09 novembro 2010

Encontro de Trabalhadores 2010

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Resumo do livro "LIBERTAÇÃO"

Título: "LIBERTAÇÃO" – Edição consultada: 6ª Edição/1974 
Autor: Espírito ANDRÉ LUIZ (pseudônimo espiritual de um consagrado médico que exerceu a Medicina no Rio de Janeiro)
Psicografia: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER (concluída em 1949).
Edição: Primeira edição em 1949, pela Federação Espírita Brasileira (Rio de Janeiro/RJ)
Nota: Até 2002 já haviam 25 reedições, num total de 299.000 exemplares



Conteúdo doutrinário:
Este livro trata das culpas advindas a todos aqueles — encarnados e desencarnados — que trilharam pelos descaminhos morais, prejudicando a si mesmos e ao próximo. Como a evolução espiritual é Lei Divina, chega o tempo da inexorável prestação de contas, a partir do tribunal da própria consciência. Enquanto o arrependimento não brota no culpado, por sintonia ele será situado em tormentoso clima astral onde encontrará milhares de Espíritos similares. Porém, alguns desses — obsessores poderosos e cruéis — arvoram-se em juízes implacáveis que em razão da culpa dos mais fracos disso se valem para escravizá-los. A forma como isso acontece é aqui narrada de forma esclarecedora, quanto chocante.
As descrições dos abismais ambientes das trevas onde estão tais Espíritos caídos no mal causam fortíssima impressão, mas constituem preciosa lição de como até ali o Amor de Deus e a Caridade de Jesus e seus Prepostos se faz presente a todos quantos manifestem mínima vontade de mudar de rota, abandonando o mau proceder.
Os distúrbios físico-psíquicos-espirituais são analisados nos Planos Espiritual e Material, com detalhamento de alto impacto aos leitores, funcionando esta obra como enérgico alerta a todos nós, criaturas ainda nas duras lutas do auto-aperfeiçoamento moral.
Não adiantando análises ou reflexões, mas apenas em face do que temos visto no Movimento Espírita, talvez nos seja permitido imaginar que determinadas informações (caso da segunda morte e dos ovóides, por exemplo) causem estranheza e dificuldade de aceitação a alguns espíritas. Não obstante, pedimos licença a esses para sugerir-lhes que dêem crédito ao Tempo, que desata todo e qualquer nó, jamais deixando a verdade submersa.


09 setembro 2010

O Eu e a Ilusão

JOANNA DE ÃNGELIS - DO LIVRO: AMOR IMBATIVEL AMOR
A trajetória de predominância do ego no ser é larga. A descoberta do eu profundo, do ser real, da indivi­duação é, por conseqüência, mais difícil, mais sacrificial, exigindo todo o empenho e dedicação para ser lo­grada.
Vivendo em um mundo físico, no qual a ilusão da forma confunde a realidade, o que parece tem predo mínio sobre o que é, o visível e o temporal dominam os sentidos, em detrimento do não visível e do atemporal, jungindo o ser à projeção, com prejuízo para o que é real, e é compreensível que haja engano na eleição do total em detrimento do incompleto.


Esse conflito — parecer e ser — responde pelos equívocos existenciais, que dão preferência ao que fere os sentidos, substituindo as emoções da alma, além das estruturas orgânicas. Estabelece-se, então, a prevalência da ilusão derivada do sensorial que a tudo comanda, no campo das formas, desempenhan do finalidade dominante em quase todos os aspe ctos da vida.

Autoconsciência

JOANNA DE ANGELIS
À medida que o ser amadurece psicologicamente, podendo discernir o que deve e pode fazer em relação ao que pode mas não deve ou deve porém não pode realizar, surge a autoconsciência que o predispõe ao crescimento interior livre de conflitos e tribulações. 
Normalmente, nos períodos primordiais do desenvolvimento moral e espiritual, predominam em sua faculdade de agir os conceitos que lhe chegam do exterior, as opiniões conflitivas que o cercam, as diretrizes que são estabelecidas por outras pessoas que se acreditam possuidoras de valores que podem orientar vidas. Não raro, porém, esses comportamentos contraditórios que se chocam uns contra os outros, mais confundem as pessoas do que as direcionam para os fins enobrecidos da existência, por estarem quase sempre assinalados pelas paixões pessoais, nas quais predomina o ego em detrimento dos sentimentos solidários. 

O Estudo das Obras Básicas

O entendimento claro dos postulados espíritas, em especial aqueles que nos orientam quanto aos aspectos de consequências morais a que devemos pautar o nosso proceder diário, é algo que só poderá ser atingido através do estudo sério e persistente das obras básicas da codificação. Somente a partir dai poderemos alçar vôos mais altos na nossa pretensão de incrementar os nossos conhecimentos em todas as direções. Sabemos que o aperfeiçoameanto espiritual e a meta da perfeição só poderá ser atingida através de duas vias, a do progresso moral e a do conhecimento. A Doutrina Espírita servirá certamente como um instrumento indispensável na conquista destas metas, na medida em que nos propusermos a estudá-la realmente com determinação.

Especial sobre Chixo Xavier

17 julho 2010

Cultura da violência ou da paz? Você decide

Sabemos que a violência não é uma invenção da mídia, mas sua exposição, cada vez mais freqüente e em forma de espetáculo, tem nos deixado em um estado de letargia, em que somente acontecimentos cruéis nos fazem parar, pensar e até nos manifestar a respeito, tamanha tolerância que criamos dentro de nós e que nos tira a capacidade de indignação. Mas, afinal, a mídia está errada em divulgar notícias que dizem respeito à violência? Claro que não. Ninguém quer que haja sonegação de informações, mas deve-se saber contextualizá-la.
Segundo o cearense Luiz Eduardo Girão, 34 anos, empresário, acadêmico de jornalismo e diretor da recém-criada ONG Agência da Boa Notícia, que iniciou uma campanha conclamando a mídia a repensar o seu papel, enviando e-mails a jornalistas com o pedido para que a cultura da paz substitua a da violência (veja abaixo um trecho do texto, reproduzido, em 23 de março, na coluna do jornalista Engel Paschoal, na Folha de S.Paulo), os meios de comunicação passaram dos limites. “A mídia contribui para a realidade que estamos enfrentando. Só notícias ruins, crimes, corrupção, desesperança. Mas será que é só isso que ocorre no Brasil e no mundo? Claro que não. E por que não damos visibilidade ao que é bom? Por que não dá audiência? Isto é um mito que vem potencializando a própria violência em nossa sociedade. É, sem dúvida, um “tiro no pé”, acredita ele.

Pesquisas
Pesquisas recentes apontam que a visibilidade excessiva do crime é uma das formas de potencializar a violência. "E a cultura da violência faz isso: induz-nos a pensar que tudo está perdido. Que vamos ser assaltados a qualquer momento. A pessoa fica paralisada e aterrorizada de tal forma que nem sai mais de casa e continua assistindo a programas de violência. Logo vem a depressão, originada pelo medo, pavor, fazendo o indivíduo viver pela metade, como um zumbi, sem um sentido maior para a vida”, opina Girão. De fato, como é explicado através da Física Quântica no filme Quem somos nós?, a energia dos nossos pensamentos cria realidades. Se pensamos coisas boas, atraímos coisas boas.

Se pensamos coisas ruins, criamos uma atmosfera negativa, propícia para que coisas negativas aconteçam.
Girão vai mais além: “Felizmente, a realidade não é a que aparece na mídia. Basta perguntar às pessoas quantos assassinatos já presenciaram. É o velho mito de que notícias ruins dão audiência. Mas já se observa uma forte tendência para outro tipo de tema: a busca da espiritualidade, intimamente ligada à cultura da paz. Daí o sucesso de novelas e filmes que tratam do assunto”, completa.
Mídia impressa
Nélson Nunes, editor executivo de um jornal paulista, acostumado a fazer a primeira página e, portanto, a classificar as matérias de mais relevância nas edições, admite que o noticiário policial tem grande importância para os veículos. “Seria hipocrisia negar. Isso ocorre porque a violência hoje é um dado que impacta a vida de toda a sociedade. Ninguém está livre de um novo golpe, de um assalto e até de um seqüestro, que hoje virou uma ação banal para os bandidos. Os veículos de comunicação passaram a tratar a questão da violência urbana com uma abordagem mais ampla, que vai além do crime pelo crime, do sangue pelo sangue”, diz.

Na maioria dos casos, segundo ele, a violência é retratada nos jornais como uma questão de segurança pública e, como tal, interessa a toda a sociedade. “Quando um jornal noticia um seqüestro, ele promove um debate da sociedade sobre a escalada desse tipo de crime, como a pena para esse crime deveria ser tratada no congresso, como fazer para evitar ser a próxima vítima. Um fato policial é importante, vai para a primeira página, à medida que pode despertar a atenção das pessoas, provocar um debate, passar uma mensagem de alerta”, avalia.

A Folha Espírita procurou a assessoria de imprensa da TV Bandeirantes para ouvir a produção do programa Brasil Urgente, o pioneiro da tevê em acompanhamento direto de casos policiais, mas não foi atendida.
Vocação
Um dos grandes desafios da comunicação na sociedade atual, segundo aponta Jaime Carlos Patias, mestre em Comunicação pela Cásper Líbero, é o de preservar a autêntica vocação do jornalismo, que tem uma função mediadora do espaço público. “A garantia do direito à informação e à liberdade de expressão faz parte da essência do jornalismo, que deve praticar uma comunicação voltada para a informação, para a formação e educação do povo, favorecendo o exercício da cidadania”, analisa.

Disso, ninguém tem dúvida. A mídia pode e deve informar, sim, mas, como disse Di Franco, com bom senso e sem sensacionalismo.
Campanha e prêmio pregam a paz
Pautada na discussão sobre a exposição da violência na mídia, foi aprovada, durante o Encontro Nacional dos Jornalistas em Assessoria de Comunicação, de 29 de março a 1º de abril, em Fortaleza (CE), a campanha “Eu quero é paz” e “Frente pela Paz”, assim como a criação da ONG Boa Notícia. Através dela, cria-se o compromisso pela paz em que a sugestão de pautas positivas deve se sobrepor à violência que atinge o País.

Com a mesma proposta, a de expandir a cultura pela paz, está a Revista Imprensa, que criou um prêmio nesse sentido. O Mídia da Paz é voltado para jornalistas e visa reconhecer ações dos veículos de comunicação, na categoria especial do júri – há outra categoria, Comunicação Institucional, voltado para empresas socialmente responsáveis. “A idéia é expandir a cultura pela paz, reconhecer as ações e projetos que promovam e abordam soluções na luta contra a violência, não só física, mas mental, social, política, urbana, ambiental, etc”, afirma Gabriela Miranda, assessoria de comunicação da revista.

“A cultura pela Paz e Não-Violência é um valor entendido como força maior a ser alcançada por todos os povos, que vai além da rejeição à violência. Essa cultura parte de princípios básicos que para se viver bem e com qualidade, como preservar o planeta, redescobrir a solidariedade, respeitar à vida. Acredito que o Prêmio Mídia da Paz vem para fomentar e incentivar esta cultura entre os brasileiros", afirma o diretor e editor da Revista Imprensa, Sinval de Itacarambi Leão.
Dados preocupantes
Segundo a ONG MOVPAZ - Movimento Internacional pela Paz e Não-Violência, as crianças brasileiras assistem, entre os 3 e 10 anos de idade, a 107 mil cenas de violência e a mais de 40 mil de tiros por ano. No Ceará, chega-se ao cúmulo de 13 horas diárias de programas de 'mundo cão' na TV. É recorde no Brasil.
Um grupo de estudantes da Universidade de Fortaleza (CE) pesquisou a reação da comunidade aos inputs de programas policiais. A conclusão é que o acusado fica respeitado e famoso quando aparece na tevê. E as crianças, carentes de educação e bons exemplos, o vê com admiração, ou seja, ele acaba sendo referência para aquele grupo de jovens.
Cultura da violência ou da paz? Você decide
Abaixo, reproduzimos trecho de e-mail enviado por Luiz Eduardo Girão à profissionais da imprensa e sobre o qual vale a pena refletir :
(...) “Os protagonistas deste horrendo espetáculo alcançaram requintes de masoquismo, fazendo com que na cena do crime se vejam pessoas querendo aparecer e rindo da própria desgraça. Com isso, a corrente do mal ganha força, criando novos 'super-heróis' e levando milhares de espectadores a se tornarem ávidos por cinco minutos de fama. Até porque o criminoso vira um astro de tevê nesses programas policiais. Este círculo vicioso, retroalimentado pela própria sociedade (empresas que anunciam em programas de violência), reforça a inversão dos valores do ser humano, o ter em vez do ser, gerando mais violência por deixar as pessoas mais tolerantes a ela...
(...) Quem patrocina programas com teor violento poderia direcionar o investimento para a cultura da paz, automaticamente contribuindo para um mundo melhor. Esses, sim, serão os empresários socialmente responsáveis. E o público tem um poder precioso em mãos: não consumir e até fazer campanha contra marcas anunciadas em programas que estimulam a violência. É questão de sobrevivência: se não descobrimos isso pelo amor, descobriremos pela dor.”
Quem quiser mais informações sobre o trabalho da ONG Boa Notícia pode enviar e-mail para legirao@hotmail.com e sobre o prêmio da Revista Imprensa, midiadapaz@portalimprensa.com.br e telefone (11) 2117-5308.
Fonte: http://www.amebrasil.org.br/html/outras_midia.htm

22 maio 2010

Obsessões Complexas


A questão das obsessões espirituais está longe de ser desvendada em sua totalidade, tamanha a diversidade de mecanismos íntimos responsáveis pelo desencadeamento das mais complexas síndromes defrontadas pelo gênero humano. Muito embora, na visão espírita, tenha-se o conhecimento teórico dos fatores predisponentes das obsessões (vingança e a vontade de fazer o mal por parte dos espíritos focados na crueldade), pouco se conhece a respeito da forma pela qual o processo ganha curso. O modus operandi da obsessão espiritual constitui-se um desafio, pois nem todos os casos decorrem da simples ação hipnótica, da telementação entre o obsessor e a sua vítima.

A obsessão decorrente da sugestão mental foi perfeitamente descrita por Allan Kardec em “O Livro dos Médiuns”, capítulo XXIII1, oportunidade em que o Codificador estabeleceu uma classificação alicerçada na gradação crescente dos efeitos opressivos sobre o encarnado, tais como a obsessão simples, a fascinação e a subjugação. Assim, pode-se dizer que no contexto das obsessões complexas, ou seja, aquelas que ultrapassam os limites da simples sugestão mental, identifica-se um tipo caracterizado pela presença de verdadeiros artefatos fluídicos desarmonizadores inseridos na contraparte astral das criaturas, com a finalidade de produzir, por ressonância vibratória, sintomas estranhos e contundentes, caracterizados por dores lancinantes, limitações funcionais, enfermidades degenerativas, tumorais ou comprometimento mental severo.

Esses “aparelhos”, uns mais simples e de maior tamanho, outros minúsculos e sofisticados, podem ser considerados pontos de partida de um número expressivo de obsessões espirituais graves, daí a importância dos espíritas conhecerem detalhadamente o assunto. Desde a década de 60, a literatura espírita brasileira, coleciona breves informações a respeito do assunto, mais precisamente duas, registradas por autores confiáveis.

Talvez, por se tratar de temática pouco ventilada no contexto doutrinário, a questão tenha caído no esquecimento, pois a pesquisa experimental não é norma no nosso movimento espírita, com raras exceções, a exemplo dos trabalhos desenvolvidos pelos confrades Hernani Guimarães Andrade, Hermínio de Miranda, Lamartine Palhano Jr. e José Lacerda de Azevedo, este último, o grande estudioso das obsessões complexas.

Pois bem. Relembremos, inicialmente, algumas informações canalizadas por médiuns que merecem crédito. A saudosa e respeitada médium Ivone A. Pereira, em sua obra “Recordações da Mediunidade”, 1966 (FEB)2, descreve um caso acontecido em 1930, em que se percebe nitidamente a presença desse “aparelho parasita” responsável por gravíssimas conseqüências. Tratava-se de uma criança com 13 anos de idade, levada pelos pais ao antigo “Centro Espírita de Lavras”, época em que a própria médium servia de intérprete ao espírito do Dr. Bezerra de Menezes. A história clínica pode ser assim resumida. Desde os dois anos, o jovem defrontou-se com deformidades físicas em pernas e braços, acompanhadas da incapacidade de articular palavras. Para todos os efeitos, tratava-se de um caso grave de mudez. A saudosa médium assim relata como o diagnóstico foi feito: “Ao penetrar a sede do Centro, acompanhado pelo pai, os dois videntes então presentes e também eu mesma fomos concordes em perceber uma forma escura e compacta cavalgando o rapaz, como se ele nada mais fosse que uma alimária de sela, visto que até as rédeas e o freio na boca (grifo nosso) existiam estruturados na mesma sombra escura”. Ora, a forma escura montada nas costas do garoto nada mais era do que o seu obsessor, antigo escravo, odiento e vingativo, em virtude do sofrimento que lhe fora imposto pelo seu senhor de então. Todavia, mediante o tratamento espírita, o jovem ficou literalmente curado no espaço de trinta dias. E a médium assim finaliza o seu comentário: “Deslumbrado, o pai do rapaz tornou-se espírita com toda a família, desejoso de se instruir no assunto, enquanto o filho, falando normalmente, explicava, sorridente: 'Eu sabia falar, sim, mas a voz não saia porque uma coisa esquisita apertava minha língua e engasgava a garganta...' Essa coisa esquisita seria, certamente, o freio forjado com forças maléficas invisíveis...”

Observem que se tratava de um caso não resolvido pela medicina tradicional. A evolução prolongada por mais de 10 anos deixara efeitos marcantes no campo físico do jovem, inclusive a mudez aparentemente irreversível. No entanto, o esclarecimento a que foi submetida a entidade espiritual no trabalho desobsessivo e a retirada do freio bucal (aparelho parasita) contribuíram para reverter o inditoso quadro. Demonstração inequívoca de que a terapêutica espiritual, quando bem orientada, quando integrada por tarefeiros altruístas suficientemente treinados e coordenada pelo Mundo Maior, pode amenizar bastante o sofrimento das enfermidades complexas.

Outra referência notável encontra-se na obra “Nos Bastidores da Obsessão”, 1970 (FEB)3, psicografada pelo respeitável médium Divaldo Pereira Franco. No capítulo intitulado “Processos Obsessivos”, pinçamos informações sobre um tipo de aparelho parasita bem mais sofisticado, provido de recursos eletrônicos e arquitetado por um gênio das sombras. Atentem para a transcrição de pequeno trecho feito pelo nobre pesquisador espiritual, Manoel Philomeno da Miranda: “Iremos fazer uma implantação – disse em tom de inesquecível indiferença o Dr.Teofrastus – de pequena célula foto-elétrica gravada, de material especial, nos centros da memória do paciente. Operando sutilmente o perispírito, faremos com que a nossa voz lhe repita insistentemente a mesma ordem: 'Você vai enloquecer! Suicide-se!' Somos obrigados a utilizar os mais avançados recursos, desde que estes nos ajudem a colimar os nossos fins. Esse é um dos muitos processos de que nos podemos utilizar em nossas tarefas... Estarrecidos, vimos o cruel verdugo movimentar-se na região cerebral do perispírito do jovem adormecido, com diversos instrumentos cirúrgicos, e, embora não pudéssemos lograr todos os detalhes, o silêncio no recinto denotava a gravidade do momento.”

A análise dos dois casos citados é suficiente para que se fique alerta quanto à possibilidade das obsessões complexas. No primeiro exemplo, a ação patogênica foi desencadeada por um aparelho rudimentar, em forma de freio eqüino, fixado na parte interna da mucosa bucal, a dificultar o desenvolvimento da linguagem. Era um tipo de aparelho parasita, a bem dizer, grosseiro, forjado com fluídos densificados, mas muito bem implantado na estrutura anatômica do perispírito, correspondente à boca no campo orgânico. Caso tal artefato fluídico não tivesse sido diagnosticado pelos médiuns videntes e retirado naquela oportunidade, certamente o problema da mudez não teria sido corrigido. No segundo caso, esse aparelho, como ficou visto, era muito mais delicado, de tamanho reduzido, auto-funcionante, inserido cuidadosamente por meio de cirurgia em área nobre do encéfalo, com a finalidade de emitir sugestões subliminares contínuas até romper o equilíbrio psíquico da pobre vítima e levar-lhe à loucura total e ao suicídio.

Observem ainda um outro pormenor, importante fator diferencial na técnica de investigação dos citados casos. Quando os médiuns fixaram a atenção na criança, logo perceberam a presença de um campo vibratório denso fortemente imantado ao perispírito do garoto, como a cavalgar-lhe o dorso. Era o obsessor que ali se encontrava a manipular as rédeas e o tal freio bucal. De certa forma o diagnóstico não apresentou dificuldade. A análise clarividente dos médiuns permitiu a identificação do artifício obsessivo. Todavia, no caso citado por Manoel Philomeno de Miranda, o diagnóstico exigiria um pouco mais de conhecimento e traquejo. O diminuto aparelho parasita, semelhante a verdadeiro “chip” eletrônico incrustado na intimidade do cérebro, sem a presença costumeira do obsessor ao lado do enfermo, provavelmente dificultaria o diagnóstico da síndrome. O grupo mediúnico teria de se valer da clarividência espontânea ou induzida pelo desdobramento perispirítico, para identificar o minúsculo instrumento cerebral e depois localizar na erraticidade umbralina o espírito responsável.

Como se deduz, são situações que requerem um bom nível de treinamento do grupo mediúnico, e, sobretudo, o concurso de dirigentes afeiçoados às modernas técnicas de investigação do psiquismo de profundidade. Além do mais, era preciso localizar à distância o espírito responsável pela cirurgia do implante, para que, uma vez atraído ao cenário mediúnico, o mesmo fosse submetido ao diálogo esclarecedor e convencido a retirar, ele próprio, o artefato parasita, oportunidade ofertada pela misericórdia divina com vistas à recuperação inicial da entidade maléfica envolvida em sombras.
Pode-se adiantar aos prezados leitores que, apesar do árduo desafio, esse desiderato é perfeitamente exeqüível. Tudo vai depender de alguns requisitos essenciais, a saber: experiência do grupo mediúnico na tarefa desobsessiva; formação criteriosa na doutrina codificada por Allan Kardec, apoio incondicional dos mentores espirituais; e disposição de servir aos necessitados, de acordo com as normas evangélicas norteadoras do Espiritismo. Não obstante as técnicas avançadas engendradas pelos verdugos espirituais, já se dispõe, no presente momento, de contramedidas defensivas capazes de fazer frente ao avanço das sombras.

No entanto, em se considerando a sujeição da maioria dos mortais aos processos obsessivos de repercussão grave, não se deve olvidar as normas sabiamente ofertadas por Manoel Philomeno de Miranda, na obra anteriormente citada: “– Em qualquer problema de desobsessão, a parte mais importante e difícil pertence ao paciente, que afinal de contas é o endividado. A este compete o difícil recurso da insistência no bem, perseverando no dever e fugindo a qualquer custo aos velhos cultos do 'eu' enfermo, aos hábitos infelizes, mediante os quais volta a sintonizar com os seus perseguidores que, embora momentaneamente afastados, não estão convencidos da necesstdade de os libertar. Oração, portanto, mas vigilância, também, conforme a recomendação de Jesus. A prece oferece o tônico da resistência, e a vigilância o vigor da dignidade.”

Bibliografia:
1- Allan Kardec. “O Livro dos Médiuns”, capítulo XXIII, 59ª edição, FEB.
2- Yvone A. Pereira. “Recordações da Mediunidade”, Capítulo 10, pg. 193, 2ª edição, FEB.
3- Manoel P. de Miranda & Divaldo P. Franco. “Nos Bastidores da Obsessão”, capítulo 8, pg.159, 1ª edição, 1970, FEB.
4- Idem, pg. 158.
http://medicinaespiritual.blogspot.com/2007/03/obsesses-complexas-por-aparelhos.html

A Paciência

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos. Não vos atormenteis portanto quando sofrerdes, mas, ao contrário, bendizei a Deus Todo-Poderoso que vos marcou pela dor neste mundo, para a glória no Céu.
Sede pacientes. A paciência é também caridade e deveis praticar a lei da caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade da esmola dada aos pobres é a mais fácil delas. No entanto, há uma bem mais difícil, e conseqüentemente bem mais louvável, que é perdoar aqueles que Deus colocou em nosso caminho para nos servirem de teste em nossos sofrimentos e colocar nossa paciência à prova.
Sei que a vida é difícil; ela se compõe de mil coisinhas que são como alfinetadas que acabam por ferir, mas é preciso observar os deveres que nos são impostos, as consolações e as compensações
que temos em contrapartida. Então, reconheceremos que as bênçãos são mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado quando olhamos para o alto do que quando curvamos a fronte para a terra.
Coragem, amigos! O Cristo é o vosso modelo; sofreu mais do que qualquer um de vós e não tinha nada de que pudesse ser acusado, enquanto vós tendes vosso passado a expiar e tendes de vos
fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes; sede cristãos, esta palavra resume tudo.
Um Espírito Amigo - Havre, 1862

17 abril 2010

Esquizofrenia ou Obsessão?

A saber:
A esquizofrenia é classificada em quatro tipos:

1 – Esquizofrenia simples: em que o paciente vive mais o seu mundo interno, com dificuldade de adaptação social.
2 – Esquizofrenia hebefrênica: própria da adolescência em que predominam os maneirismos risos sem motivos e isolamento.
3 – Esquizofrenia catatônica: pelas variedades de atitudes estereotipadas, levando a imobilidade por horas e no final podendo levar a imobilidade total.
4 – Esquizofrenia paranóica: trazendo delírios e mania de perseguição. Tratamentos difíceis pela insistência e fixação dos sintomas.


Segundo Dr. Jorge Andrea, em "Visão Espírita nas Distônias Mentais": "As psicoses são autenticas doenças da alma ou do Espírito em severas respostas cármicas, quase sempre demarcando toda a jornada carnal... Os sintomas, por não terem o devido esgotamento no campo do exaustor físico (personalidade) perduram e refletem-se em outra reencarnação."


Dr. Bezerra de Menezes declara: "O esquizofrênico não tem destruído a afetividade, nem os sentimentos; tem dificuldade em expressá-los, em razão dos profundos conflitos consciênciais, que são resíduos das culpas passadas. E porque o Espírito se sente devedor, não se esforça pela recuperação, ou teme-a a fim de enfrentar os desafetos, o que lhe parece a pior maneira de sofrer do que aquele em que se encontra."


Segue entrevista da Folha Espírita a Dr. Sérgio Felipe de Oliviera

Folha Espírita – Como distinguir alucinação por transtorno mental da que ocorre no processo obsessivo?


Sérgio Felipe de Oliveira – A obsessão espiritual oficialmente é conhecida em Medicina como possessão e estado de transe. O Código Internacional de Doenças – CID 10, item F 44.3 – qualifica estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio ambiente. Essa situação é considerada doença quando a pessoa não tem controle. Os casos em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença. A alucinação é um sintoma que pode surgir tanto no transtorno mental anímico, a partir de neuroses graves que marcam o subconsciente, quanto na interferência de fatores externos. Esses fatores externos podem ser químicos e orgânicos, como na ingestão de drogas ou nas desordens orgânicas – febre muito alta, uremia, desordens cerebrais, etc. – ou espirituais. A interferência de uma personalidade intrusa, a obsessão espiritual, pode desajustar a percepção da realidade levando a alucinações. A pessoa pode ter alucinações e ainda assim sustentar a crítica da razão – ela sabe que está alucinando ou pode perder a crítica da razão julgando ser verdadeira aquela falsa realidade. Um dia, um paciente mergulhou no rio Tietê diante da alucinação de que estaria numa bela praia. Nesse caso, temos o transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura. O médico deve inicialmente fazer o diagnóstico da condição orgânica para depois estabelecer diagnóstico diferencial entre o transtorno dissociativo por estado de transe ou possessão, de um caso de transtorno dissociativo psicótico. O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria – DSM IV – alerta que o clínico deve tomar cuidado para diagnosticar erradamente como alucinação ou psicose casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas porque isso pode não significar uma alucinação ou psicose. A distinção entre alucinação, clarividência ou clariaudiência é uma situação bastante complexa.
FE – Como distinguir esquizofrenia da obsessão?

Sérgio Felipe de Oliveira – Na verdade, temos de discriminar no diagnóstico qual o papel da obsessão espiritual na doença que a pessoa está vivendo, já que todo transtorno psicótico como a esquizofrenia possui o componente obsessivo-espiritual.

FE – É possível saber em que proporção o processo obsessivo permeia os transtornos psicóticos, como, por exemplo, no caso das esquizofrenias?

Sérgio Felipe de Oliveira – Nesse caso, a melhor forma é a prova terapêutica. Uma vez acertado o tratamento medicamentoso e psicoterápico, a associação do tratamento espiritual, sobretudo a magnetização e a desobsessão, nos dará a proporção do envolvimento espiritual. Casos em que há uma predominância do fator obsessivo-espiritual, a melhora com a magnetização e desobsessão chega a ser espetacular, trazendo novos horizontes para a Psiquiatria. Nos casos em que há a predominância anímica ou orgânica, a melhora está mais associada à transformação da pessoa ou seu estado orgânico de forma bem caracterizada. Julgamos importante que o médico e o psicólogo que acompanham casos nessa profundidade passem pelo processo de magnetização e desobsessão a fim de se desvencilhar de possíveis envolvimentos com as energias e os obsessores que acompanham o caso.
Fonte: http://www.amebrasil.org.br/html/duv_nem.htm

20 março 2010

19 março 2010

Chico Xavier, o Filme

"Chico Xavier" é uma adaptação para o cinema que descreve a trajetória do médium Chico Xavier, que viveu 92 anos desta vida terrena desenvolvendo importante atividade mediúnica e filantrópica. Vida conturbada, com lutas e amor. Seus mais de 400 livros psicografados consolaram os vivos, pregaram a paz e estimularam caridade. Fenômeno? Fraude? Os Espíritos existem? Para os admiradores mais fervorosos, foi um santo. Para os descrentes, no mínimo, um personagem intrigante.

Mais informações a respeito do filme: http://www.chicoxavierofilme.com.br/

Lançamento: 02/04/2010
Direção: Daniel Filho
Elenco: Nelson Xavier - Chico Xavier 60/80 Angelo Antonio - Chico Xavier 20/50 Matheus Costa - Chico Xavier 8/12 Pierre Baitelli - Emmanuel Christiane Torloni - Glória Tony Ramos - Orlando Cadu Favero - Rafael Paulo Goulart - Samuel Pablo Sanábio - Assistente de Produção Gláucia Rodrigues - Letícia Pinga Fogo Thelmo Fernandes - Menezes de Assis Pinga Fogo Luis Melo - João Candido (Pai) 40/60 Pedro Paulo Rangel - Padre Scarzelo Carlos Vereza - Padre Julio Maria Oswaldo Mil - José Larissa Vereza - Lucia Cassio Gabus Mendes - Lind/Penha Guilherme Fontes - Mathis/Cevert Fernando Eiras - Prefeito de Uberaba Via Negromonte - Dora Adelaide - Lea

15 fevereiro 2010

Ovóides, por Ângelo Inácio - Senhores da Escuridão

Segue abaixo trecho do capítulo 06 do livro Senhores da Escuridão de Ângelo Inácio, psicografado por Robson Pinheiro, onde o autor espiritual traz considerações a respeito dos ovóides, gravidez extrafísica e gravidez psicológica. Temas muito interessantes para nossas discussões.

Segue o texto:

“Ao utilizar o termo perda da forma perispiritual, evidentemente o empregamos no sentido de descarte provisório, que dura o tempo exato em que a consciêcia permanece no estado mental crítico de circuito fechado. Assim que apresentar condições, o ser cujo aspecto se deteriorou é reconduzido a um útero – físico ou extrafísico – a fim de receber o choque vibratório e anímico que fará com que despertem novamente na consciência as lembranças do antigo corpo e as potencialidade adormecidas.

“O processo é semelhante em ambas as hipóteses, todavia, no tocante à gravidez extrafísica, ocorre o seguinte em linhas gerais. A matriz perisipiritual do útero materno, juntamente com os modelos mentais da mãe desencarnada na qual é acoplado o ovóide, refunde os elementos da natureza e molda novamente a figura humana. Não se esqueça das lições em nossa universidade, que esclarecem que o perispírito é uma espécie de modelo organizador das formas. Após o contato com o útero da mãe no plano astral, o restante se passa de modo automático, segundo os caminhos criados pela mãe-natureza. Isto é, o corpo mental do espírito, desperto pelo choque anímico decorrente do contato com as matrizes no útero materno, elabora, juntamente com o órgão que o abriga, um psicossoma inteiramente novo, compatível com as necessidade do espírito. A associação antes descrita, como se dá com qualquer gestação, capacita o ser a manter a conformação recém-elaborada.” (...)

_ (...) Porventura o espírito que detém a forma feminina pode engravida novamente no plano astral?

Devemos atribuir peso relativo aos termos empregados do lado de cá. Portanto - disse o guardião, pausadamente -, quando mencionamos a possibilidade de gravidez extrafísica, é bom que se entenda o verdadeiro sentido do que se quer dizer. A gestação, da forma exata como ocorre no plano físico, não encontra similar em nossa dimensão. Não existem união de gametas, espermatozóides e óvulos astrais, para produzir zigotos e, a partir destes, novos seres. Isso não ocorre. No entanto, temos de considerar que o útero materno, não somente no plano físico, mas principalmente no extrafísico, é um potente transformador, vivo e atuante, perfeitamente capaz de transubstanciar elementos sutis, devolvendo a configuração humana àqueles que a perderam.

“Assim sendo, os espíritos que apresentam condições de ser ajudados passam por uma redução da forma ovóide e são acoplados no útero extrafísico de seres que, na Terra, desempenharam a missão de mãe. Nesse estágio, faz-se um acoplamento áurico entre ambos, ou seja, do espírito da mãe desencarnada com a forma mental degenerada em ovóide, que passa a acolher. Através desse contato, refazem-se as matrizes do perispírito, outrora descartadas. A mãe desencarnada não vai parir um novo espírito; entretanto, com as energias de que é portadora na matriz uterina, auxilia na reconstituição da forma humana, que se dissipou. Tal fenômeno não é raro de se ver.

“Avançando no processo, tais espíritos são desacoplados do perispírito materno após algum tempo, suficiente para readquirir o aspecto humano, ainda esfera extrafísica, e somente então são induzidos à reencarnação, isto é, encaminhados ao útero de alguma mãe encarnada. Isso é o que ocorre na maior parte dos casos de recuperação de ovóides.
(...)
_ Existem casos, Ângelo, em que o espírito, ao ser resgatado, demora, muitas vezes, dezenas de anos até reconquistar efetivamente a aparência humana. Entretanto, na hipótese de um espírito que vive na condição de ovóide apresentar maturidade para assumir novamente a face humana, tal caso vai requerer internamento nas clínicas do Plano Superior. No que se refere ao seu tratamento na dimensão astral, pode-se envolver o corpo modificado, mas não totalmente desfeito, em elementos sutis, no qual poderá ficar imerso durante longo tempo. Para a reconstituição definitiva, porém, é indispensável retornar ao corpo físico através da reencarnação. Somente assim recuperará a forma em caráter duradouro e poderá raciocinar com mais lucidez a respeito dos próprios valores, dos atos e suas conseqüências. Contudo, é importante se precaver quanto ao alto grau de periculosidade que essas entidades representam. Transformam-se em vampiros astrais e saem em busca de outros seres com os quais estabelecem mórbida sintonia, desempenando o papel de vampiros, tanto quanto de simbiontes.

_ (...) Os espíritos em estado de decomposição da forma não colocariam o corpo da mãe encarnada e risco, devido à baixa vibração de seus organismos espirituais?

_ Com certeza poderia haver tal prejuízo, por isso me referi á terapêutica em que tais espíritos são imersos em determinada substância nas clínicas das esferas superiores. Dotado de ingredientes etéricos e astrais, esse material tem a propriedade de absorver elementos tóxicos e insalubres aderidos á forma doente.
(...)

“Quando se observa a chamada gravidez psicológica, em alguns casos a investigação revela que ovóides foram vinculados às mulheres que vivem tal processo. Sem a necessidade de haver a união dos sexos, um ou mais espíritos são ligados à mulher para se exporem à repercussão vibratória causada por um perispírito e por um corpo humano saudável.”

Fonte:
Inácio, Ângelo (Espírito)
Senhores da Escuridão [psicografado por] Robson Pinheiro – Contagem – MG. Casa dos Espíritos Editora – 2008. (Cap 06 – Preciosos Apontamentos)

05 fevereiro 2010

A Obra de André Luiz e a Física Quântica

Por Carlos A. Baccelli
A obra de André Luiz, através de Chico Xavier, em complemento à Codificação Kardeciana, em vários aspectos, gradativamente, vem mostrando quanto se antecipa às modernas conquistas da Ciência, mormente no campo da Física Quântica.
A partir de “Nosso Lar”, em 1943, a nossa concepção de Mundo Espiritual se amplia, consideravelmente, com a revelação da existência de diversas “Esferas Espirituais” que o constituem. Há, inclusive, um estudo muito interessante a respeito, num dos livros editados pela FEB, intitulado “As Sete Esferas da Terra”, de Mário Frigéri, todo ele calcado em André Luiz. Aliás, a referida publicação, em grande parte, se baseia ainda em “Cidade no Além”, publicado pelo IDE, de Araras, através dos médiuns Chico Xavier e Heigorina Cunha, pelos espíritos André Luiz e Lucius, este último, segundo informação de Chico Xavier, pseudônimo de Camille Flammarion.
O que Allan Kardec, genericamente, denomina de Mundo Espiritual, e André Luiz de “Esferas Espirituais”, a Física Quântica vem chamando de “Hiperespaço”. Em “Os Mensageiros”, cap. 15, encontramos na palavra de Aniceto:
“Há, porém, André, outros mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas esferas que se interpenetram. O olho humano sofre variadas limitações e todas as lentes físicas reunidas não conseguiriam surpreender o campo da alma, que exige o desenvolvimento das faculdades espirituais para tornar-se perceptível. A eletricidade e o magnetismo são duas correntes poderosas que começam a descortinar aos nossos irmãos encarnados alguma coisa dos infinitos potenciais do Invisível, mas ainda é cedo para cogitarmos do êxito completo.”

Nas considerações constantes do livro “Cidade no Além”, no cap. IV, “Localização de ‘Nosso Lar’ – Esferas Espirituais”, nos deparamos com preciosa elucidação: “O TRÂNSITO ENTRE AS ESFERAS SE FAZ POR MANEIRAS DIVERSAS. POR ‘ESTRADAS DE LUZ’, REFERIDAS PELOS ESPÍRITOS COMO CAMINHOS ESPECIAIS, DESTINADOS A TRANSPORTE MAIS IMPORTANTE. ATRAVÉS DOS CHAMADOS ‘CAMPOS DE SAÍDA’ QUE SÃO PONTOS NOS QUAIS AS DUAS ESFERAS PRÓXIMAS SE TOCAM. PELAS ÁGUAS, DE SE SUPOR AS QUE CIRCUNDAM OS CONTINENTES” (OCEANOS).

Vejamos agora o que transcrevemos da obra intitulada “Hiperespaço”, de Michio Kaku, professor de Física Teórica no City College da Universidade de Nova York. Graduou-se em Harvard e recebeu o título de doutor em Berkeley: “NOSSO UNIVERSO, PORTANTO, NÃO ESTARIA SOZINHO, MAS SERIA UM DE MUITOS MUNDOS PARALELOS POSSÍVEIS. SERES INTELIGENTES PODERIAM HABITAR ALGUNS DESSES PLANETAS, IGNORANDO POR COMPLETO A EXISTÊNCIA DE OUTROS.” “(...) NORMALMENTE, A VIDA EM CADA UM DESSES PLANOS PARALELOS PROSSEGUE INDEPENDENTEMENTE DO QUE SE PASSA NOS OUTROS. EM RARAS OCASIÕES, NO ENTANTO, OS PLANOS PODEM SE CRUZAR E, POR UM BREVE MOMENTO, RASGAR O PRÓPRIO TECIDO DO ESPAÇO, O QUE ABRE UM BURACO – OU PASSAGEM – ENTRE ESSES DOIS UNIVERSOS. (...) ESSAS PASSAGENS TORNAM POSSÍVEL A VIAGEM ENTRE ESSES MUNDOS, COMO UMA PONTE CÓSMICA QUE LIGASSE DOIS UNIVERSOS DIFERENTES OU DOIS PONTOS DO MESMO UNIVERSO”.

No livro “Voltei” , de Irmão Jacob, igualmente psicografado por Chico Xavier (obra de leitura obrigatória para os espíritas!), no capítulo “Incidente em Viagem”, há interessante narrativa que Mário Frigéri sintetiza em “As Sete Esferas da Terra”:
“Havia uma ponte luminosa assinalando a passagem das regiões de treva para as de luz. Um desencarnado do grupo que volitava sob a supervisão e sustentação fluídica de Bezerra de Menezes e do Irmão Andrade, se desequilibrou ante a visão magnífica da nova região e, recordando seus antigos deslizes na carne, passou a gritar:
- Não! não! não posso! eu matei na Terra! Não mereço a luz divina! sou um assassino, um assassino!
Quando seus brados ressoaram lúgubres pelas quebradas sombrias abaixo, outras vozes, parecendo provir de maltas de feras ao pé da ponte, esbravejaram, horríveis:
- Vigiemos a ponte! Assassinos não passam, não passam!”
Corroborando este rápido estudo, atentemos para a palavra lúcida de Emmanuel, em carta dirigida a César Burnier, em 2 de abril de 1938, recentemente inserida na obra “Um Amor – Muitas Vidas”, de Jorge Damas Martins, da Editora “Lachâtre”:
“Não podereis compreender, de pronto, o nosso esforço. Tendes de reconhecer, primeiramente, que o Além não é uma região, e sim um estado imperceptível para a vossa potencialidade sensorial. E entendereis que igualmente nós somos ainda relativos, sem nenhum característico absoluto, irmãos de vossa posição espiritual, em caminho para as outras realizações e conquistas, como vós outros”. (grifamos)
Em suma, a vasta obra que Emmanuel e André Luiz realizaram através de Chico Xavier, em complemento ao Pentateuco, estão a requisitar de nós, espíritas, uma releitura, à luz das modernas conquistas da Ciência, para que possamos mais bem assimilar as inúmeras informações que contêm, muitas vezes em textos que necessitam ser cotejados entre si, à espera de que disponhamos de maturidade espiritual a fim de compreendê-los em sua profundidade reveladora.
Porque permanecem na superfície da palavra, sem visão mais ampla desta ou daquela abordagem, muitos não conseguem atinar com o caráter progressivo da Doutrina, opondo-se, de maneira sistemática, ao que, por outros autores, encarnados ou desencarnados, lhes soa como novidade ou mesmo contrário aos princípios básicos da Terceira Revelação.
Fonte: http://www.baccelli.com.br/artigos.htm

A Colônia "Nosso Lar"

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