26 agosto 2007

Planejamento Reencarnatório

Planejamento Reencarnatório
Trechos do livro: Reencarnação: Processo Educativo
Adenáuer Novaes


O retorno a um novo corpo, através da reencarnação, se dá para o crescimento do espírito. É um processo educativo, e não punitivo. Encarado dessa forma, não há um número definido de encarnações para um espírito. Sobre a chamada “lei” de causa e efeito atua a lei de misericórdia, que é uma das variantes da lei de Amor. Os processos não se dão de forma linear, isto é, não se passa pelo que se causou a outrem na mesma proporção e na mesma intensidade. As circunstâncias a que um espírito está sujeito numa encarnação expiatória são sempre atenuadas pela Misericórdia Divina. Achamada “lei” de causa e efeito não é como a pena de Talião. Não é “olho por olho dente por dente”. Às vezes, no período de intermissão, o espírito atravessa sofrimentos, resultantes de suas atitudes quando no corpo físico. Ao reencarnar para aprender, os processos a que estará sujeito não poderão ser idênticos aos que proporcionou aos outros, em face do que aprendeu no período de intermissão, bem como em função da necessidade de educar-se a partir de estratégias amorosas das leis de Deus.
.
Em geral, as reencarnações são planejadas com antecipação, cujo tempo de preparo será proporcional às necessidades educativas do espírito. Quanto mais evoluído o espírito, maior seu tempo de intermissão, conseqüentemente mais tempo terá ele para seu planejamento. O planejamento exigirá o concurso de muitos espíritos, os quais participarão, direta ou indiretamente, das relações futuras do reencarnante. Tais preparativos vão desde a escolha dos pais ao tipo e detalhes do corpo que se utilizará o espírito. Escolhe-se o gênero de provas que se atravessará, o tipo de morte que se terá, as principais experiências que deverão ocorrer após o nascimento, que reencontros se darão, que doenças se terá, qual a época mais propícia para se reencarnar, etc.

Tais experiências planejadas se dão no nível de probabilidades, podendo haver alterações, a depender das necessidades do espírito, bem como de seu livre arbítrio e de terceiros. Fundamental é perceber que, embora planejado o destino e a existência da pressão interna das experiências pregressas, o livre arbítrio é soberano, podendo alterar quaisquer daqueles fatores. As escolhas havidas que sejam diferentes do planejado, levarão a conseqüências - positivas ou negativas - para o espírito. O espírito, após a reencarnação , poderá alterar seu planejamento. Poderá ele, adquirir novos compromissos, como fugir de outros. Poderá ampliar suas realizações previstas, tanto quanto diminuí-las.

A vida na Terra deixa de ser um acaso para ter um objetivo. Cada ação humana tem implicações, pois nada ocorre por acaso. Não se volta à Terra como a uma colônia de férias. A Terra não é uma instância de lazer. Viver é construir para o espírito. Estar no corpo físico é conscientizar-se da responsabilidade por vários processos de aprendizagem que o Universo faculta.

Aqui se está para algo aprender. Não se deve desprezar o mundo social ou o corpo, pois, mesmo sendo a realidade espiritual matriz geradora, não é exclusiva e nem deve contribuir para alienação ao mundo dos ditos vivos. Há uma complementaridade entre a vida material e a espiritual. Viver fora do mundo físico é saber viver nele.

Viver bem na Terra, aspirando a uma vida melhor após a morte, é legítimo, porém não deve ser um fim em si. O espírito não pode esquecer que, além de almejar seu progresso, deve tornar o mundo material um local bom de se viver. O reino dos céus, pregado nos meios cristãos, é tão “além” quanto aqui, isto é, na Terra deve-se implantá-lo, pois ela faz parte do “reino”. A localização desse reino é uma questão de consciência e responsabilidade.

É claro que as escolhas feitas nem sempre obedecem aos compromissos havidos em encarnações anteriores. Tais escolhas podem levar à compulsoriedade, que impõe, ao espírito, determinado processo educativo, independente de seu arbítrio. Há encarnações compulsórias para muitos espíritos que acumulam compromissos, principalmente quando envolvem terceiros. O seu passado espiritual tem influência decisiva nesse processo de escolha. As ligações com desafetos são geradoras de reencontros para que se desfaçam os laços de inimizade e ódio. Os desafetos geralmente nascem juntos para transformarem seus sentimentos aversivos em amor, aprendendo, dessa forma, o real significado do viver.As provas e expiações a que estão submetidos os espíritos, decorrem desses compromissos pregressos. Tais compromissos são vulgarmente chamados de dívidas, cujos correspondentes processos de resgates, chamo de educativos.

O processo de escolha que o espírito faz, guarda relação direta com seu livre arbítrio. O planejamento é um balizador para o espírito. Existe apenas um único determinismo imposto ao espírito. Tal determinismo inexorável é a evolução. Evoluir sempre. O ser humano pode se desenvolver muito nos diversos campos do saber, porém jamais poderá alterar as leis de Deus, e uma delas é a lei de Progresso. Progredir sempre, na direção do Bem, do
Belo e do Amor, para que alcance a felicidade, essa é a lei. Nos processos de escolha não se deve prescindir do bem coletivo.

Cada escolha do espírito tem implicações com o direito dos outros.

Nas mudanças de planejamento que visem auxiliar maior número de pessoas, os resultados serão sempre benéficos para o espírito. Essas mudanças ocorrem, geralmente a pedido do espírito que, desejando continuar encarnado para completar alguma tarefa relevante, conta com auxílio espiritual para a alteração de seu planejamento anterior.

Os conflitos e problemas atuais, antes de serem creditados às existências passadas, devem ser analisados, como faz a Psicologia, a partir da vida atual. Será que a origem de tais conflitos não está na infância problemática? Será que a relação materna e paterna não provoca traumas que eclodem adiante? Certamente que tais fatores influenciam. O retorno de um espírito a uma nova família é sempre uma novidade cheia de receios e carregada de expectativas.

A sociedade muda. Os costumes e regras sociais não são os mesmos para o espírito que esteve ausente da sociedade dos encarnados durante muito tempo. Ele tem que reaprender muito.

Há métodos educativos coletivos, os quais visam alcançar grupos de espíritos necessitados de um mesmo aprendizado. A humanidade, por vezes, atravessa processos educativos coletivos, cujo planejamento pertence a instâncias superiores e visam dar novo ritmo ao planeta. São planejados num nível superior às encarnações individuais. Pela sua interferência nos destinos de uma coletividade, suas particularidades merecem a atenção de espíritos mais elevados.

O suicídio é um exemplo do algo não planejado antes da encarnação e que é uma forma (in)voluntária de alterar o planejamento.
A negligência de alguém que, como conseqüência leve à sua desencarnação, promove alteração no planejamento reencarnatório. Alguns acidentes se encaixam nessa situação, por ocorrerem fora dos processos educativos do espírito e por vontade (negligente) de seu autor. Como exemplo, cito os casos de adolescentes que correm em ruas das grandes cidades, de forma alucinada, sem a mínima segurança, em brincadeiras conhecidas pelo nome de “pegas”.

Há filhos não planejados antes da reencarnação, que conseguem realizá-la por intercessão de espíritos que obtêm a concordância do casal.

Como “planejar” sua próxima encarnação

.
Por que o passado deveria ser o senhor da vida,
se cada nova vida é esperança de renovação?
Não ressuscites espectros e fantasmas,
nem os alimentes com fugas e fantasias;
somente o serviço desinteressado liberta:
os “mortos” devem continuar mortos.
(L’in Ch’eng Yü/Elzio F.Souza Caminhar Vazio)


“O determinismo é flexível,...” - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco.
No Limiar do Infinito




O planejamento reencarnatório realiza-se durante o período de intermissão, muito embora as correções de rumo possam ocorrer após o espírito ter reencarnado. O planejamento da próxima encarnação, enquanto se está encarnado, propicia a conclusão ou a interrupção de processos em curso que tenderiam a prejudicar o espírito. Se, desde agora, ele vê que determinado processo o prejudicará nesta e, principalmente, na próxima encarnação, retoma o controle da situação, reprogramando ações para esta e para a outra. Não conseguindo realizar algumas aspirações nesta, ele as adia para a próxima.

É claro que, após a morte do corpo, quando estará o espírito liberto de suas contingências, e tendo uma visão melhor a respeito de sua própria evolução, poderá alterar tudo que planejou. Começando a planejar desde agora, o espírito se prepara melhor para uma possível alteração no futuro.

O planejamento antecipado servirá também como marcador para a próxima encarnação. O espírito poderá, desde já, determinar-se a realizações benéficas no futuro. Seu processo de reaprendizagem, comum na infância e adolescência, poderá ser menor e mais fácil, se, desde já ele se programar a não esquecerou a relembrar o que já sabe.
.
Um indivíduo, que já passou dos cinqüenta anos, tendo uma profissão estável, sem outros recursos para o sustento de sua família além dos dela provenientes, sentindo-se inclinado a dedicar-se a outra atividade, que lhe desperte o interesse, para a qual, porém, não possui a necessária qualificação; reconhecerá, por isso, que qualquer aventura em mudar de profissão resultará na falência de recursos para a família, o que poria em risco sua atual encarnação. Após reflexões, ele deve adiar tal desejo para a próxima encarnação, quando, numa época mais propícia, atenderá seu anseio. Ou então se esforçará para capacitar-se de forma mais tranqüila em prazo mais dilatado. Caso resolva adiar, não deverá haver nenhuma frustração para o espírito que, conscientemente, tomou a decisão.

Não é incomum encontrar-se pessoas que mudaram suas vidas a partir de decisões abruptas, cujas conseqüências puseram, desde já, em risco sua encarnação futura. Qualquer um de nós tem esse direito, o qual se finda quando atingimos o do outro, o que nos exige reflexão. É necessário planejar a atual (correção de rumo) e a próxima encarnação, desde agora. É como fazer uma análise e balanço da atual encarnação. Para se alcançar tal estágio são necessárias algumas reflexões básicas. Em primeiro lugar deve-se fazer um retrato de si mesmo quanto a certos aspectos fundamentais de sua própria vida, nesta encarnação. Acomeçar pelas qualida- des que se tem. Enumere tudo aquilo que você sabe fazer, isto é, o que tem aptidão. Coloque todas as habilidades que possui.

Verifique as mínimas coisas que é capaz de realizar. Se você não conseguir enumerar todas ou acha que está faltando alguma, peça auxílio a alguém que conheça sua personalidade o suficiente para ajudá-lo nessa tarefa. Depois disso, descreva sua personalidade. Fale de você. Do que você gosta, de suas emoções, de seus sentimentos, dos seus conflitos e problemas. Fale das pessoas que têm influência em sua vida. De seus pensamentos, de suasemoções mais íntimas. Fale de sua infância, de seus pais, de sua convivência com os outros. Faça um breve relato de sua vida até hoje. Descreva seus planos para o futuro. Fale do que você não realizou, mas que ainda pensa em realizar.
O ideal seria você escrever tudo isso. Não sendo possível, procure alguém em quem você confie. Diga-lhe seus objetivos e fale tudo o que você quer. Não é tarefa fácil. Mas é necessário desabafar tais conteúdos conscientes. Preferencialmente procure alguém que saiba das istências sucessivas a que estamos sujeitos.

10 agosto 2007

Materialização e Ectoplasma

MATERIALIZAÇÃO

Vídeo com José Medrado e a Materialização de uma Noiva


ECTOPLASMA

De aspecto viscoso, semilíquido e esbranquiçado, é uma substância básica e muito importante para os efeitos de materialização de objetos e espíritos.

- Por Edvaldo Kulcheski -


Para a ciência acadêmica, ectoplasma é a parte da célula que fica entre a membrana e o núcleoou a porção periférica do citoplasma.

Para o cientista Charles Richet, é uma substância que se acredita ser a força nervosa e possui propriedades químicas semelhantes às do corpo físico, de onde provém. Apresenta-se sob um aspecto viscoso, esbranquiçado, quase transparente, com reflexos leitosos, bem como esvanescente sob a luz. É considerado a base dos efeito mediúnicos chamados físicos, pois é através dele que os espíritos podem atuar sobre a matéria.

Entretanto, para os espíritos, o ectoplasma é geralmente conhecido como um plasma de origem psíquica, que se exala principalmente do médium de efeitos físicos e um pouco dos outros. Trata-se de uma substância delicadíssima que se situa entre o perispírito e o corpo físico e, embora seja algo disforme, é dotada de forte vitalidade, servindo de alavanca para interligar os planos físico e espiritual. Historicamente, o ectoplasma tem sido identificado como algo produzido pelo ser humano, que, em determinadas condições, pode liberá-lo, produzindo vários fenômenos.

O ectoplasma é de difícil manipulação, pegajoso, não se moldando facilmente. Por isso, exige treinamentos e técnicas para que os espíritos possam se utilizar deste fluido. Não é o espírito que se materializa, mas é o ectoplasma que se adere à forma do perispírito dele. A substância sofre bastante a influência da luz do dia e da luz branca, o que causa interferências no fenômeno, tornando-se ideal a utilização de uma luz com tom avermelhado. A materialização pode acontecer sob o efeito da luz branca, mas é preciso haver muito ectoplasma. Também é difícil fazer fotos desse fenômeno com flash, uma vez que há interferência da luz nesse momento.

Nas materializações, não é utilizado diretamente o ectoplasma puro exalado pelo médium. É necessário combiná-lo com outros fluidos (espirituais, físicos), ou seja, utilizar nas materializações o ectoplasma elaborado. A presença de apenas uma pessoa incrédula no ambiente dificulta ou até impede a aderência do ectoplasma no perispírito do espírito.



Fotografia que mostra o médium Antônio Alves Feitosa, fornecedor do ectoplasma, com o espírito materializado atrás (Irmã Josepha). Do lado direito está Francisco Cândido Xavieir. Esta fotografia foi feita por Nedyr Mendes da Rocha no ano de 1965, em Uberaba, MG, usando uma máquina fotográfica marca Roleiflex e filme Kodacolor de 100 ASA. Como os trabalhos de materialização são feitos no escuro, esta foto foi feita com o auxílio de flash. É interessante notar como o ectoplasma que sai da boca do médium, como se fossem panos, ‘cai’ na direção do chão, mostrando estar sujeito à ação da gravidade. No trabalho de materialização em que esta fotografia foi feita, também participou a médium Otília Diogo. Ela se encontrava sentada dentro da cabine.
Matthieu Tubino
Um "Fluido Vital" Chamado Ectoplasma.
Publicações Lachâtre



Combinação de fluídos

A palavra ectoplasma dá uma idéia de se tratar de algo único, mas, na verdade, é um grande conjunto, formado pela combinação dos fluidos do espírito com o fluido animalizado do médium e os fluidos do ambiente. "Aí temos o material leve e plástico de que necessitamos para a materialização", explica o espírito Aulus no livro Nos Domínios da Mediunidade.

De uma maneira bastante rápida, podemos dividir o ectoplasma em três elementos essenciais: fluidos A, representando as forças superiores e sutis da esfera espiritual; fluidos B, definindo os recursos do médium e dos companheiros que o assistem; fluidos C, constituindo energias tomadas da natureza terrestre. Os fluidos A podem ser os mais puros e os fluidos C podem ser os mais dóceis, porém, os fluidos B, nascidos da atuação dos companheiros encarnados e notadamente do médium, são capazes de estragar os mais nobres projetos. Nos círculos em que os elementos A encontram uma colaboração segura dos fluidos B, a materialização de ordem elevada assume a sublimidade dos fenômenos.

Todos os estudos feitos sobre as materializações de espíritos e os chamados efeitos físicos demonstram que esses fenômenos ocorrem somente na presença de pessoas que podem fornecer ectoplasma. Isso leva à óbvia conclusão de que os espíritos não produzem ectoplasma, mas podem apenas manipulá-la. Inclusive, uma observação mais cuidadosa permite compreender que esta manipulação só pode ocorrer com a conivência consciente ou inconsciente dos encarnados que fornecem a substância.

Se não fosse assim, esses fenômenos ocorreriam com tamanha freqüência e intensidade no cotidiano da humanidade que os desencarnados passariam a participar diretamente do mundo dos encarnados. Deste modo, pode-se deduzir que o ectoplasma é um atributo do corpo físico, da matéria, uma vez que o corpo humano é material, embora controlado pelo espírito nele encarnado.

O que se pode admitir que aconteça é que os espíritos encarnados, em contato com a matéria durante a encarnação, manipulam-na de tal modo que produzam o que chamamos de ectoplasma. Essa produção se daria de modo automático e inconsciente, desde a concepção até o desencarne.

Os tipos de ectoplasma

Agora, se o ectoplasma está relacionado com a matéria que constitui o corpo humano, ele deve existir também nos minerais, nas plantas e nos animais em geral. Em termos de complexidade, esse ectoplasma não deve ser igual ao existente nos seres humanos.

Em princípio, o ectoplasma mineral é o mais simples. Nos vegetais, que se alimentam principalmente de materiais inorgânicos, ele se apresenta de modo relativamente mais complexo, em virtude de ter sido trabalhado por eles a partir do material inicial. Já nos animais, que se alimentam de produtos minerais, vegetais e mesmo outros animais, o ectoplasma deve adquirir uma maior complexidade.Assim, em função da espécie de vegetal ou animal, certamente haverá qualidades diferentes de ectoplasma. Essa dedução é fácil de ser feita, pois, ao que se sabe, o ectoplasma não-humano não é suficiente ou adequado para a realização de fenômenos físicos e de materialização, já que, se fosse, eles ocorreriam livremente pela manifestação de espíritos desencarnados. Haveria interferência direta destes no mundo dos encarnados, criando grande confusão.

No livro Espírito, Perispírito e Alma, Hernani Guimarães Andrade propõe a existência dos seguintes tipos de ectoplasma: ectomineroplasma, originário dos materiais minerais; ectofitoplasma, extraído dos vegetais; ectozooplasma, produzido pelos animais; ectohumanoplasma, gerado pelos humanos. Mas para efeito de simplificação de terminologia, no sentido de tornar o significado mais acessível às pessoas, podemos dizer apenas ectoplasma mineral, vegetal, animal e humano.

O ectoplasma é matéria?

Podemos definir matéria como tudo que é constituído pelos elementos químicos constantes da classificação periódica, além, é claro, dos próprios elementos e das partículas subatômicas. E também aquilo que possui massa e energia, estando sujeito à ação da gravidade, tem peso e ocupa um certo volume no espaço, além de interagir fisicamente com outras porções da matéria através das reações químicas.

Já o ectoplasma está sujeito à ação da gravidade e interage fisicamente com a matéria do corpo humano. Nas fotografias, vemos ele sair da boca de um médium como se fosse um pano. O fato da substância cair na direção do solo e do espírito materializado a partir dela estar junto ao chão são evidências de que este fluido está sujeito à ação gravitacional. Alguns autores que já estudaram o ectoplasma em trabalhos de materialização e de efeitos físicos verificaram a ação da gravidade através de balanças.Portanto, podemos concluir que o ectoplasma é matéria. Podemos? Este raciocínio nos conduz a uma conclusão bastante interessante, ou seja, parece haver alguma coisa que se comporta como se fosse uma matéria paralela à que a química descreve. Em outras palavras, é como se houvesse um outro conjunto de elementos químicos coexistindo com aqueles previamente conhecidos ou previstos pela química, como se fosse possível estabelecer pelo menos uma outra classificação periódica.

Apresentação e produção

O ectoplasma é um combinado de substâncias. Quando os espíritos desencarnados podem dispor dele em bastante quantidade, utilizam-no para a produção de fenômenos mediúnicos de efeitos físicos, combinando-o com outras substâncias extraídas do reservatório oculto da natureza.

Para a visão dos desencarnados, o ectoplasma se apresenta como uma massa de gelatina pegajosa, semilíquida e branquíssima que é exalada por todos os poros do médium, mas em maior proporção pelas narinas, pela boca, pelos ouvidos, pelas pontas dos dedos e até pelo tórax. À feição do magnetismo, ele é energia disseminada e presente em toda a natureza, a qual, pela lei evolutiva, é mais apurada no homem do que no mineral, no vegetal ou no animal.

Deduzindo-se que os espíritos encarnados, em contato com a matéria durante a encarnação, produzem o ectoplasma, podemos chegar a algumas conclusões. Se admitimos a existência desta substância nos minerais, nas plantas ou nos animais, podemos entender que um dos ingredientes que forma o ectoplasma é originário dos alimentos, enquanto outro provém do oxigênio que respiramos. Ainda há um outro ingrediente, produzido no interior das células de nosso corpo físico. O que ocorre é uma transformação desses ectoplasmas primários em ectoplasma humano.

Mas onde e quando ocorre o processo metabólico das reações químicas, físicas e biológicas entre os fluidos resultantes da alimentação, da respiração e da atividade celular que geram o ectoplasma? É difícil de se afirmar com certeza onde ele se forma no ser humano. A observação indica uma grande movimentação fluídica no abdome, na altura do umbigo, o que leva alguns pesquisadores a admitir que se forma ectoplasma no aparelho digestivo, através do metabolismo dos alimentos no corpo. Outro lugar em que é comum se perceber que existe uma grande quantidade dessa movimentação é no tórax, fazendo alguns estudiosos concluírem que a produção de ectoplasma ocorre através da respiração, pelo oxigênio.

Como a ciência acadêmica admite que esse fluido se forma no interior das células, muitos entendem que o ectoplasma se forma por todo o corpo no nível celular, embora em quantidades e qualidades diferentes.

O sangue pode carregá-la até os pulmões, onde se libera para ser eliminado, da mesma forma que o carbono resultante do metabolismo.Entretanto, para os espíritos, o ectoplasma é uma substância delicada que se produz entre o perispírito e o corpo físico, interligando o plano físico com o espiritual. Isso nos permite deduzir que os fluidos resultantes da alimentação, da respiração e da atividade celular são captados por meio dos chacras gástrico e esplênico, transformando-se em ectoplasma no interior do duplo etérico. Poderíamos chamar isso de "metabolismo do ectoplasma". Mas é bom lembrar: nas materializações ou nos fenômenos de efeitos físicos, não se usa diretamente o ectoplasma humano que exala do médium. É preciso combiná-la com outros dois tipos de fluidos (espirituais e da natureza) para obtermos o ectoplasma elaborado.

Fonte: IPPB

O Ectoplasma por Dr. Ricardo Di Bernardi
Médico homeopata geral e pediatra, Presidente da Assoc. Médico-Espírita de Santa Catarina. Articulista espírita, palestrante e autor de diversos livros.
.
.
1) SUBSTANCIA ainda pouco conhecida,que flui para fora do corpo humano do medium ectoplasta ( medium de efeitos físicos ), através da sua manipulação , seja pelo inconsciente ou por inteligencias externas encarnadas ou desencarnadas , ocorrem fenomenos de ordem superfísica, incluindo a materialização ou ectoplasmia que pode ser parcial ou completa.
.
4)Ligação do Ectoplasma projetado com o emissor
O Ectoplasma expelido apresenta-se ligado ao médium emissor ou ao indivíduo projetado fora do corpo físico como um canal de alimentação. Há impulsos vitais bidirecionais, dando a aparencia de um cordão umbelical .

5) Interação corpo fisico / corpo astral
o Ectoplasma ao se evidenciar demonstra uma interação constante entre os dois corpos ou veículos da consciencia, o corpo biologico mais denso e o corpo astral ou extrafisico menos denso
.
8) Subordinação a Consciencia
As manifestações do ectoplasma são condicionadas a fatores psicologicos derivados da vontade e da emotividade do comando inteligente direcionador do fenomeno.
(Inconsciente do medium , inteligencia desencarnada ou encarnada)
.
9) Aspecto similar a cordão
É comum a forma de fios ou cordões.
.
10) Raio de ação
Ao contrario do corpo astral que se projeta a longas distancias o ectoplasma tem raio de ação mais ou menos definido , a partir e em torno do corpo humano do medium.
.
11) Reabsorção
De natureza muito sensivel demonstra tendencia automática de retornar e ser reabsorvido pelas estruturas donde emanou.

12) Impacto de retorno
Em condições adversas pode retornar abruptamente ou recolher-se repentinamente.

13) Fenomenos de efeitos fisicos
O ectoplasma do medium está relacionado a mediunidade de efeitos físicos sendo manipulado pelos espiritos desencarnados

14) Pseudo-consciencia efemera e dupla.
mediuns relatam sentirem uma espécie de consciencia dupla de curta duração durante os fenomenos.

15) Projeção astral: A exteriorização de ectoplasma pode ocorrer também quando o medium está em desprendimento embora tal fato não seja o mais frequente

16) Vias de eliminação
a literatura tradicional considera os orificios de saída do ectoplasma como os naturais do organismo. (boca, anus, nariz,genitais etc ) no entanto é possivel que o mesmo saia por todos os poros do corpo.

17) Coloração
Esbranquiçada variando de tons mais claros a escuros. Já foi descrita até a cor preta o que nào se observa comumente.

18) Elasticidade
Relativa a algumas dezenas de metros

19)Reação Termica
Abaixa a temperatura do ambiente humano de contato imediato.

20) Sensibilidade ao olhar
descreve-se a influencia do olhar dos circunstantes sobre o ectoplasma (ação mental ? )
.
22) Docilidade
ao contrario do cordão de prata que não atende sempre ao comando mental do espirito o ectoplasma apresenta-se extremamente domesticável

23) Adesão de particulas
o ectoplasma pode retornar ao emissor com particulas estranhas que aderem a sua estrutura, podendo causar reações no medium

24) Fotossensibilidade
O ectoplasma é sensivel à luz branca comum podendo ser por ela modificado.

25) Densidade flutuante
Em função dos fenomenos decorrentes de sua exteriorização, (efeitos fisicos ) pode se apresentar de forma solida, liquida ou gasosa

26)Aspecto à observação
Frio, Gelatinoso, grudento, úmido, untuosos e viscoso modificando-se para floculoso, difuso, leitoso, ,liquido, gasoso, plasmatico e assemelhados.

27) Desagradavel ao toque
alguns pesquisadores referem certa repulsividade ao tocar o ectoplasma

28) Odor:
pode exalar odor lembrando o gás ozônio.

29) Composição Química
controvertida conforme cada pesquisador. Já foram descritas, substancias albuminoides, glóbulos brancos sanguíneos, celulas epiteliais, muco, lipídios etc.

30 ) Combinações
o ectoplasma apresenta-se como um combinaçào de elementos do corpo etérico do medium (fluido vital ) , elementos do corpo humano, elementos provindos de vegetais provavelmente direcionados por mentes extrafisicas, e até fragmentos moleculares de tecidos da roupa do medium
.
33) Escala de materialidade
1- corpo biologico
2-ectoplasma
3-cordão de prata e corpo eterico
4-corpo astral
5-corpo mental
6-espirito
.
NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE
.
ANDRÉ LUIZ
.
Ao redor do médium, laboriosa atividade seguia adiante. Dezenas de entidades bem comandadas e evidenciando as melhores noções de disciplina, articulavam-se no esforço preparatório. O instrumento medianímico já havia recebido eficiente amparo no campo orgânico.
A digestão e a circulação, tanto quanto o socorro às vísceras já eram problemas solucionados.
Apagada a luz elétrica e pronunciada a oração de início, o agrupamento, como de praxe, passou a entoar hinos evangélicos, para equilibrar as vibrações do recinto.
Colaboradores desencarnados extraiam forças de pessoas e coisas da sala, inclusive da Natureza em derredor, que casadas aos elementos da esfera espiritual faziam da câmara mediúnica precioso e complicado laboratório.
Correspondendo à atuação magnética dos mentores responsáveis, desdobrou-se o médium, afastando-se do veículo físico, de modo tão perfeito que o ato em si mais se me afigurava a própria desencarnação, porque o corpo jazia no leito, como se fora um casulo de carne, largado e inerte.
O veículo físico, assim prostrado, sob o domínio dos técnicos do plano espiritual, começou a expelir o ectoplasma, qual pasta flexível, à maneira de uma geléia viscosa e semiliquida, através de todos os poros e, com mais abundância, pelos orifícios naturais, particularmente da boca, das narinas e dos ouvidos, com elevada percentagem a exteriorizar-se igualmente do tórax e das extremidades dos dedos.
Substância, caracterizada por um cheiro especialíssimo, que não conseguimos descrever, escorrendo em movimentos reptilianos, acumulando-se na parte inferior do organismo medianímico, apresentando o aspecto de grande massa protoplásmica, viva e tremulante.
O ectoplasma está em si tão associado ao pensamento do médium, quanto as forças do filho em formação se encontram ligadas à mente maternal. Em razão disso, toda a cautela é indispensável na assistência ao medianeiro. Essa força materializante é como as outras manipuladas nas tarefas de intercâmbio dos espíritos. Independe do caráter e das qualidades morais daqueles que a possuem, constituindo emanações do mundo psicofísico, das quais o citoplasma é uma das fontes de origem.
Tal cuidado decorre da possibilidade de inconveniente intervenção do médium nos trabalhos. Se pudéssemos contar com mais ampla educação do instrumento medianímico, decerto menos teríamos a temer, de vez que a própria individualidade do médium colaboraria junto dos amigos do plano espiritual, evitando preocupações e contratempos prováveis. A materialização de criaturas e objetos do plano espiritual, para ser mais perfeita, exige mais segura desmaterialização do médium e dos companheiros encarnados que o assistem, porque, por mais que os colaboradores do plano espiritual se consagrem aos trabalhos dessa ordem, estão subordinados à cooperação dos amigos terrestres.
Isso nos deixa entrever que o pensamento mediúnico pode influir nas formas materializadas, mesmo quando essas formas se encontrem sob rigoroso controle de amigos do plano espiritual... Ainda quando o médium não consiga senhoreá-las de todo, pode perturbar-lhes a formação e a projeção, prejudicando conseqüentemente o serviço. Daí, o impositivo da completa isenção de ânimo, por parte de quantos se devotam a semelhantes realizações.
As faculdades de materialização, desse modo, não traduzem privilégio para os seus portadores...
(...)
O ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispirítica, assim como um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo, e é recurso peculiar não somente ao homem, mas a todas as formas da Natureza. Em certas organizações fisiológicas especiais da raça humana, comparece em maiores proporções e em relativa madureza para a manifestação necessária aos efeitos físicos que analisamos.
É um elemento amorfo, mas de grande potência e vitalidade.
Pode ser comparado a genuína massa protoplásmica, sendo extremamente sensível, animado de princípios criativos que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, ao pensamento e à vontade do médium que os exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não que sintonizam com a mente mediúnica, senhoreando-lhe o modo de ser.
Infinitamente plástico, dá forma parcial ou total às entidades que se fazem visíveis aos olhos dos companheiros terrestres ou diante da objetiva fotográfica, dá consistência aos fios, bastonetes e outros tipos de formações, visíveis ou invisíveis nos fenômenos de levitação, e substancializa as imagens criadas pela imaginação do médium ou dos companheiros que o assistem mentalmente afinados com ele (Teleplastia - Ideoplastia).
Exige-nos, pois, muito cuidado para não sofrer o domínio de inteligências sombrias, de vez que manejado por entidades ainda cativas de paixões deprimentes poderia gerar clamorosas perturbações.

05 agosto 2007

Princípio Vital

LIVRO DOS ESPÍRITOS

Princípio vital
.
Seres orgânicos e inorgânicos – A vida e a morte


☼ Os seres orgânicos são os que têm em si uma fonte de atividade íntima que lhes dá a vida. Eles nascem, crescem, se reproduzem por si mesmos e morrem. São providos de órgãos especiais para a realização dos diferentes atos da vida, apropriados às suas necessidades de conservação. Os homens, os animais e as plantas são seres orgânicos.

Seres inorgânicos são todos os que não têm nem vitalidade, nem movimentos próprios e são formados apenas pela agregação da matéria; são os minerais, a água, o ar, etc.


60 É a mesma força que une os elementos da matéria nos corpos orgânicos e inorgânicos?
– Sim, a lei de atração é a mesma para tudo.
.
61 Há uma diferença entre a matéria dos corpos orgânicos e a dos inorgânicos?
– A matéria é sempre a mesma, mas nos corpos orgânicos está animalizada.

62 Qual é a causa da animalização da matéria?
– Sua união com o princípio vital.

63 O princípio vital é um agente particular ou é apenas uma propriedade da matéria organizada? Numa palavra, é um efeito ou uma causa?
– Uma e outra. A vida é um efeito produzido pela ação de um agente sobre a matéria. Esse agente, sem a matéria, não é vida, do mesmo modo que a matéria não pode viver sem esse agente. O princípio vital dá a vida a todos os seres que o absorvem e assimilam.

64 Vimos que o Espírito e a matéria são dois elementos constituintes do universo. O princípio vital forma um terceiro?
– É, sem dúvida, um dos elementos necessários à constituição do universo, mas ele mesmo tem sua fonte na matéria universal modificada. É um elemento, como para vós o oxigênio e o hidrogênio que, entretanto, não são elementos primitivos, embora tudo isso proceda de um mesmo princípio.

64 a Disso parece resultar que a vitalidade não tem seu princípio num agente primitivo distinto, mas numa propriedade especial da matéria universal, em razão de algumas modificações?
– É a conseqüência do que dissemos.

65 O princípio vital reside em algum dos corpos que conhecemos?
– Tem sua fonte no fluido universal. É o que chamais fluido magnético ou fluido elétrico animalizado. Ele é o intermediário, o elo entre o Espírito e a matéria.

66 O princípio vital é o mesmo para todos os seres orgânicos?
– Sim, modificado conforme as espécies. É o que lhes dá movimento e atividade e os distingue da matéria inerte, uma vez que o movimento da matéria não é a vida. A matéria recebe esse movimento, não o dá.

67 A vitalidade é um atributo permanente do agente vital ou apenas se desenvolve pelo funcionamento dos órgãos?
– Apenas se desenvolve com o corpo. Não dissemos que esse agente sem a matéria não é a vida? É preciso a união das duas coisas para produzir a vida.

67 a Pode-se dizer que a vitalidade está em estado latente, quando o agente vital não está unido ao corpo?
– Sim, é isso.

☼ O conjunto dos órgãos constitui uma espécie de mecanismo que recebe um estímulo de atividade íntima ou princípio vital que existe neles. O princípio vital é a força motriz dos corpos orgânicos. Ao mesmo tempo que o agente vital estimula os órgãos, a ação deles mantém e desenvolve a atividade do agente vital, quase do mesmo modo como o atrito produz o calor.

68 Qual é a causa da morte entre os seres orgânicos?
– O esgotamento dos órgãos.

68 a Podemos comparar a morte com o cessar do movimento numa máquina desarranjada?
– Sim; se a máquina está mal montada, o movimento cessa; se o corpo está doente, a vida se extingue.

69 Por que uma lesão do coração causa a morte mais do que em qualquer outro órgão?
– O coração é a máquina da vida, mas não é o único órgão cuja lesão ocasiona a morte. É somente uma das peças essenciais.

70 O que acontece com a matéria e o princípio vital dos seres orgânicos quando eles morrem?
– A matéria sem atividade se decompõe e vai formar novos organismos. O princípio vital retorna à sua origem, à sua fonte.

☼ Quando o ser orgânico morre, os elementos que o constituíam passam a fazer parte de novas combinações e participam na formação de novos seres, que por sua vez passam a tirar da fonte universal o princípio da vida e da atividade, o absorvem e assimilam para novamente devolvê-lo a essa fonte quando deixarem de existir.

Os órgãos estão, por assim dizer, impregnados de fluido vital que dá a todas as partes do organismo uma atividade geradora da união entre elas, e, no caso de lesões, restabelece as funções que estavam momentaneamente danificadas. Mas quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos são destruídos, ou muito profundamente desarranjados, o fluido vital é incapaz de transmitir o movimento da vida, e o ser morre.

Mais ou menos por uma ação inevitável e forçosa os órgãos reagem uns sobre os outros. É da harmonia de seu conjunto que resulta sua ação mútua. Quando, por qualquer causa, essa harmonia é destruída, suas funções param como o movimento de uma máquina cujas peças principais se desarranjaram. Como um relógio que se desgasta com o tempo ou quebra por acidente, e ao qual a força motriz é incapaz de pôr em movimento.

Temos uma imagem mais exata da vida e da morte num aparelho elétrico. Esse aparelho, como todos os corpos da natureza, possui eletricidade em estado latente. Os fenômenos elétricos somente se manifestam quando o fluido é colocado em atividade por uma causa especial. Então, poderíamos dizer que o aparelho está vivo. Parando a causa da atividade, o fenômeno cessa: o aparelho volta ao estado de inércia. Os corpos orgânicos seriam, assim, uma espécie de pilhas ou aparelhos elétricos nos quais a atividade do fluido produz o fenômeno da vida. A paralisação dessa atividade produz a morte.

A quantidade de fluido vital não é precisamente a mesma para todos os seres orgânicos. Ela varia de acordo com as espécies e não é constante, seja no mesmo indivíduo ou em indivíduos da mesma espécie. Há os que são, por assim dizer, saturados desse fluido, enquanto outros possuem apenas uma quantidade suficiente; daí, para alguns a vida mais ativa, mais tenaz e, de certo modo, superabundante.

A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se insuficiente para a manutenção da vida se não for renovada pela absorção e assimilação das substâncias que o contêm.
O fluido vital se transmite de um indivíduo para outro. Aquele que tem mais pode dar para quem tem menos e, em alguns casos, restabelecer a vida prestes a se extinguir.

71 A inteligência é um atributo do princípio vital?
– Não, uma vez que as plantas vivem e não pensam: apenas têm a vida orgânica. A inteligência e a matéria são independentes, uma vez que um corpo pode viver sem inteligência. Porém, a inteligência só pode manifestar-se por meio dos órgãos materiais. É preciso a união com o Espírito para prover de inteligência a matéria animalizada.

☼ A inteligência é um dom especial, próprio de algumas classes de seres orgânicos e que lhes dá, com o pensamento, a vontade de agir, a consciência de sua existência e de sua individualidade, assim como os meios de estabelecer relações com o mundo exterior e de proverem as suas necessidades.

Podem distinguir-se assim:

1º) os seres inanimados, formados apenas de matéria, sem vitalidade nem inteligência: são os corpos brutos;
2º) os seres animados que não pensam, formados de matéria e dotados de vitalidade, mas desprovidos de inteligência;
3º) os seres animados pensantes, formados de matéria, dotados de vitalidade e tendo a mais um princípio inteligente que lhes dá a faculdade de pensar.
VEJA TAMBÉM: FLUIDOS

Reiki e Espiritismo

O texto que segue foi retirado do estudo feito pelo Centro Ecumênico de Cultura e Educação para a Paz



O Reiki segundo o Espiritismo

Quanto ao REIKI, sua prática se constitui em um dos mais importantes “fatos espíritas” do século XX, espalhando-se rapidamente do Japão, onde foi intuído por um monge budista chamado Mikao Usui, para ganhar status nos EUA e na Europa, chegando, através da indústria New Age, em meados da década de 1980, no Brasil. Por seu grande avanço no mundo Ocidental, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já o reconhece como “terapia complementar”, junto com outros tratamentos (Florais de Bach, Acupuntura, Homeopatia etc.).

E o que é um “fato espírita?” Segundo a denominação de Allan Kardec, são todos os fenômenos causados pela intervenção de inteligências desencarnadas, ou seja, por Espíritos. E, com a exceção de poucos reikianos que ainda afirmam que a “energia cósmica é inteligente” e é ela que faz os tratamentos, é praticamente consenso que sem a participação dos Espíritos, ou seja, de toda uma equipe médica preparada no Astral, nenhuma cura seria obtida através dessa técnica. E, por ser um “fato espírita” praticado no mundo inteiro, não há porque não se pesquisar o tema junto aos Espíritos, sobretudo com aqueles que se manifestam durante sua prática, uma vez que a ciência espírita é realizada através da fenomenologia mediúnica, consultando-se e entrevistando Espíritos de várias ordens, através de reuniões sérias voltadas para a elaboração de estudos filosóficos, morais etc.

E tal consulta aos Espíritos não vai de encontro aos princípios do Espiritismo, uma vez que, Kardec, na conclusão dO Livro dos Espíritos, escreveu o seguinte:

“o Espiritismo não é obra de um homem. Ninguém se pode dizer seu criador, porque é tão velho quanto a criação. Ele se encontra por toda a parte, em todas as religiões e mais ainda na religião católica, e com mais autoridade que em todas as outras, porque nele se encontra o princípio de tudo: os espíritos de todos os graus, seus intercâmbios ocultos, e patentes com os homens...”

Muitos que criticaram as edições anteriores desse livro, afirmando que o REIKI é um “elemento estranho ao Espiritismo”, ou que os Espíritos da “codificação não falaram sobre esse assunto”, talvez devessem ler o capítulo XXVI dO Livro dos Médiuns, denominado “perguntas que se podem dirigir aos Espíritos”.

Nesse capítulo encontramos a seguinte afirmação de Kardec:

“Algumas pessoas pensam que é preferível abster-se de colocar perguntas, e que convém esperar o ensinamento dos Espíritos sem provoca-los; há aí um erro. Os Espíritos dão, sem contradita, instruções espontâneas de alta importância, e que seria errado negligenciar, mas há explicações que se esperaria, freqüentemente, tempo muito longo se não fossem solicitadas. (...) As perguntas, longe de terem o menor inconveniente, são de uma grande utilidade do ponto de vista da instrução, quando se sabe contê-las nos limites desejados”.

Será que Kardec poderia prever que entre outros assuntos, o homem ocidental se preocuparia com a preservação do meio ambiente e, relacionado a esse tema, com o vegetarianismo e com o direito dos animais? Ele poderia prever o surgimento de novas terapias vibracionais como os Florais, o Reiki, a Cromoterapia ou a Musicoterapia? Ou que o homem dito “civilizado” demonstraria um interesse gradativo pelas ancestrais filosofias e práticas corporais do Oriente, tais como o T’ai Chi Chuan, o Yoga, a Meditação, o Do-In, a Acupuntura?

O REIKI explicado pelos Espíritos


"Estudai, comparai, aprofundai; dizemo-vos sem cessar que o conhecimento da verdade tem seu preço. E como quereis chegar à verdade, quando interpretais tudo por vossas idéias estreitas, que tomais por grandes idéias? Mas não está longe o dia em que o ensinamento dos Espíritos será por toda parte uniforme, tanto nos detalhes quanto nas coisas principais. Sua missão é a de destruir o erro, mas isso não pode vir senão sucessivamente."

O Livro dos Médiuns. Cap. XVII

Este capítulo foi organizado a partir das respostas obtidas com a espiritualidade que atua na ONG Círculo de São Francisco, entre os anos de 2002 e 2005. Até onde sabemos, atuam na casa as seguintes correntes espirituais: os indígenas, os pretos-velhos, as crianças, as entidades médicas (muitas são mentores da chamada Associação Médico-Espírita), e três linhas de espíritos orientais (uma do extremo oriente, uma da Índia e outra representando, simbolicamente, os antigos povos Persas). Fomos orientados para procurar organizar as informações abaixo na forma de perguntas e respostas, o que facilita a compreensão do leitor. É o método adotado nos livros de Ramatís e de muitos outros autores espirituais, além do próprio Livro dos Espíritos, escrito por Kardec.

A ordem estabelecida para a apresentação das questões não representa, necessariamente, a ordem em que as perguntas foram feitas à espiritualidade.

Devemos lembrar que tais respostas, obtidas na ONG Círculo de São Francisco, foram também confirmadas pela espiritualidade que atua em outras casas espiritualistas, em várias partes do território brasileiro.

Pergunta 01 – O que é o REIKI?



É mais um nome para o que podemos chamar, genericamente, de fluidoterapia. O REIKI, o passe espírita, a cura prânica, a cromoterapia mental (cromosofia) são formas diferentes de manipular a mesma energia. Apesar das mistificações e da mercantilização que envolvem sua difusão, é um trabalho energético e espiritual importante e, por isso mesmo, acompanhado de perto pela espiritualidade.

Pergunta 02 – Como se processa o envio de energia através do REIKI? Quais as diferenças em relação às outras técnicas apontadas acima?

Através de um comando mental e do desenho de um símbolo gráfico, a bioenergia do terapeuta é encaminhada para o organismo energético de um enfermo, apesar de muitos acreditarem que estão “canalizando a energia cósmica”, sendo apenas um “canal”. Esse é um dos principais erros de interpretação no ensino do REIKI. Sem a bioenergia do encarnado não é possível realizar o tratamento dos pacientes que possuem merecimento para obterem a cura de suas enfermidades através dessa doação energética.

Na cura prânica, por exemplo, não se usa símbolos. Mas o terapeuta mentaliza a energia sendo produzida em um de seus chakras, de acordo com a variação eletromagnética que pretenda enviar. Por sua vez, na Cromoterapia Mental, o praticante deve se concentrar e mentalizar a cor da energia que ele pretende enviar ao enfermo. Porém, não importa a técnica adotada, o importante é se manter concentrado e com o pensamento elevado durante o processo de doação de energia, pois a cura, se for permitida, será realizada por Deus.

Pergunta 03 – Até hoje, de todas essas técnicas bionergéticas, a única que afirma que o terapeuta pode fumar, beber, enviar energia vendo TV etc., é o REIKI, afirmando seus divulgadores que a energia do terapeuta não interfere no processo, isso é verdade?

Como dissemos, o erro está em divulgar que o reikiano é apenas um “canal”. Em outras palavras, em afirmar que não é a energia do terapeuta disponibilizada no tratamento. Daí a ilusão de que se pode fuma, abusar do álcool etc., sem comprometer a saúde daquele que procura pelo auxilio. Na verdade, cada um recebe aquilo que merece. Deus é quem encaminha os pacientes certos para os atendentes certos. Aquele que merece ser curado será levado para aquele atendente que possui a energia necessária para aquela cura; aquele que precisa, como prova, ser intoxicado com energia deletéria será levado ao atendente que será o instrumento daquela intoxicação.

Pergunta 04 – Os adeptos do REIKI afirmam que essa técnica é a única que não provoca cansaço no terapeuta, mas já constatamos vários reikianos e mestres de REIKI esgotados após a sessão ou iniciação de outros reikianos. Por que acontece isso?

Um outro erro que existe na difusão do REIKI é afirmar que o terapeuta não precisa se concentrar. Por isso, muitos enquanto aplicam o REIKI conversam sobre o jogo de futebol que aconteceu no final de semana, sobre o galã da novela etc. Quem não se concentra, não doa energia. E, obviamente, não se cansa.

Uma pessoa concentrada por vinte minutos emite uma quantidade similar e uma qualidade fluídica superior a de uma pessoa que fica por duas horas “enviando” energia sem se concentrar no que está fazendo, assistindo a TV ou jogando conversa fora com o paciente.

Pergunta 05 – Então basta se concentrar para doar uma energia de melhor qualidade?

Em termos. Além da concentração, é necessário buscar se aprimorar mental e moralmente, sobretudo através de sua própria reforma íntima. Aumentando seu padrão vibratório através da mudança de atitudes, amando incondicionalmente, abandonando pensamentos e sentimentos negativos. Quanto mais pureza de intenção, melhor a qualidade vibratória da energia que irá doar ao enfermo. Voltamos a ressaltar que a energia doada no atendimento com o REIKI não é a energia cósmica, mas uma energia derivada dela: a energia vital ou “energia zôo” que só existe no encarnado. Portanto, para que seja uma energia de qualidade é preciso tomar certos cuidados que não é demais repetir: mudar nossos padrões de pensamento, atitudes e sentimentos; vencer os vícios como o fumo e o álcool e, gradativamente, substituir a alimentação carnívora pela vegetariana, além de abandonar práticas promíscuas e manter uma vida sexual regrada.

Pergunta 06 – É correto ver no REIKI uma profissão?

O REIKI pode ser considerado um caminho seguro ou uma etapa inicial para todos que desejam se aprimorar espiritualmente, nosso verdadeiro objetivo aqui na Terra, utilizando-o para ajudar o próximo desinteressadamente. Não podemos dizer que seja errado encará-lo como profissão, mas, aqueles que assim agem, perdem a oportunidade de saldar seus compromissos do passado, recebendo hoje o que receberiam no mundo espiritual.

Pergunta 07 – Qual é a origem dos símbolos do REIKI?

O REIKI, como tantas outras práticas orientais, utiliza símbolos como catalisadores. Eles servem para facilitar e orientar a emissão de pensamento e, portanto, de energia. Os símbolos são como os objetos ritualísticos ou os pontos riscados utilizados em outras práticas espiritualistas. Porém, para que um tratamento com REIKI seja eficiente e sem contra-indicações, exige-se do praticante 10 % de conhecimento (símbolos e posições) e 90% de Amor e Vontade de servir. Não há problema em usar símbolos, mas o importante é colocar em prática os ensinamentos morais que acompanham cada um dos símbolos do REIKI.

Na Antigüidade oriental, os livros eram escritos em folhas de palma. Os antigos yogues e outros mestres orientais utilizavam, então, um recurso magnético para transmitir os seus ensinamentos. Daí o surgimento dos símbolos ou yantras, em sânscrito. Estes, juntamente com alguns rituais, ajudavam a fomentar a devoção e a infundir a sabedoria espiritual nos discípulos.

Estes desenhos eram simples instrumentos para que os discípulos tivessem condições de recordar e recapitular toda a sabedoria espiritual apreendida. Em suma, eles funcionavam como notas de aula.

Assim, cada um dos símbolos do REIKI está relacionado a um aprendizado espiritual que se sustenta sobre um tripé: Amor, Pensamento e Ação. Cada um dos símbolos nos apresenta um ensinamento moral que, ao ser praticado, expande o respectivo chakra ao qual está associado.

Pergunta 08 – Então o símbolo faz parte de um ritual desnecessário?

Qualquer ritual, independente dos objetos utilizados ou formas, é sempre acompanhado pela ação mental, seja através de preces ou de mentalizações do praticante, pois é ela que aglutinará o prâna, a energia necessária para que se alcance o objetivo desejado. Não estamos criticando o uso do símbolo, apenas esclarecendo que é o poder mental e não o desenho que manipulará a energia do praticante. Mas é preciso ter em mente que não é preciso saber os símbolos ou ser “sintonizado” por um mestre para você enviar bons fluidos, basta ser uma pessoa de puros pensamentos e desejar beneficiar, desinteressadamente, o próximo. A vontade é o que produz a emissão de fluidos e não os símbolos. Estes favorecem a imaginação do terapeuta/magnetizador, aumentando sua crença e capacidade de concentração. Não podemos nos esquecer que o dínamo ou o manipulador de toda energia curativa é a nossa mente.

Pergunta 09 – E como a mente ou o pensamento faz a energia se movimentar?

Como salientamos, o veículo necessário para a manipulação energética é o pensamento. Para falar sobre este assunto precisamos, mesmo que rudimentarmente, falar um pouco sobre o Perispírito, também conhecido como Corpo Astral pelos teosofistas. Este corpo energético é o responsável pela expressão dos desejos e da consciência (ego).

Através do Corpo Astral é possível expressar nossas paixões, sentimentos, desejos e emoções. Ele serve de intermediário entre o Corpo Mental (ou apenas mente) e o Corpo Físico. Em suma, trata-se de um veículo de consciência e de ação responsável pela transmissão de vibrações, tanto do plano físico para o mental ou vice-versa. Em outras palavras, como o Corpo Físico se limita a colher no mundo exterior as vibrações daí provenientes, estas, ao chegar ao Corpo Astral, são transformadas em sentimentos como amor, ódio, prazer, dor, alegria etc.

E nossos sentimentos imprimem sobre a matéria astral determinadas cores, variando conforme a intensidade do sentimento. Daí o fato da Cromoterapia ser uma técnica importante e que deveria ser conhecida por todos os interessados em cura. E a cor, a forma, a nitidez e a duração do fluxo energético são determinadas pela qualidade do pensamento e do sentimento amoroso manifestos na intenção e na vontade de ajudar o próximo.

Porém, devemos sempre ressaltar que o pensamento dinâmico pode criar energia positiva ou negativa. O que vocês chamam de “macumba” é o uso dos pensamentos, motivado por sentimentos negativos, para prejudicar o outro. Por isso, ressaltamos que não basta traçar corretamente o símbolo se o praticante passa toda a sessão emitindo pensamentos negativos. Além disso, pela Lei do Carma, toda e qualquer emissão de pensamento, quer positivo ou negativo, terá um efeito sobre aquele que o manifestou.
Pergunta 10 - A energia emitida durante o REIKI é a mesma energia estudada e classificada como “força ódica”, por Reinchenbach, ou “energia bioplásmica” ou “psicotrônica”, segundo vários cientistas da antiga União Soviética e da Tchescolovaquia?

Sim. E, desde a Antigüidade, sabe-se que essa energia pode ser transferida de indivíduo para indivíduo, pela imposição das mãos ou a distância, através da vontade, da oração sincera e pura ou do pensamento elevado. Através da vontade sincera é possível emitir uma ou outra qualidade de prâna, de acordo com a finalidade a que nos propomos. Por ser a mesma energia, podemos dizer que uma pessoa que não saiba os símbolos ou não foi “sintonizada” por um “mestre” pode ser capaz de enviar fluidos balsâmicos para um enfermo se for uma pessoa de puros pensamentos e desejar beneficiar, desinteressadamente, o próximo, sem precisar pagar por isso. Como é a vontade e o pensamento que produzem a emissão de fluidos e não os símbolos, ser um reikiano, com certificados ou linhagens, não garante a qualidade das vibrações emitidas.

O simples ato mecânico de traçar um determinado símbolo não é suficiente se faltar a vontade e o desejo de enviar bons fluidos para algum enfermo. Por mais redundante que possa parecer, o papel do símbolo está em sua dimensão simbólica, ou seja, em representar um ensinamento de cunho moral capaz de elevar o padrão vibratório de cada praticante. Esse talvez seja ensinamento mais importante desse livro, esquecido ou ignorado por muitos “mestres” de REIKI.

Pergunta 11 - Muitos “mestres” de REIKI afirmam que seus pacientes estão tendo uma “crise de cura” quando passam mal, vomitam, ficam com fortes dores de cabeça etc. após a sessão ou iniciação. Esse fato não estaria ligado à qualidade da energia enviada ao paciente?

Exatamente. Os que acreditam que basta traçar os símbolos, impor as mãos e emitir ondas mentais negativas, concentrando-se apenas no dinheiro que irão receber do consulente no final, infelizmente, terão que ajustar contas com suas próprias consciências.


LinkWithin

Related Posts with Thumbnails