18 novembro 2007

O Passe - 2ª parte

- O PASSE -
(2ª parte)

Antes de quaisquer considerações a respeito das formas de aplicação do passe, convém lembrar que o passista deve, em primeiro lugar, preparar-se convenientemente, através da elevação espiritual, por meio de preces, meditação, leituras adequadas, etc. em segundo lugar, deve encarar a transmissão do passe como um ato eminentemente fraternal, doando o que de melhor tenha em sentimentos e vibrações.

A transmissão do passe se faz pela vontade que dirige os fluídos para atingir os fins desejados. Daí, concluir-se que antes de quaisquer posições, movimentos ou aparatos (aparato - s. m. Apresentação pomposa; pompa; esplendor; magnificência; conjunto de instrumentos para fazer alguma coisa; reunião de notas e outros elementos elucidativos que acompanham uma obra. (Do lat. apparatu.) exteriores, a disposição mental de quem aplica e de quem recebe o passe, é mais importante.

Deve-se, na transmissão do passe, evitar condicionamentos que se tornaram usuais, mas que unicamente desvirtuam a boa prática espírita.

Destacamos, a seguir, aquilo que o conhecimento de mecânica dos fluídos já nos fez concluir:

1) Não há necessidade do toque, de forma alguma ou a qualquer pretexto, no paciente, para que a transmissão do fluído ocorra. A transmissão se dá de aura para aura. O encostar de mãos em quem recebe o passe causa reações contrarias à boa recepção dos fluidos e, mesmo, cria situações embaraçosas que convém prevenir.

2) A imposição de mãos, como o fez Jesus, é o exemplo correto de transmitir o passe.

3) Os movimentos que gradativamente foram sendo incorporados à forma de aplicação do passe criaram verdadeiro folclore quanto a esta prática espírita, desfigurando a verdadeira técnica. Os passistas passaram a se preocupar mais com os movimentos que deveriam realizar do que com o dirigir seus pensamentos para movimentar os fluidos.

"As mãos, como verdadeiros pólos emissores de fluídos, sobressaem-se das demais partes do corpo humano, mesmo que reconheçamos o fato de outras extremidades físicas serem também sensivelmente importantes nesse mister (...), sem falar especificamente do atributo dos olhos (...), relevando contudo o ascendente da mente que é, definitivamente, a vera diretriz de todo processo fluídico. (...)
Desde que, como princípio espiritual, nos estruturamos no reino animal, caracterizamos nossas mãos principalmente como veículo táteis de relação com o mundo, por meio das quais damos e recebemo, tocamos, apalpamos, alisamos, sentimos... Daí, a necessidade da movimentação das mãos ser, por vezes, necessária (pelo menos até que adquiramos o domínio do direcionamento e da movimentação puramente mental" (Jacob Melo - O Passe - Nota da coordenação GEAL)

4) Não há posição convencionada para que o beneficiado deva postar-se para que haja a recepção dos fluídos (pernas descruzadas, mãos em concha voltadas para o alto, etc). O importante é a disposição mental para captar os fluidos que lhe são transmitidos e não a posição do corpo.
5) O médium passista transmite o fluido, sem a necessidade de incorporação de um espírito para realizar a tarefa. Daí decorre que o passe de ser silencioso, discreto, sem o balbuciar de preces, a repetição de “chavões” ou orientações à guisa (s. f. (p. us.) Modo; maneira; jeito. (Do germ. wisa.) de palavras sacramentais.

6) O passe deve ser realizado em câmara para isso destinada, evitando-se o inconveniente de aplicá-lo em público, porque, além de perder em grande parte seu potencial pela vã curiosidade dos presentes e pela falta de harmonização do ambiente, foge também à ética e à discrição cristãs. A câmara de passes fica constantemente saturada de elementos fluídico-espirituais, permitindo um melhor atendimento aos necessitados e eliminando fatores de dispersão de fluídos que geralmente ocorre no “passe em público”.
7) Devem-se evitar os condicionamentos desagradáveis, tais como: estalidos de dedos, palmas, esfregar as mãos, respiração ofegante, sopros, etc.

8) Antigamente, quando se acreditava que o passe era simplesmente transmissão magnética, criaram-se certas crendices que o estudo da transmissão fluídica desfez, tais como: necessidade de darem-se as mãos para que a “corrente” se estabelecesse; alternância dos sexos para que o passe ocorresse; obrigação do passista de livrar-se de objetos metálicos para não “quebrar a corrente”, etc.

9) Estamos mergulhados num “mar imenso de fluidos” e o médium, à medida que dá o passe, carrega-se automaticamente de fluidos salutares. Portanto, nada mais é que simples condicionamento a necessidade que certos médiuns passistas apresentam de receberem passes de outros médiuns ao final do trabalho, afirmando-se desvitalizados. Poderá haver cansaço físico, mas nuca desgaste fluídico, se o trabalho for bem orientado.

10) O passe deve ser dado em ambiente adequado, no Centro Espírita. Evitar o passe a domicílio para não favorecer o comodismo e o falso escrúpulo dos que não querem ser vistos numa casa espírita porque isso abalaria sua “posição social”. Somente em casos de doença grave ou impossibilidade total de comparecimento ao Centro é que o passe deverá ser dado, “por uma pequena equipe”, na residência do necessitado, enquanto perdurar o impedimento que o mantém sem condições de comparecer à Casa Espírita.

11) A transmissão do fluído deve ser feita de pessoa a pessoa, devendo-se evitar práticas esdrúxulas de dar-se passes em roupas, toalhas e objetos pertencentes ao paciente, bem como não há necessidade alguma de levar-se a sua fotografia para que seja atendido à distância.
12) Não existe um número padronizado de passes que o médium poderá dar, acima do qual ele estará prejudicando-se. A quantidade de passes transmitidos poderá levar o médium a um cansaço físico mas nunca à exaustão fluídica, se o trabalho for bem orientado, pois a reposição de fluidos se dá automaticamente à medida que médium vai atendendo os que penetram a câmara de passes.

Exteriorização e Atmosfera Psíquica

O Espírito André Luiz no Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier de nome “Mecanismo da Mediunidade” (Cap. IV), esclarece sobre o “hálito mental...” Articulando, ao redor de si mesma, as radiações das energias funcionais das agregações celulares do campo físico ou do psicossomático, a alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as irradiações que lhe são peculiares. Contém elas as essências e imagens que lhes configura os desejos do mundo íntimo, em processo espontâneo de auto-exteriorização, atuando sobre os que com ela se afinem e recolhendo atuação dos simpáticos.(Pg.85). Sempre que pensamos, expressando o campo íntimo na ideação e na palavra, na atitude e no exemplo, criamos formas-pensamentos ou imagens-moldes que arrojamos para fora de nós, pela atmosfera psíquica que nos caracteriza a presença. (Pg.86).

Lei da Sintonia

Sintonia significa entendimento, harmonia, compreensão, ressonância ou equivalência. Sintonia é um fenômeno de harmonia psíquica, funcionando à base de vibrações. A lei de reciprocidade impera em todos os acontecimentos da vida. Contamos com as entidades e núcleos de pensamentos, com os quais nos colocamos em sintonia. O pensamento é idioma universal, compreendendo-se que o cérebro ativo é um centro de ondas em movimento constante, estamos sempre em correspondência com o objeto que nos prende a atenção.

Recebemos variados apelos nascidos do campo mental de todas as inteligências encarnadas e desencarnadas que se afinizam conosco, tentando influenciar-nos através das ondas inúmeras dos diferentes pensamentos. Em relação à mediunidade, devemos ressaltar a questão de sintonia. “Atraímos os Espíritos que se afinizam conosco, tanto quanto somos por eles atraídos; e se é verdade que cada um de nós somente pode dar conforme o que tem, é indiscutível que cada um recebe de acordo com aquilo que dá”. (Livro Nos Domínios da Mediunidade).

Percepção e Absorção Fluídica

A organização do complexo mediúnico funciona como um aparelho receptor nos domínios da radiofonia. A emissão mental condensa o pensamento e a vontade do emissor e envolve o médium em profusão de raios que lhe alcançam o campo interior, primeiramente pelos poros, que são miríades de antenas. Essas expressões apóiam-se nos centros do corpo espiritual, que funcionam como condensadores e atingem o sistema nervoso.

O cérebro onde se processam as ações e reações mentais, que determinam vibrações criativas, através do pensamento ou palavra. Tais estímulos se expressam ainda pelo mecanismo das mãos e dos pés, sentidos e órgãos que trabalham como condutores transformadores e analistas, sob o comando da mente “. (Livro Nos Domínios da Mediunidade)”.

Os pensamentos agem e reagem uns sobre os outros, através de incessante corrente de assimilação e o intercâmbio de alma para alma é constante e obrigatório.

“Todos respiramos num oceano de ondas mentais, com o impositivo de ajusta-las em beneficio próprio. Vasto mar de vibrações permitidas. Emitimos forças e recebemo-las. O pensamento vige na base desse inevitável sistema de trocas”.

Querendo ou não, afetamos os outros e os outros nos afetam, pelo mecanismo das idéias criadas por nós mesmos. Daí o imperativo de compreensão, simpatia, aprovação e apoio que todos carecemos, para que a tranqüilidade nos sustente e equilíbrio a fim de que possamos viver proveitosamente.”(Livro – Sinal Verde – Espírito André Luiz – Introdução)”.

15 novembro 2007

O Passe: Entrevista com Jacob Melo



Entrevista com Jacob Melo

(Autor de "O Passe - Seu Estudo, Suas Técnicas, Sua Prática")
Entrevista realizada no canal IRC Espiritismo


Em seu livro Passes e Radiações, Edgard Armond atribuiu diferentes tipos de passes para a conduta em centros espíritas. Como você vê essa divisão técnica dos passes?

Jacob Melo - Em princípio, preferimos as anotações de Kardec. Ele dividiu didaticamente o passe em três níveis: espiritual, humano e misto. Uma profusão de técnicas, sem o respaldo do Magnetismo, põe em dúvida algumas dessas técnicas. Assim, reconhecemos a validade de uma distinção de técnicas em função dos objetivos, desde que resguardados os cuidados pertinentes. A meu ver, Edgard Armond não apresentou em suas obras as justificativas que se fariam necessárias. Não digo que elas sejam desprovidas de valor prático, mas carecem de uma base de sustentação teórica, em termos de Magnetismo, e prática, em termos do que sugere Allan Kardec.


Só médiuns passistas podem aplicar o passe? É necessária uma aptidão especial ou um "não médium" pode aplicar também?


Jacob Melo - Em tese, qualquer pessoa pode aplicar passe. Tomando-se a divisão de Kardec, em alguns casos são necessários algumas aptidões e predisposições. No caso do Magnetismo ou passe humano, a pessoa deverá possuir disposição natural ou induzida de doação magnética. Para o caso do passe espiritual, há que se atender às necessidades morais. Portanto, não há necessidade de ser obrigatoriamente médium, mas há a necessidade de disposição de doação fluídica e de amor.

Qual é a necessidade de se aplicar passe deitado, se a pessoa não está debilitada?

Jacob Melo - O uso de uma maca ou cama deve estar relacionado a algum fator, seja esse fator de ordem de comodidade do passista ou de melhor conforto para o paciente. Havemos de convir que, quanto mais confortáveis estejam ambos, melhores condições terão para o sucesso da transmissão e recepção fluídica. Entretanto, os passes podem ser aplicados com os pacientes em pé, deitados, sentados, de frente, de costas etc.

Essa modalidade deve ser rotineiramente aplicada nos Centros Espíritas, como temos visto inclusive na sala de passe do Conbrade?

Jacob Melo - Não é necessário que esta prática seja rotineira, nem mesmo a própria aplicação do passe. Este deve ser aplicado apenas e tão somente quando é constatada a necessidade dele. Só que, se eliminarmos os passes das casas espíritas, baseados nessa premissa, sem dúvida iremos cair num fator de complicação muito sério. Como sempre, o bom senso indica a melhor medida, a melhor ocasião e a melhor maneira.

Somos informados que os nossos fulcros energéticos ou chakras, quando em estado normal, giram numa determinada velocidade. Estando o corpo doente (em desequilíbrio), continuam os chakras com a mesma velocidade?

Jacob Melo - Não. Nem com a mesma intensidade, nem com a mesma regularidade. Daí a necessidade da ordenação dos campos vitais (chakras).

É certo afirmar que, ao aproximarmos mais as mãos do paciente, estamos doando energia excitante e, ao afastarmos, energia calmante?

Jacob Melo - Quase isso! Os passes próximos, em relação ao Magnetismo, tornam os efeitos fluídicos com características ativantes ou excitantes. Quando aplicados à distância do corpo do paciente, tornam-se calmantes. Portanto, não são energias excitantes ou calmantes e sim a percepção e o efeito delas.

Com relação a uma pessoa refratária ao passe de um médium - passe magnético, espiritual ou misto qual a conduta mais adequada do passista nesse momento?

Jacob Melo - Imaginemos o passista portador de Magnetismo Humano. Com técnicas dispersivas (movimentação rápida das mãos), ele atenua essas discrepâncias fluídicas. O ideal, contudo, é o passista aprender técnicas para entrar em "relação magnética" ou "contato magnético" com o paciente. No caso do passista espiritual, há uma necessidade evidente de maior poder de concentração e oração. Mesmo aí, as técnicas dispersivas também ajudam sobremaneira.


Quais os centros de forças e os plexos que mais atuam no passe? Até onde vai a importância deles no passe?

Jacob Melo - No caso do passista magnético, os centros vitais que mais "usinam" fluidos são o gástrico, o esplênico e o laríngeo. Apesar disso, os outros também atuam. A importância disso vai repercutir diretamente na qualidade e no refinamento dos fluidos em usinagem. Por exemplo, o entendimento do funcionamento desses centros vitais explicarão, sem quaisquer misticismos, as implicações decorrentes da ingestão de alimentos, medicamentos, drogas, uso e abuso do sexo etc. Nos pacientes, há a necessidade de se verificar os mais desarmonizados para se propiciar um melhor atendimento.

No passe, a pessoa que aplica obrigatoriamente tem que ser moralmente "superior" à pessoa que está recebendo? O passista pode se prejudicar em alguma situação?

Jacob Melo - A questão "superior" é subjetiva por si mesma. No caso do passe espiritual, há uma necessidade imperiosa de um equilíbrio moral e espiritual por parte do passista. No caso do Magnetismo, a própria vida nos demonstra que pessoas de moral duvidosa têm obtido resultados vulgarmente qualificados de milagrosos. Quanto à questão de um passista sofrer prejuízos, infelizmente pode, haja vista o número relativamente grande de passistas que chegam a lamentáveis casos de fadiga fluídica. Isso tanto se deve a excessos de doação magnética quanto à falta de técnicas e de desconhecimento sobre como se defender com as próprias técnicas.


Já ouvimos falar de diversas técnicas de passe, como passes transversais, rotatórios, perpendiculares, longitudinais. Gostaria de saber o que difere nessas técnicas, ou são todas iguais?

Jacob Melo - Há diferença entre elas sim. Por exemplo, os transversais e perpendiculares são, na sua maioria, dispersivos. Os rotatórios normalmente são concentradores e os longitudinais tanto podem ser dispersivos, concentradores, ativantes ou calmantes. Logo, há uma necessidade real de estudo para uma maior segurança do uso das técnicas.



Quando uma pessoa que não acredita nos efeitos do passe (por exemplo, materialista) é levada a tomá-lo, os efeitos são os mesmos ou a disposição prévia e boa vontade do receptor influi nos resultados?




Jacob Melo - Influi decisivamente. Isto não quer dizer que um descrente não possa ser beneficiado, só que esta não é a regra. Observemos que a própria ciência prova que o fato de acreditarmos mais em um médico do que noutro já potencializa ou diminui os efeitos do tratamento. O que não se esperar de uma transferência tão sutil quanto a fluídica veiculada através do passe?

Já se ouviu falar de casos de morte cerebral em uma regressão na transmissão do passe. Que restrições devem ser tomadas para transmiti-lo e por que ele é tantas vezes tão perigoso?

Jacob Melo - Vamos por partes. Primeiro, não conheço nenhum caso conforme o narrado. Depois, as imposições são, por si sós, concentradoras fluídicas. Como se aplica muita imposição sobre o coronário, o passista, sendo um doador de densos fluidos magnéticos, naturalmente saturará este centro de uma maneira desequilibrante e, daí, podem advir conseqüências constrangedoras. Para se evitar tais ocorrências é que se conta com os passes dispersivos. As restrições deverão ser vencidas através do conhecimento. Para tanto, cabe às diretorias das casas espíritas fazerem regularmente treinamentos e avaliações de seu quadro de passistas.

Se eu estiver pensando mentalmente em acalmar, a distância terá mesmo influência? Qual a distância das mãos para acalmar e para excitar?

Jacob Melo - Lamentavelmente, em termos de magnetismo humano, nossa indução mental nem sempre supera a influência fluídica. No GEAK, grupo ao qual estamos ligados em Natal, temos feito pesquisas nesta área há mais de sete anos e já temos muitas evidências de que a indução mental para se obter um resultado diferente do que o magnetismo ensina não tem sido positivo. As distâncias médias consideradas são um palmo do corpo do paciente (25 centímetros, em média). Daí, em direção ao corpo, são ativantes e, em se afastando do corpo, quanto mais distantes, mais calmantes.


Como controlar a quantidade de energia aplicada?

Jacob Melo - Só a prática determina. Se você ou o passista é doador de fluidos magnéticos e está se iniciando agora na prática, recomendamos um máximo de três aplicações por sessão e uma sessão por semana. A partir daí, observe-se para saber suas reações no dia imediatamente posterior à aplicação. Havendo cansaço ou sono, insônia, ressaca e indisposições gástricas, é provável ter havido um excesso de doação ou a falta de uma aplicação técnica mais correta. Não tendo havido problema, vá aumentando a cada semana um passe até chegar ao seu limite ideal. Apesar desta resposta, seria necessária uma abordagem mais ampla para que pudéssemos entender o motivo de tantos cuidados com a aplicação do passe.

Após a doação, ocorrendo fraqueza, como recuperar as energias?

Jacob Melo - Sendo fraqueza detectada ainda no ambiente onde houve a aplicação do passe, solicite a um outro passista que lhe aplique passes dispersivos. Havendo água fluidificada, beba um pouco. No caso da fraqueza surgir no dia seguinte, evite desgastes físicos desnecessários, alimente-se de maneira mais leve que o habitual, se possível caminhe (não se trata de caminhada como exercício físico e sim como um passeio) em algum lugar onde respire ar puro e, não sendo portador de diabetes, tome água de coco. Não estamos falando das implicações e necessidades espirituais, porque acreditamos que todos sabemos do conveniente e necessário uso da oração e da conexão com o mundo espiritual superior.

O que é o "sopro" ou "insuflação quente"? E o que é a "insuflação fria"?

Jacob Melo - São as técnicas em que se usam as doações fluídico-magnéticas pelo sopro. A insuflação quente tem por característica ser extremamente ativante, enquanto que a fria normalmente é calmante e dispersiva. Em termos de aplicação, a fria é procedida como quem sopra uma vela, enquanto a quente é como um "bafo". Não se entenda, entretanto, que basta soprar para se fazer insuflação. É necessário que se tenha a disposição de exteriorização fluídica pelas vias superiores.

No passe magnético, existe realmente a relação recepção/doação através das mãos esquerda e direita?

Jacob Melo - Isto é muito comentado pela chamada escola dos polaristas. Ocorre que nem mesmo os polaristas são concordantes entre si. Por sua vez, a prática demonstra não haver maior significado na inversão das mãos, tanto é que, particularmente, nunca vi em nenhum Centro Espírita algum passista, antes de iniciar sua tarefa, perguntar se os pacientes são canhotos ou destros.

Como você compara a dieta vegetariana com a carnívora para um médium passista?


Jacob Melo - Tudo leva a crer que o vegetariano leva vantagens. Mas lembramos que, em tudo, a virtude está no meio. Se em O Livro dos Espíritos, no Novo Testamento e numa entrevista de Chico Xavier encontramos informações que não condenam definitivamente a carne, não seremos nós que o faremos. Ainda assim, não podemos concordar com o excesso de alimentação, seja vegetariana ou não. Portanto, não creio que o vegetariano, só por isso, seja melhor que o carnívoro, apesar das vantagens que ele tenha, já que todos sabemos dos inconvenientes decorrentes da dificuldade de digestão da carne animal. Um exemplo: É melhor comer um bife com moderação do que jantar meio quilo de alface, vinte tomates, quarenta cebolas e, de sobremesa, duas melancias.

Existe uma correlação tempo/efeito nos passes tipo magnético e espiritual?

Jacob Melo - Existe correlação tempo/efeito. Existe correlação passe magnético e espiritual. O tempo e o efeito tanto dependem das técnicas quanto dos passistas e dos pacientes. Os passes espirituais, a rigor, não carecem de técnicas, mas as técnicas, se bem conhecidas e aplicadas, em nada prejudicam, ao contrário, só contribuem favoravelmente. Os passes magnéticos, estes sim, precisam de conhecimentos e experiências para se alcançar uma melhor correlação tempo/efeito.

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