18 maio 2008

O Poder do Pensamento


A força do pensamento é de vital importância para o nosso dia-a-dia, pois podemos ser felizes ou infelizes, alegres ou tristes, vencer obstáculos ou ser derrotados por eles, obter grandes realizações ou cair em profunda depressão.

Para que possa ter uma idéia dessa energia emanada pelo pensamento, iremos descrever um texto de Allan Kardec, em A Gênese:
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"Há mais: criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa. Tenha um homem, por exemplo, a idéia de matar a outro: embora o corpo material se lhe conserve impassível, seu corpo fluídico é posto em ação pelo pensamento e reproduz todos os matizes deste último; executa fluidicamente o gesto, o ato que intentou praticar. O pensamento cria a imagem da vítima e a cena inteira é pintada, como num quadro, tal qual se lhe desenrola no espírito. Desse modo é que os mais secretos movimentos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo. Contudo, vendo a intenção, pode ela pressentir a execução do ato que lhe será a conseqüência, mas não pode determinar o instante em que o mesmo ato será executado, nem lhe assinalar os pormenores, nem, ainda, afirmar que ele se dê, porque circunstâncias ulteriores poderão modificar os planos assentados e mudar as disposições. Ele não pode ver o que ainda não esteja no pensamento do outro; o que vê é a preocupação habitual do indivíduo, seus desejos, seus projetos, seus desígnios bons ou maus".

Veja o quanto é importante o estado de vigília, pois podemos nos enganar uns aos outros no mundo material, mas não podemos enganar as entidades do mundo espiritual. A partir do momento que pensamos algo errôneo, criam-se as imagens fluídicas e, mesmo que não venhamos a praticá-las, fica registrado nossos mais íntimos sentimentos e segredos.

O que pensamos durante o dia será fruto de nossos atos durante o momento do sono. Assim, ao mentalizarmos coisas boas, ouvirmos boa música, termos conversas sadias, astral positivo, iremos durante o sono encontrar com espíritos ou encarnados que estejam na mesma sintonia. Da mesma forma serão os pensamentos viciosos, como a maledicência, o ódio, a ira, as injúrias, o negativismo etc. Além de reverter para si mesmo a energia destes pensamentos, iremos nos encontrar no momento do sono com outros que estão na mesma freqüência.

É através dos pensamentos que iremos atrair espíritos elevados ou obsessores que venham agravar a mente de seu emissor. No mundo espiritual existem falanges que pretendem fazer o mau, muitas vezes, pelo prazer de praticar tal ato. A válvula de escape que eles precisam são os nossos pensamentos. Joanna de Angelis, em Dias Gloriosos, psicografado por Divaldo Pereira Franco, descreve que "muitas vezes enfrentarás campos psíquicos minados por cargas viciadas e perigosas, imantadas por seres espirituais perversos e doentios que se utilizam de outras pessoas para te alcançar e prejudicar. Somente poderás conduzir-te nessas batalhas com os recursos morais que provêm das tuas energias psíquicas. Como não temem outros recursos, será através das tuas vigorosas emissões vibratórias que a eles escaparás".

A televisão e seus programas sensacionalistas são uma fonte inesgotável para o indivíduo se deixar levar pelas más notícias, criando em sua mente imagens fluídicas que irão provocar alguns distúrbios, entre eles, doenças. Muitas vezes, após ir ao médico, fazer alguns exames, não será diagnosticado a raiz do problema. Por isto, a importância de uma programação sadia, alegre, descontraída.

Conforme Joanna de Ângelis, "a sementeira do ódio, do ciúme, da inveja, da ira e de outros anestésicos do espírito, produz vírus e vibriões psíquicos que atacam o próprio, como o organismo daquele que, desprevenido, inspirou a produção dessas ondas devastadoras que a mente produz e direciona conforme a sua estrutura moral. Ao mesmo tempo, ideoplastias sustentadas pelo pensamento fixo em idéias perturbadoras e agressivas, contribuem para o surgimento de toxinas que invadem o organismo desarticulando-lhe a estrutura vibratória, enfermando-o, e trabalhando para matar-lhe as defesas, os fatores imunológicos".

Sintonia mental

A inércia é algo que venha a fortalecer os maus pensamentos. Quando não estamos ativos, sem uma determinada atividade, a mente cria indagações e pensamentos diversos que não levará a nada, pelo contrário, conforme a sintonia poderá trazer vários problemas psíquicos que poderão prejudicar seu emocional, sua vida familiar e social.

Alguns estudos revelam que temos em média 50 mil pensamentos por dia. Assim, devemos utilizar a imaginação criativa a todo instante. O terapeuta transpessoal, Todashi Kadomoto, em seu livro Ninguém Tropeça em Montanha, comenta sobre uma pesquisa feita nos Estados Unidos sobre o tema e revela dados importantes: 40% de nossas preocupações dizem respeito a fatos que jamais acontecerão; 30% relacionam-se com coisas que já aconteceram; 12% referem-se a questões de saúde; 10% são sobre assuntos insignificantes; 8% das preocupações têm base real. São dados realmente impressionantes, afinal constata que dos 50 mil pensamentos diários, apenas 8% são relevantes, por isto, devemos utilizá-lo melhor, reeducá-lo, diariamente, para que possamos cada vez mais aproveitá-los de uma forma útil e prazerosa para nós e todos os que nos cercam.

Grandes cientistas usaram seus pensamentos em prol da humanidade. Graças à forma de seus pensamentos chegamos ao progresso atual e para o futuro ainda iremos progredir muito.

Hoje temos todo tipo de informação que precisamos, seja pelos livros, internet, televisão, podemos literalmente conhecer o mundo sem sair do lugar. Usemos essas informações para um aprendizado e conhecimento que venham a engrandecer nosso ser. Assim, criamos em nossa volta uma energia coesa com nossos pensamentos e nossa conduta moral. Estando em estado de vigília constante saberemos destinar melhor a mente para pensamentos relevantes.

Prece e caridade

E não devemos esquecer que a melhor forma de nos manter em sintonia com a espiritualidade Maior é através da prece, da reforma íntima, da pratica da caridade, pois assim, estaremos criando sempre bons pensamentos

Este artigo foi publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 24

Mediunidade e Autoconhecimento

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Doenças Psicosomáticas - Por Joanna de Ângelis


O ser humano é um conjunto harmônico de energias, constituído de Espírito e matéria, mente e perispírito, emoção e corpo físico, que interagem em fluxo contínuo uns sobre os outros. Qualquer ocorrência em um deles reflete no seu correspondente, gerando, quando for uma ação perturbadora, distúrbios, que se transformam em doenças, e que, para serem retificadas, exigem renovação e reequilíbrio do fulcro onde se originaram. Desse modo, são muitos os efeitos perniciosos no corpo causados pelos pensamentos em desalinho, pelas emoções desgovernadas, pela mente pessimista e inquieta na aparelhagem celular.

Determinadas emoções fortes - medo, cólera, agressividade, ciúme - provocam uma alta descarga de adrenalina na corrente sanguínea, graças às grândulas supra-renais. Por sua vez, essa ação emocional reagindo no físico, nele produz aumento da taxa de açúcar, mais forte contração muscular, face à volumosa irrigação do sangue e sua capacidade de coagulação mais rápida.

A repetição do fenômeno provoca várias doenças como a diabetes, a artrite, a hipertensão, etc., assim, cada enfermidade física traz um componente psíquico, emocional ou espiritual correspondente. Em razão da desarmonia entre o Espírito e a matéria, a mente e o perispírito, a emoção (os sentimentos) e o corpo, desajustam-se os núcleos de energia, facultando os processos orgânicos degenerativos provocados por vírus e bactérias, que neles se instalam.

Conscientizar-se desta realidade é despertar para valores ocultos que, não interpretados, continuam produzindo desequilíbrios e somatizando doenças, como mecanismos degenerativos na organização somática.

Por outro lado, os impulsos primitivos do corpo, não disciplinados, provocam estados ansiosos ou depressivos, sensação de inutilidade, receios ou inquietações que se expressam ciclicamente, e que a longo prazo se transformam em neuroses, psicoses, perturbações mentais. A harmonia entre Espírito e a matéria deve viger a favor do equilíbrio do ser, que desperta para as atribuições e finalidades elevadas da vida, dando rumo correto e edificante à sua reencarnação.

As enfermidades, sobre outro aspecto, podem ser consideradas como processos de purificação, especialmente aquelas de grande porte, as que se alongam quase que indefinidamente, tornando-se mecanismos de sublimação das energias grosseiras que constituem o ser nas suas fases iniciais da evolução.

É imprescindível um constante renascer do indivíduo, pelo renovar da sua consciência, aprofundando-se no autodescobrimento, a fim de mais seguramente identificar-se com a realidade e absorvê-la. Esse autodescobrimento faculta uma tranqüila avaliação do que ele é, e de como está, oferecendo os meios para torná-lo melhor, alcançando assim o destino que o aguarda.

De imediato, apresenta-se a necessidade de levar em conta a escala de valores existenciais, a fim de discernir quais aqueles que merecem primazia e os que são secundários, de modo a aplicar o tempo com sabedoria e conseguir resultados favoráveis na construção do futuro.

Essa seleção de objetivos dilui a ilusão - miragem perturbadora elaborada pelo ego - e estimula o emergir do Si, que rompe as camadas do inconsciente (ignorância da sua existência) para assumir o comando das suas aspirações.

Podemos dizer que o ser, a partir desse momento, passa a criar-se a si mesmo de forma lúcida, desde que, por automatismo, ele o faz através de mecanismos atávicos da Lei de evolução.

A ação do pensamento sobre o corpo é poderosa, ademais considerando-se que este último é o resultado daquele, através das tecelagens intrincadas e delicadas do perispírito (seu modelador biológico), que o elabora mediante a ação do ser espiritual, na reencarnação. Assim sendo, as forças vivas da mente estão sempre construindo, recompondo, perturbando ou bombardeando os campos organo-genéticos responsáveis pela geratriz dos caracteres físicos e psicológicos, bem como sobre os núcleos celulares de onde procedem os órgãos e a preservação das formas.

Quanto mais consciente o ser, mais saudáveis os seus equipamentos para o desempenho das relevantes tarefas que lhe estão reservadas. Há exceções, no entanto, que decorrem de livre opção pessoal, com finalidades específicas nas paisagens da sua evolução.

O pensamento salutar e edificante flui pela corrente sanguínea como tônus revigorante das células, passando por todas elas e mantendo-se em harmonia no ritmo das finalidades que lhes dizem respeito. O oposto também ocorre, realizando o mesmo percurso, perturbando o equilíbrio e a sua destinação.

Quando a mente elabora conflitos, ressentimentos, ódios que se prolongam, os dardos reagentes, disparados desatrelam as células dos seus automatismos, degeneram, dando origem a tumores de vários tipos, especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que as agride.

Outras vezes, os anseios insatisfeitos dos sentimentos convergem como força destruidoras para chamar a atenção nas pessoas que preferem inspirar compaixão, esfacelando a organização celular e a respectiva mitose, facultando o surgimento de focos infecciosos resistentes a toda terapêutica, por permanecer o centro desencadeador do processo vibrando negativamente contra a saúde.

Vinganças disfarçadas voltam-se contra o organismo físico e mental daquele que as acalenta, produzindo úlceras cruéis e distonias emocionais perniciosas, que empurram o ser para estados desoladores, nos quais se refugia inconscientemente satisfeito, embora os protestos externos de perseguir sem êxito o bem-estar, o equilíbrio.

O intercâmbio de correntes vibratórias (mente-corpo, perispírito-emoções, pensamentos-matéria) é ininterrupto, atendendo aos imperativos da vontade, que os direciona conforme seus conflitos ou aspirações.

Idéias não digeridas ressurgem em processos enfermiços como mecanismos auto-purificadores; angústias cultivadas ressumam como distonias nervosas, enxaquecas, desfalecimentos, camuflando a necessidade de valorização e fuga do interesse do perdão; dispepsias, indigestões, hepatites originam-se no aconchego do ódio, da inveja, da competição malsã - geradora da ansiedade - do medo, por efeito dos mórbidos conteúdos que agridem o sistema digestivo, alterando-lhe o funcionamento.

O desamor pessoal, os complexos de inferioridade, as mágoas sustentadas pela autopiedade, as contrariedades que resultam dos temperamentos fortes de constantes atritos com o organismo, resultando em cânceres de mamas(feminino), da próstata, taquicardia, disfunções coronarianas, cardíacas, enfartos brutais, etc.

Impetuosidade, violência, queixas sistemáticas, desejos insaciáveis respondem por derrames cerebrais, estados neuróticos, psicoses de perseguição, etc..

O homem é o que acalenta no íntimo. Sua vida mental expressa-se na organização emocional e física, dando surgimento aos estados de equilíbrio como de desarmonia pelos quais se movimenta.

A conscientização da responsabilidade imprime-lhe destino feliz, pelo fato de poder compreender a transitoriedade do percurso carnal, com os olhos fitos na imortabilidade de onde procede, em que se encontra e para a qual ruma. Ninguém jamais sai da vida.

Adequando-se à saúde e à harmonia, o pensamento, a mente, o corpo, o perispírito, a matéria e as emoções receberão as cargas vibratórias benfazejas, favorecendo-se com a disposição para os empreendimentos idealistas, libertários e grandiosos, que podem ser conseguidos na Terra graças às dádivas da reencarnação.

Assim, portanto, cada um é o que lhe apraz e pelo que se esforça, não sendo facultado a ninguém o direito de queixas, face ao princípio de que todos os indivíduos dispõem dos mesmos recursos, das mesmas oportunidades, que empregam, segundo seu livre-arbítrio, naquilo que realmente lhes interessa e de onde retiram os proventos para sua própria sustentação.

Jesus referiu-se ao fato, sintetizando, magistralmente, a Sua receita de felicidade, no seguinte pensamento: - A cada um será dado segundo as suas obras. Assim, portanto, como se semeia, da mesma forma se colherá.

Por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco;Livro Autodescobrimento (Ed. LEAL)

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