origem na matéria universal modificada. É, para vós, um elemento, como o oxigênio e o hidrogênio, que, entretanto, não são elementos primitivos, pois que tudo isso deriva de um só princípio. Tem seu princípio numa propriedade especial da matéria universal, devida a certas modificações.
4 A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. O paciente fica sob um verdadeiro jugo.
A subjugação pode ser moral ou corporal.
No primeiro caso, o subjugado é constrangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, ele julga sensatas: é uma como fascinação.
No segundo caso, o Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários. Traduz-se, no médium escrevente, por uma necessidade incessante de escrever, ainda nos momentos menos oportunos. Vimos alguns que, à falta de pena ou lápis, simulavam escrever com o dedo, onde quer que se encontrassem, mesmo nas ruas, nas portas, nas paredes.
Vai, às vezes, mais longe a subjugação corporal; pode levar aos mais ridículos atos. Conhecemos um homem, que não era jovem, nem belo e que, sob o império de uma obsessão dessa natureza, se via constrangido, por uma força irresistível, a pôr-se de joelhos diante de uma moça a cujo respeito nenhuma pretensão nutria e pedi-la em casamento. Outras vezes, sentia nas costas e nos jarretes uma pressão enérgica, que o forçava, não obstante a resistência que lhe opunha, a se ajoelhar e beijar o chão nos lugares públicos e em presença da multidão. Esse homem passava por louco entre as pessoas de suas relações; estamos, porém, convencidos de que absolutamente não o era; porquanto tinha consciência plena do ridículo do que fazia contra a sua vontade e com isso sofria horrivelmente.
A subjugação é um tipo de obsessão que apresenta um elevado grau de domínio do aspecto corporal e às vezes moral do paciente. Quanto a subjugação é moral, diferencia-se da fascinação, porque o paciente sabe que está obsediado. Na fascinação ele nega que o esteja.
Na subjugação ocorre um intenso domínio do Espírito obsessor no plano fluídico que, em alguns momentos, chega a se imantar ao corpo espiritual do doente, provocando-lhe crises de movimentação involuntária, com conseqüentes reflexos no corpo físico.
As crises provocadas por esta categoria de obsessão são conhecidas na linguagem popular como "possessão". Esse termo é inadequado, pois não ocorre a posse do corpo físico pelo Espírito desencarnado. O correto é afirmar que alguém está subjugado por um Espírito, isto é, sob seu domínio, seu jugo.
O desenvolvimento dos processos de subjugação se inicia primeiro no plano moral. Depois de encontrada a sintonia adequada, ele evolui para homogeneização fluídica, que mais tarde levará ao domínio do perispírito. A seguir, começam a aparecer as crises que afetam o corpo físico, com tiques nervosos constantes, trejeitos, agressões e quedas semelhantes a convulsões.
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/gebm/tecnicas-de-desobsessao.html
José Queid Tufaile Huaixan
5 Simbiose - À semelhança de uma planta trepadeira, que, enroscando-se ou agarrando-se a outra, passa a nutrir-se dela, participando, de contínuo, dos acontecimentos de sua existência, há entre encarnados e desencarnados um processo de associação similar.
Quando, desavisadamente, agasalhamos anseios de natureza inferior, e continuamente mantemos na tela mental idéias de origem viciosa, irradiamos para o plano extrafísico da vida aquele desejo, estabelecendo uma verdadeira "varredura". Deste modo, encontramos Espíritos que simpatizam com o mesmo objetivo, e que, percebendo nossa "busca", aproximam-se de nós, estabelecendo a parceria.
A quantidade de mentes desencarnadas, ávidas de sensações físicas, é muito grande. Espíritos ociosos, negligentes, baldos de fé e de conhecimentos sobre os princípios que orientam a vida, vivem perambulando entre os encarnados. Muitos tentam desesperadamente manter-se o mais possível ligados à vida material, da qual não encontram coragem com a realidade que não esperavam.
O simples fenômeno da morte não modifica o estado moral e intelectual de quem desencarna; mas, ao contrário, faz o desencarnado sentir-se exatamente como sempre foi quando vivo, razão por que a satisfação daqueles objetivos torna-se imperiosa para o Espírito inferior. Assim, na medida em que são alimentadas fixações que interessem a ambos os parceiros, fica estabelecido um vínculo, criando-se a dependência mútua em que se comprazem, e que acaba por transformar-se em "necessidade". Esta parceria em geral prolonga-se por tempo indeterminado, já que é estabelecida passiva e voluntariamente, embora sem que os parceiros percebam que são os próprios promotores daquela situação. O encarnado busca continuamente alimentar-se das forças inferiores do desencarnado, o qual encontra nele a "ponte" para manter vivas as sensações físicas a que se escravizou.
Muitas vezes o vínculo é tão forte, e alimenta-nos a insânia com tal intensidade, que a sua supressão repentina poderia provocar-nos a falência, quiçá a desencarnação. Esta simbiose, muito mais freqüente do que se possa imaginar, é a causa, em grande proporção, dos sofrimentos na crosta planetária, onde o homem pouco afeito às atividades espirituais elevadas prefere ignorar a realidade que o aguarda e render-se aos doces embalos dos gozos materiais e paixões mundanas, atendendo, com esta atitude, o desejo do parceiro desencarnado, e transferindo-lhe as sensações por ele esperadas.
Para chegar ao resultado desejado, o hóspede explora a invigilância do seu hospedeiro, não com a intenção de prejudicar, perseguir ou vingar, mas de alimentar seus anseios através dele, estimulando-lhe as fraquezas, que procura enaltecer exaltando-lhe a vaidade, e sugerindo-lhe um desculpismo complacente, sempre que a consciência, infalível guardiã, o advirta do erro e do perigo iminente.
Para romper os grilhões que prendem um ao outro, hóspede e hospedeiro, ouçamos a Doutrina Espírita: ela nos ensina não haver outro meio de vencermos a influência de um Espírito inferior, senão nos tornando mais fortes do que ele. No "orai e vigiai", o Cristo sintetizou a solução:
orando, haurimos forças para resistir à tentação de nos rendermos;
vigiando, nos policiaremos preventivamente, para evitarmos chegar ao estado de dependência.
A chave para solução do problema estará em manter-se a mente ocupada, com assuntos de elevado conteúdo moral e intelectual, através da leitura, da freqüência a palestras, conferências e cursos e, paralelamente, em nos dedicarmos à prática do bem em todas as suas formas e expressões, o que, além de dirigir nosso pensamento para estados vibratórios mais elevados, também nos favorecerá com a assistência mais estreita dos bons Espíritos, que, sempre atentos às nossas necessidades, procurarão estimular-nos os esforços, amparando-nos nos momentos de vacilação e dúvida.
MAURO PAIVA FONSECA - Revista Reformador Abril, 2002
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