02 novembro 2009

Perispírito

Por ter sido o termo criado pelo Espiritismo, ninguém melhor que Kardec para o definir; perispírito (...) É o traço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual. É por seu intermédio que o espírito encarnado se acha em relação contínua com os desencarnados; é, em suma, por seu intermédio, que se operam no homem fenômenos especiais, cuja causa fundamental não se encontra na matéria tangível e que, por essa razão, parecem sobrenaturais para alguns.
O perispírito é o órgão sensitivo do Espírito, por meio do qual este percebe coisas espirituais que escapam aos sentidos corpóreos.

Vejamos algumas perguntas contidas em O Livro dos Espíritos:
93 - O Espírito propriamente dito tem alguma cobertura ou está, como pretendem alguns, envolvido numa substância qualquer?


- O Espírito está revestido de uma substância vaporosa para os teus olhos, mas ainda bem grosseira para nós; muito vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e se transportar para onde queira.

Assim como o germe de um fruto é envolvido pelo perisperma, da mesma forma o Espírito propriamente dito está revestido de um envoltório que, por comparação, pode-se chamar de perispírito.

94 - De onde o Espírito toma o seu invólucro semi-material ?

- Do fluido universal de cada globo. Por isso, ele não é o mesmo em todos os mundos. Passando de um mundo para outro, o Espírito troca seu envoltório, como mudais de roupa.

- Assim, quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm entre nós, tomam um perispírito mais grosseiro?

- Já o dissemos: é preciso que eles se revistam da vossa matéria.

Do meio onde se encontra é que o espírito extrai o seu perispírito, isto é, esse envoltório ele o forma dos fluidos ambientes do globo onde vai habitar.

A natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do espírito. Os espíritos inferiores não podem mudar de envoltório a seu bel-prazer, pelo que não podem passar, a vontade, de um mundo para o outro. Os espíritos que vão habitar um orbe, tiram daquele meio seus perispíritos; porém, conforme mais ou menos depurado o espírito for, o perispírito também se formará das partes mais puras encontradas no orbe, como também se for deveras inferior formar-se-á das partes mais inferiores do orbe onde habitará. O espírito produz, aí, sempre por comparação e não por assimilação, o efeito de um reativo químico que atrai a si as moléculas que a sua natureza pode assimilar.

Resulta disso um fato de muita importância: a constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou espaço que a circunda. O mesmo já não se dá com o corpo carnal.

Verificamos também que o progresso perispirítico de um espírito se modifica com o progresso moral que este realiza em cada uma de suas reencarnações, embora ele encarne no mesmo meio.

95 - O envoltório semi-material do Espírito tem formas determinadas e pode ser perceptível?

- Sim; tem uma forma que o Espírito deseja, e é assim que ele se vos apresenta algumas vezes, seja em sonho, seja em estado de vigília, podendo tomar forma visível e mesmo palpável.

Esse laço a que os espíritos se reportam é o perispírito. Ele, também chamado por Kardec de corpo fluídico dos Espíritos , é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma. E continua: "já vimos que também o corpo carnal tem seu princípio de origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível.

54. "Numerosas observações de fatos irrecusáveis, dos quais falaremos mais tarde, conduziram a esta conseqüência de que há no homem três coisas: 1ª alma ou Espírito, princípio inteligente em que reside o senso moral; 2ª o corpo, envoltório grosseiro, material, do qual está temporariamente revestido para o cumprimento de certos objetivos providenciais; 3ª o perispírito, envoltório fluídico, semi-material, servindo de laço entre a alma e o corpo.

A morte é a destruição, ou melhor, a desagregação do envoltório grosseiro, daquele que a alma abandona; o outro se separa e segue a alma que se encontra, dessa maneira, sempre como um envoltório; este último, se bem que fluídico, etéreo, vaporoso, invisível para nós em seu estado normal, não deixa de ser matéria, embora, até o presente, não pudéssemos apanhá-la e submetê-la à análise.

Este segundo envoltório da alma ou perispírito existe, pois, durante a vida corporal; é o intermediário de todas as sensações que o Espírito percebe, aquele pelo qual o Espírito transmite sua vontade ao exterior e age sobre os órgãos. Para nos servir de uma comparação material, é o fio elétrico condutor que serve para a recepção e a transmissão do pensamento; é, enfim, esse agente misterioso, inacessível, designado sob o nome de fluido nervoso, que desempenha um grande papel na economia e do qual não de dá bastante conta nos fenômenos fisiológicos e patológicos. A Medicina, não considerando senão o elemento material ponderável, se priva, na apreciação dos fatos, de uma causa incessante, de ação. Mas não é aqui o lugar de examinar essa questão; faremos somente notar que o conhecimento do perispírito é a chave de uma multidão de problemas até agora inexplicados". (O Livro dos Médiuns)

Somos conforme já sabemos de natureza eletromagnética, e por isso possuímos um campo magnético próprio, poderíamos até em formas didáticas, considerar como se fosse uma lâmpada acesa, com um campo luminoso formado pelos fótons irradiados ao seu redor.

Este campo, conforme dissemos, que se assemelha a uma lâmpada acesa, contém, realmente, a irradiação luminosa de nossa individualidade espiritual, de nosso próprio espírito, a refletir as irradiações de nosso corpo físico, de nosso perispírito e de nosso corpo mental, de nossa identidade eterna, formando assim, este conjunto que chamamos de AURA. Em síntese, são emanações de nossas células orgânicas e de nosso perispírito em uma simbiose comandada por nossa onda mental. Se localizarmos em rápidas palavras o envolvimento do perispírito sob o corpo somático poderemos de uma forma mais profunda analisar estes detalhes:

Corpo ("Considerando-se toda célula em ação por unidade viva, qual motor microscópico, em conexão com a usina mental, é claramente compreensível que todas as agregações celulares emitam radiações e que essas radiações se articulem, constituindo-se tecidos de forças" André Luiz, em Evolução em Dois Mundos, p´g. 129)

Duplo etérico (“O perispírito ao se colar às organizações somáticas, faz às expensas de zona energética bem definida, chamada o Duplo – Etérico, cujas efusões, de mistura com aquelas da organização física, determinam um halo energético em volta do corpo; halo este , de configuração ovóide em seu todo, variável de indivíduo a indivíduo, não só com suas expansões, mas também de múltipla coloração”- Jorge Andréa Psicologia Espírita Vol II - parte do perispírito mais grosseira e próxima do corpo). Reservatório de vitalidade, necessário, durante a vida física, à reposição de energias gastas ou perdidas. Com a desencarnação, essa estrutura se desintegra com a própria organização física, perdendo, pois, o perispírito, em grande parte essa túnica de vitalidade, essencial para o equilíbrio Espírito-corpo.

O Duplo etérico forma-se com a encarnação do Espírito e não possui existência própria como o perispírito, desintegrando-se com a morte física como dissemos acima. É considerado o cerne da eletricidade biológica humana, por ter função de absorver energias vitais do ambiente distribuindo-as eqüitativamente, envolvendo órgãos e sistemas em eflúvios próprios, permitindo, inclusive, o diagnóstico precoce de males que futuramente venham a acometer o indivíduo. Nos suicidas, o duplo ainda pleno de energias vitais, permanece ligado ao perispírito e ao cadáver fazendo com que o Espírito sinta uma espécie de repercussão daquilo que está a ocorrer na matéria, ou seja, a decomposição provocada pelos vermos na terra. Tudo indica, a propósito, que a carga de energia vital contida no duplo condiciona, basicamente, a maior ou menor longevidade do ser humano. Entende-se então, que os medianeiros curadores, em geral, e os aptos à produção de fenômenos ectoplásmicos particularmente ostensivos, já trazem, em seu duplo etérico, reserva maior de energia vital.

Compreendemos, também, como uma vida na carne pode, eventualmente, ser prolongada, como nos mostram inúmeros relatos, bem conhecidos, aliás, dos espíritas brasileiros. Em caso de prolongamento da vida física, por razões evidentemente especiais, avaliadas pelos Espíritos Superiores, surge o revigoramento fisiológico, graças a uma suplementação de recursos no duplo etérico da pessoa contemplada com tal benefício. Existe uma relação muito estreita do duplo etérico e o corpo físico, uma deficiência energética de um, repercute no outro com nítida queda de vitalidade.

O fenômeno da insensibilização poderá ser lembrado aqui, pois, a insensibilidade resultaria de um bloqueio induzido fisicamente, parcial ou não, localizado ou não, na passagem da energia do duplo etérico para o corpo, com a possibilidade inclusive, de um afrouxamento dos próprios liames perispirituais, que, no caso de anestesia geral, poderia ate’favorecer o seu desprendimento.

Nos caso de materialização completa, um outro efeito se verifica nessa circunstância quando por qualquer agressão ao corpo materializado repercute imediatamente no corpo denso do médium doador de recursos ectoplásmicos, através do duplo, chegando a produzir ferimentos no corpo do medianeiro. Pois o fluxo do ectoplasma, do duplo etérico do médium doador ao psicossoma do Espírito em materialização, revestindo-o e possibilitando-lhe expressão física. Efeitos esses lembram os fenômenos de estigmatização, em que o duplo etérico do médium é influenciado por tais ações mentais que a fisiologia se altera, tecidos podem se romper, feridas aparecer e o sangue fluir (dermografia), para passado o momento de influenciação, restabelecer-se o estado de normalidade.

Basicamente todos os fenômenos de efeitos físicos, definidos e muitos bem definidos no compêndio kardeciano, por dependerem basicamente do ectoplasma, guardam relação com o duplo etérico.

No desdobramento, visando a uma diminuição na sua densidade com conseqüente aumento da velocidade e na mobilidade, o perispírito devolve ao físico, largas cotas de energia com as quais se encontra impregnado quando justaposto a este, tal qual um balão, que para alçar maior altitude desvencilha-se do lastro que o torna lento.

Nos desdobramento em que se faz acompanhar do duplo etérico, ou eflúvios vitais, o perispírito não consegue um afastamento maior da organização terrestre, pois essa energia adensa um pouco mais o perispírito.

Perispírito ( Também com suas moléculas, condensador de emissões do espírito para com o corpo, funcionando como uma esponja e verdadeiro intermediário para com o corpo e o espírito de natureza eletromagnética). Elaborado desde milhões de anos, nos laboratórios da natureza, o perispírito herdou o automatismo permanente que o mantém atuante, transmitindo ao Espírito as impressões dos sentidos e comunicando ao corpo as vontades deste. Graças a este automatismo perispiritual, o homem não precisa programar-se ou pensar para respirar, dormir, promover os efeitos digestivos, excretar, fazer circular o sangue e os hormônios e um sem número de funções que lhe passam desapercebidas.

O corpo físico obedece ao automatismo perispirítico até mesmo quando o perispírito se afasta. Aquele, formado célula a célula em invasão perispiritual, entranha-se neste, unindo-se molécula a molécula, resultando de tal intimidade completo intercambio, adaptação e aprendizagem perfeita, tal como se o físico recebesse como herança perispirítica os automatismos que lhe são peculiares.

Por isso, nos desdobramentos, onde o complexo Espírito-perispírito se afasta do corpo ficando a ele ligado por um laço fluídico, suas funções permanecem, sem prejuízo da economia celular. O mesmo ocorre no coma, onde às vezes, por milhares de dias, Espírito e perispírito podem estar distantes, mas não desligados completamente com o físico animado à espera da volta de ambos.

Afirmamos ainda, que neste corpo se encontra a gênese patológica das mais variadas enfermidades, que são drenadas para o físico, graças ao favorecimento de uma sintonia com os microorganismos patogênicos, gerada por seu adensamento.

Alimentado pelo fluido vital o corpo permanece com suas funções celulares, mesmo com a saída do Espírito, qual motor que fica ligado sem o operador estar presente, embebecido pelo duplo etérico, que contem, ou melhor é formado por eflúvios vitais na compensação e manutenção do organismo físico.

Todos os corpos da natureza, irradiam de si mesmos uma energia, pois todos são em essência energia. Todavia o ser humano encarnado, por possuir inteligência livre apresenta uma radiação mais variável possível e com uma complexidade enorme. Semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo.

Conforme Delanne em A Evolução Anímica, nos diz: " Nos primórdios da vida, o fluido perispiritual está misturado aos fluidos mais grosseiros do mundo imponderável. Podemos compará-lo a uma vapor fuliginoso a empanar as radiações da alma."

A nossa aura, quando equilibrada, saudável, brilhante, se constitui num escudo que poderá nos defender das irradiações inferiores, como, por exemplo, pensamentos de inveja, ciúme, vingança, ódio, etc. que estão contidos no espaço que nos circunda, em forma de ondas mentais, já projetadas pelas irradiações de outros, prontas a alimentarem poderosamente o nosso campo energético, se sintonizarmos com elas.

É ainda André Luiz que nos diz, em Seu Livro Evolução em Dois Mundos, pág 129 - " A aura é, portanto a nossa plataforma onipresente em toda comunicação com as rotas alheias, antecâmara do espírito, em todas as nossas atividades de intercâmbio com a vida que nos rodeia, através da qual somos vistos e examinados pelas inteligências Superiores, sentidos e reconhecidos pelos nossos afins, e temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em posição inferior à nossa.

Isso porque exteriorizamos, de maneira invariável, o reflexo de nós mesmos, nos contatos de pensamentos a pensamentos, sem necessidade das palavras para as simpatias ou repulsões fundamentais".

Esclarece ainda, no mesmo livro - " É por essa couraça vibratória, espécie de carapaça fluídica, em que cada consciência constrói o seu ninho ideal, que começaram todos os serviços da mediunidade na Terra, considerando-se a mediunidade como atributo do homem encarnado para corresponder-se com os homens liberados do corpo físico".

Poderemos verificar acima que, refletimos o que sentimos e pensamos em nós mesmos e é essa aura que nos apresenta como verdadeiramente somos. Principalmente refortificando um ditado - a raiva é um veneno que tomamos e esperamos que outros morram, ou seja, esta mesma raiva ficará impregnada em nós transparecendo aquilo que sentimos e afetando principalmente o nosso próprio tônus vibratório.

É um campo resultante de emanações de natureza eletromagnética, a envolver todo o ser humano, encarnado ou desencarnado. Reflete, não só sua realidade evolutiva, seu padrão psíquico, como sua situação emocional e o estado físico, espelha, pois, o ser integral: alma-perispírito- duplo etérico- corpo e no desencarnado: Espírito – perispírito.

A nossa desarmonia íntima provoca uma alteração sensível na aura, no ponto correspondente à situação do órgão ou região desarmonizada. Assim é que a aura poderá apresentar pontos frágeis e doentes que, com intervenção magnética poderão ser corrigidos. É também por essas descontinuidades de nossa aura desarmonizada que espíritos malfazejos podem alcançar o nosso perispírito e provocar, desarmonia que, como vimos vai gerar perturbações e esta a doença (vide figura).

Funções do Perispírito

Bem como já sabemos, é uma expressão criada por Allan Kardec para designar o envoltório fluídico semimaterial do espírito, definido inicialmente de maneira muito simples como laço fluídico mas que, na verdade, exerce papéis de fundamentais importâncias na estrutura orgânica e no intercâmbio com as forças invisíveis.

André Luiz, em seu Livro intitulado Evolução em dois Mundos, nos apresenta importantes informações acerca das funções do perispírito, iniciando por dizer que este "não é um reflexo do corpo físico, porque em realidade, o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, e o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação. Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com sua estrutura eletromagnética.

Claro está portanto, que ele é santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação incessante, além do sepulcro, formação sutil, urdida de recursos dinâmicos, extremamente poroso e plástica.

Allan Kardec em A Gênese Cap. XI, nos assevera que; "Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. Tomado ainda, as palavras de André Luiz, tiradas do livro supracitado, "o corpo espiritual preside no campo físico a todas as atividades nervosas, resultantes da entrosagem de sinergias funcionais diversas pois, do enunciando por Kardec, o espírito administra a formação do perispírito, apropriando-o às suas novas necessidades", entre as quais podemos inserir: de arquivos das memórias biológicas; de modelador da organização fisiobiológica; de forma reflexa dos arquivos pretéritos.

Notemos ainda a expressão espírito propriamente dito. No comum das vezes, consideramos espírito e perispírito como um todo.

Neste breve estudo do perispírito, é bom também não confundirmos o mesmo com o fluido vital, embora resultem um e outro de transformações do Plasma ou Fluido Cósmico Universal, substrato material ou substância matriz, em sua forma mais primitiva. O fluido vital, de que se pode estar mais ou menos saturado, mais ou menos carente, absorvível e transferível de um indivíduo ao outro, responsável pela vitalidade dos órgãos, não é propriamente um elemento constitutivo do ser, mas o fruto do próprio dinamismo orgânico, que por sua vez alimenta. Diríamos então, e isto é elementar, todavia é sempre muito válido relembrar, que o homem é um grande composto formado de

corpo (animado pelo princípio vital)

alma (espírito no estado de encarnado)

perispírito (agente de intermediação).

Diante das variadas informações contidas nas Obras Básicas codificadas por Kardec, a respeito da mediunidade, não se pode entender a fenomenologia mediúnica sem a presença do perispírito. Ele representará sempre o campo por onde o fenômeno se instala e onde as diversas operações se realizam.

Deste modo, o trabalho mediúnico, com todas as suas diversidades, estará na dependência da interferência do perispírito; este sempre atrelado ao terreno físico, no caso dos encarnados, às expensas da região energética do duplo-etérico. Nesta acoplagem três regiões estarão envolvidas: Perispírito, Duplo-etérico, e corpo físico, conforme acima dissemos.

A maior ou menor sensibilidade mediúnica, seguramente estaria na dependência do modo pelo qual o perispírito acopla-se na zona física. Quanto mais atado à matéria menor será a sensibilidade mediúnica. No desacoplamento do perispírito em relação ao corpo, o campo perceptivo se alarga e o médium participará de percepções que transcendem os conhecidos cinco sentidos. O perispírito, quando atrelado ao corpo somático, é como se sofresse uma espécie de absorção, abafamento do campo energético, limitado, como nos diz Jorge Andréa (Psicologia Espírita Vol. II), a sua influência à zona consciente, e os fluidos densificados da matéria física.

Quando os campos energéticos do perispírito e, naturalmente, boa parte do duplo-etérico se desentrelam do corpo material, diante de certas condições de específica sensibilidade, ainda mais com maior ou menor facilidade, permitem o desenvolvimento das conhecidas projeções espirituais, perfeitamente enquadradas nos processos de mediunidade. Diante disso, as energias espirituais do homem projetam-se procurando seus afins e que, pelos exercícios repetitivos, vão se tornando cada vez mais freqüentes, a ponto também de serem transferidos para o estado de vigília.

Plasmamos seguramente em nosso próprio ser, representado pela agregação de perispírito/Duplo-etérico/Corpo físico (Aura), o que realmente somos e com quem poderemos sintonizar, tanto emitindo, como também recebendo energias do mesmo padrão vibratório, ou seja, afins. Nesta simbiose, natural das coisas vamos começando a entender e avaliando os passes magnéticos, as simpatias e as antipatias inexplicáveis doações outras, de uma fonte para a outra, ligadas a imensos fatores, mais especificamente o objeto de nosso estudo que é o passe, quando o paciente recebe na posição de verdadeiro receptivo as vibrações positivas do passista harmonizado, incentivando assim, o restabelecimento do mesmo.

Todavia, a melhora deste reflexo que somos todos nós de nós mesmos, deverá ser paulatinamente mudado, melhorando os comportamentos e pensamentos, daí ser imprescindível a busca da moralização do ser.
Ao dizermos que o perispírito tem natureza fluídica, etérea, poderemos neste particular especificar melhor: mais ou menos etérea, na conformidade desses mundos habitados e na dependência, em cada um deles, da depuração maior ou menor dos respectivos espíritos ou das inteligências a que servem de base espiritual.

E ele próprio se densifica na medida em que se relaciona mais estreitamente com a constituição fisiológica, orgânica, neuronial.

De uma forma bastante simplória, diríamos: o espírito quer, o perispírito transmite e o corpo executa, sobressaindo, claramente neste particular a característica de intermediário conhecida por todos nós.

“O espírito é o ser inteligente e sensível, então é o perispírito que transmite as sensações do corpo ao espírito e deste as respostas à organização somática, valendo-se é bem verdade, do riquíssimo sistema de transmissões de estrutura neuronial, o nosso sistema nervoso”. (Alberto de Souza Rocha – Além da Matéria Densa).

O desconhecimento do perispírito ou a não aceitação de sua existência dificulta ao homem conceber, imaginar o espírito, senão como algo abstrato, impreciso (“imaterial não é bem o termo; incorpóreo seria mais exato”- questão 82 de “O Livro dos Espíritos”).

A idéia do homem trino é muito antiga. A religião judaica e com ela outras tantas consideravam no homem corpo, alma e espírito, que os judeus chamavam respectivamente neshamah, nefesh e huach.

O próprio Kardec, antes de conceituar alma, para efeito de suas considerações, mencionou esses diferentes conceitos da palavra.

Kardec afirma em O Livro dos Médiuns, 2º parte, Cap. I – 58 – “A natureza íntima do Espírito propriamente dito, ou seja, do ser pensante, é para nós inteiramente desconhecida” e continua “Ele se nos revela pelos seus atos e esses atos só podem tocar os nosso sentidos por um intermediário material”.

“Em qualquer de seus graus o Espírito está sempre revestido de um invólucro ou perispírito, cuja natureza se eteriza à medida em que ele se purifica e se eleva na hierarquia” (O Livro dos Médiuns, 2º parte, Cap. I – 55)

Estudos desenvolvidos por autores tanto de nosso plano material e do plano espiritual, já com bastante propriedade e nitidez, idetificam certas propriedades e qualidades do perispírito, podendo ser assim catalogadas: plasticidade, densidade, ponderabilidade,luminosidade, penetrabilidade, visibilidade, tangibilidade, sensibilidade global, sensibilidade magnética, expansibilidade, biocorpereidade, unicidade, perenidade, mutabilidade, capacidade refletora, odor, temperatura.

Assinalaremos abaixo um pequeno resuma de cada uma delas para poder assim compreender melhor as capacidades de nossas próprias potencialidades, todavia estudo mais profundo poderá ser encontrado em outras belíssimas obras e em outra que também colocaremos a disposição dentro em breve.

Plasticidade – O perispírito sendo o espelho da alma e eterno extensão da mente, molda-se de acordo com seu comando plastizante, pois como já dissemos é formado também por fluidos ainda que não sejam totalmente eterizados, também não são totalmente materiais. De fato o corpo espiritual mostra um extremo poder plástico, como assinala EMMANUEL, adaptando-se automaticamente às ordens mentais que brotam continuadamente da alma. Forma essa que assume, pode, às vezes, e em certos limites, dizer muito a capacidade do próprio ser em intelectualidade, com o desenvolvimento da vontade, com o treino mental próprio, enfim, independentemente do aperfeiçoamento moral. O crescimento intelectual da criatura, com intensa capacidade de ação, pode pertencer a inteligências de mentes perversas. Daí a razão de encontrarmos, em grande número, compactas falanges de entidades libertas dos laços fisiológicos, operando nos círculos da perturbação e da crueldade, com espetaculares recursos de modificação nos aspectos em que se exprimem para causar suas influencias malévolas.

Tal fato, também poderá explicar o rejuvenescimento que experimentam os Espíritos desencanados, conscientes de seu estado. Mesmo tendo desencarnado com idade física avançada, sentindo-se mais jovens, apresentam-se com tal, totalmente livre dos condicionamentos humanos do corpo físico, o espírito humano não sofre o envelhecimento corporal, assim como não morre. Quando se manifestam envelhecidos, o fazem artificialmente por poder mental, para a comprovação de sua identidade terrena, quando ainda estava encarnado.

Contudo, tal possibilidade de alterar a indumentária perispiritual é limitada ao padrão evolutivo, intrínseco a cada alma. A depender em profundidade de sua, poderíamos dizer, “organização interna”, emocional. Pois, muitas vezes o espírito mergulha em tão severo desequilíbrio afetivo que, imerso em um monoideísmo avassalador, chega a entrar em processo de retração das tessituras perispirituais, comprometendo assim, dolorosamente suas funções e potencialidades. Poderíamos aqui falar dos casos de zoantropia (capacidade ideoplástica em feições animalescas que o perispírito se reveste, devido às condições mentais dos Espíritos envolvidos em tal processo, passando por enormes transformações morfológicas do veículo perispiritual, porquanto, os órgãos psicossomáticos retraídos, por falta de funções benéficas, assemelham-se a ovóides. É essa propriedade do perispírito que explica diversas manifestações que ocorrem tanto na dimensão espiritual, como física, dentre os quais, adaptação perispiritual, comumente utilizada pelos Espíritos Superiores, os quais, alteram a forma de sus corpos espirituais, reduzindo a própria luminosidade e assumindo aspectos que possam com as regiões e as almas que merecem seus serviços socorristas, moldando dessa forma, suas condições vibracionais. O contrário ocorre com aqueles Espíritos que envolvidos com o mal são socorridos e necessitam de uma modificação ou minorização de suas dificuldades para serem melhor atendidos, nesse caso, sendo o Espírito ainda incapaz de modificar seu tônus vibratório, Mentes Superiores, ostentam um alto poder, que possibilitam maiores operações de adaptação plástica.

Já nos processos reencarnatórios, o perispírito em um processo de modelagem, molda a organização física, informam os Mestres Espirituais, que aproximando o momento da reencarnação, o Espírito reencarnante, comumente, entra em gradativo processo de redução psicossômica, o qual acontece simultaneamente com a diminuição da consciência de si, então, até nos processos acima citados o perispírito demonstra seu poder de plasticidade.

Densidade – Como dissemos no início, o perispírito é formado também por fluidos ainda que não sejam totalmente eterizados, também não são totalmente materiais. E não deixando de ser matéria, ainda que quintessenciado, e como tal apresenta em si uma densidade, que se relaciona com o grau de evolução da alma.

A variedade de densidade do perispírito varia também de indivíduo para indivíduo, em Espíritos Moralmente adiantados, é mais sutil e se aproxima da dos Espíritos Elevados; nos espíritos inferiores, ao contrário, aproxima-se da matéria e é o que faz os Espíritos inferiores de baixa condição conservam por muito tempo as ilusões da vida terrestre. A densidade psicossômica varia, de acordo com a evolução do Espírito, ditando, então, seu peso e, também, sua luminosidade, pois quanto menor a densidade do perispírito, menor seu peso e maior a luminosidade.

Ponderabilidade – Sob os aspectos físicos a matéria sutil, o corpo espiritual, em si, não apresentaria um peso possível de ser detectado por meio de qualquer instrumentação até agora conhecida.

Não obstante, na dimensão espiritual, cada organização perispirítica tem seu peso específico, que varia de acordo com sua densidade, ditada, sobretudo, como visto, pelo estado de moralidade do Espírito. Nossa posição determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, conseqüentemente, o habitat que lhe compete. Significa que, embora possa parecer fisicamente imponderável – porque não é matéria densa -, não deixa de apresentar certo peso, variável em cada região ou esfera, visto que, de qualquer forma, sendo matéria, ainda que tênue, submete-se aos princípios gravitacionais imperantes no meio em que se situa e do qual se nutre.

Luminosidade - Como muitas outras características assim como a luminosidade, também desponta como característica particular de cada Espírito e seus condicionamentos morais evolutivos. A intensidade da Luz está na razão da pureza do Espírito: as menores imperfeições morais atenuam e enfraquecem a condição de luminosidade do Espírito. Sabemos que quando o Espírito mais evolui, mais etérea e pura transforma-se naturalmente sua condição vibracional energética, e sabendo que energia em diversos níveis vibracionais ou velocidade de movimento, produzem luminosidade a depender da freqüência em que se encontram operando, quando mais evoluído a entidade maior freqüência vibracional e por conseguinte maior luminosidade e tanto menos evoluído a criatura, menor freqüência vibracional e luminosidade.
A luz irradiada por um Espírito será, tanto mais viva, quanto maior o seu adiantamento. Assim, sendo o Espírito, de alguma sorte, é o seu próprio farol luminescente, verá proporcionalmente à intensidade da luz que produz, do que resulta que os Espíritos que não a produzem em grande capacidade acham-se na obscuridade.

Note-se que a luz espiritual nada tem com a luz conhecida em Física – radiação eletromagnética, pois, luz emitida por fontes como lâmpada fluorescente ou de mercúrio, por exemplo, chega a parecer, diante de uma presença espiritual superior, mera claridade emitida por uma vela.

Penetrabilidade – Volvendo nossa atenções a natureza etérea do perispírito que permite ao Espírito, caso presente as necessárias condições mentais, atravessar qualquer barreira física, pois matéria alguma lhe opões obstáculo, ele atravessa todos, assim como a luz atravessa os corpos transparentes. Todavia, verifiquemos que existem Espíritos que não conseguem atravessar alguns obstáculos, pelo simples motivo de não saberem que podem fazê-lo. A ignorância ou até mesmo a incerteza diminuem suas aptidões e potenciais, e, conseqüentemente seu poder de ação nas mais diversas áreas. “Todos os corpos são porosos; não se tocando, suas moléculas podem dar passagem a um corpo estranho. Os acadêmicos de Florença tinham demonstrado este ponto, fazendo violenta pressão sobre a água encerrada em uma esfera de ouro; ao fim de pouco tempo via-se o líquido transudar por pequenas gotas, na superfície da esfera. Verificamos, por esses diferentes exemplos, qual a matéria pode atravessar a matéria. É preciso empregar a pressão ou calor para dilatar as substâncias que se quer fazer atravessar outras. Isso é possível e necessário, porque as moléculas do corpo que atravessa, não adquirindo o grau suficiente de dilatação, ficam encerradas uma contras as outras. Mas, se pusermos um estado da matéria em que as moléculas sejam muito menos aproximadas e eminentemente tênues, poderá ela atravessar toas as substâncias, sem necessidade de manipulação. É o que acontece com o perispírito que, formado de moléculas menos condensadas que a matéria que conhecemos, não pode ser detido por nenhum Obstáculo”. (Gabriel DELANNE)

Compreensível, assim, a inexistência de barreiras físicas para o espírito fato que, como visto, poderia ser explicado pelo princípio da porosidade, observável em toda estrutura material, embora, nos dias atuais, também possa ser entendido pelo princípio da incompatibilidade de freqüências, segundo o qual, por exemplo, um raio luminoso azul e outro amarelo, ainda que se incidirem, simultaneamente, sobre uma superfície branca, façam com que esta se torne verde -, se se cruzarem, interpenetrando-se, não mostrarão qualquer alteração, permanecendo, cada qual em sua freqüência e com sua coloração.

Assim como um raio laser odontológico, sendo direcionado num nervo, atuará de forma indolor, porque este vibrará em freqüência diferente da do laser, assim, o perispírito, vibrando em certa freqüência, não se afetando pelos obstáculos materiais, de natureza mais densa e, conseqüentemente, de vibração diferente, porque de freqüência menor. Outro tema parece crescer em complexidade, que quando se cogita a passagem do Espírito através do corpo de um encarnado e seu perispírito, conforme já se vê na literatura Espírita. Nessa linha, por extensão de raciocínio, pode-se admitir que, quando encarnado, o espírito se acopla ao corpo somático adquirindo sua gama de freqüência, o que explicaria o fato de o espírito desencarnado atravessar o encarnado sem incompatibilidades de interpenetração, que ocorreria se ambos estivessem volitando no mesmo domínio. Vejamos que ainda aqui, há diferenças de freqüências vibracionais.

Visibilidade - Aos olhos físicos o perispírito é totalmente invisível, todavia não o é para os Espíritos, nos casos dos menos evoluídos só percebem os seus pares, captando-lhes o aspecto geral. Já os Espíritos Superiores, podem perscrutar a intimidade perispiritual de desencarnados de menor grau de elevação, bem como a dos encarnados, observando-lhes as desarmonias e as necessidades. Mostram-no bem, por exemplo, os trabalhos de esclarecimento espiritual, em que os Espíritos Superiores responsáveis revelam, por meio dos dialogadores encarnados, a realidade do sofredor conduzindo ao entendimento, auscultado seu perispírito,e, também, as sessões de cura, em que os médicos espirituais detectam os sinais patológicos presentes no psicossoma do enfermo. Finalmente, quanto à possibilidade de alguns médiuns videntes verem o perispírito, muito raro são os que, em verdade, possuem as necessárias condições para distingui-lo, ainda, que eventualmente, entre as projeções que formam a aura.

Tangibilidade – Sendo o perispírito também matéria, poderá com o devido apoio ectoplásmico, tornar-se materialmente tangível, no todo ou em parte. Sendo também esse fenômeno, chama do de teleplastia, onde o perispírito do desencarnado ou até mesmo do encarnado, envolve-se por assim dizer com as condições energéticas do ambiente e de algum médium capaz de emprestar recursos energéticos através do duplo etérico, fomentando matéria necessária para revestir o perispírito na energia necessária para o aparecimento.

“Sob a influência de certos médiuns, tem-se visto aparecerem mãos com todas as propriedades de mãos vivas, que, como estas, denotam calor, podem ser apalpadas, oferecem a resistência de uma corpo sólido, agarram os circunstantes e, de súbito, se dissipam, quais sombras.” (Allan Kardec em o Livro dos Médiuns, cap I, II Parte, n. 57)

Sensibilidade Global – Quando encarnado o Espírito registra impressões exteriores por meio de vias especializadas identificadas no corpo somático e que compõem os órgãos dos sentidos, sem o corpo físico, sua capacidade de perceber amplia-se extraordinariamente, pois livre das peias somáticas, a percepção do meio que o envolve já não depende dos canais nervosos materiais, acontecendo como um registro global do perispírito, ou seja, uma percepção, que o Espírito realiza com todo o seu ser. Assim, vê, ouve, sente, enfim, com o corpo espiritual inteiro, uma vez em que as sedes dos sentidos não se encontram numa localização específica e limitada, que se observa no estado de encarnação, os sentidos e capacidades ampliam-se.

Neste capítulo, ganham destaques os fenômenos chamados por nós de – transposição de sentidos - , que mostram a possibilidade de algumas pessoas mais sensíveis, perceberem os estímulos por vias físicas totalmente impróprias para isso, explicando, assim, que a sensibilidade global do perispírito pode exteriorizar-se mesmo estando o Espírito encarnado, ainda que em casos excepcionais.

Sensibilidade Magnética – Sendo o perispírito um campo de força que é, a sustentar uma estrutura semimaterial, apresenta-se impressionável pela ação magnética, pois sendo ele mesmo uma criação vibratória do Espírito. Sabemos que somos criados pela mesma matéria, no seu sentido original e, essa matéria que em diferentes estados dá origem a tudo, é energia pura, e sendo o perispírito também oriundo dessa matéria que é o Fluido Cósmico Universal ( FCU ), torna-se o Espírito suscetível às influências da energia ambiental que o envolve (psicosfera) e é essa propriedade que lhe permite absorver, assimilar e, também transmitir a energia espiritual que capta ou recebe. A exemplo disso, temos o precioso processo do passe: o Espírito, acumulando energias e estimulando a sensibilidade do médium, conjuga suas forças com a deste, psíquicas e vitais, para a transmissão dos recursos de cura.

Expansibilidade – Já nos diz Kardec em O Livro do Espíritos na questão 400 – que o “Espírito aspira incessantemente a libertação.”

O perispírito pode, entretanto, conforme suas condições, expandir-se, aumentando, inclusive, o campo de percepção sensorial. É a expansibilidade do perispírito que faculta, a processo de emancipação da alma. Expandindo-se, o perispírito pode chegar a um estado inicial de desprendimento, em que a percepção se torna acentuadamente mais aguda, podendo, a partir daí, se for o caso, evoluir para o desdobramento, a envolver, uma outra propriedade do perispírito, que é a biocorporeidade.

A expansibilidade perispirítica, aliás, está na base dos principais processos mediúnico; haja vista, por exemplo, que ‘a exteriorização do psicossoma que permite ao vidente a captação da realidade espiritual e que, também, graças a essa propriedade, é que se torna possível o contato perispírito a perispírito, que marca o fenômeno chamado de incorporação, seja psicofonia ou psicografia.

Biocorporeidade – Termos este criado pelo grande codificador Kardec, relacionando-o ao fenômeno de desdobramento, embora, de certa forma, expressão mais adiantada da expansibilidade, define-se, particularmente, como notável faculdade do perispírito, que possibilita, em condições especiais, o seu desdobramento, poderíamos dizer com muita cautela “fazer-se em dois”, no mesmo lugar ou em lugares diferentes. Processo que ainda chegaremos a descobrir com mais claridade, mas graças a essa propriedade, o perispírito pode apresentar-se biocorpóreo, ou seja, com um corpo, de igual ao físico da atualidade, fluídico, com maior ou menor densidade, mas suscetível de ser visto e, até tocado, como sói acontecer em muitos casos.

Fenômeno absolutamente natural, nos dizeres de Kardec: “tal fenômeno, como todos os outros, se compreende na ordem dos fenômenos naturais, pois que decorre das propriedades do perispírito e de uma lei natural.”( Obras Póstumas, pp. 56 e 57).

Unicidade – A estrutura perispirítica, como reflexo da alma que é, não é igual a outros perispíritos, como a rigor não existem almas idênticas.
Obviamente, no decorrer do processo evolutivo diminuem as diferenças e cresce a harmonização entre as almas, sem que entretanto a individualidade, deixe de ser preservada.

“A idéia do grande todo não implica, necessariamente, a fusão dos seres em um só. Um soldado que volta ao seu regimento, entra em um todo coletivo, mas não deixa, por isso, de conservar sua individualidade. O mesmo se dá com as almas que entram no mundo dos espíritos, que para elas é, igualmente um todo coletivo: o todo universal.” (Kardec, Allan. Iniciação Espírita. 13 Ed., Sobradinho, DF: Edicel, 1995, p 213. Trad. Caibar Schutel)

Nessa direção, registrado esta em O Livro dos Espíritos nas questões 149 a 152, mostrando que a alma sempre conserva sua individualidade, a refletir em seu perispírito.

Mutabilidade – O perispírito, no decorrer do processo evolutivo, se não é suscetível de modificar-se no que se refere à sua substância, o é com relação à sua estrutura íntima e forma. Sabemos que, por meio da ação plastizante, pode o Espírito mudar, por exemplo, seu aspecto, porém, tal fenômeno envolve, apenas, modificação transitória e superficial, sustentada transitoriamente pela mente.

Desde as formas dos seres antigos, até o homem e o anjo, uma longa escala é percorrida. E quanto mais progride a alma, através das sucessivas transformações, mais apurado vai se tornando seu veículo espiritual e, conseqüentemente, mais delicada a sua forma.

Poder-se-ia assentar que o desenvolvimento do perispírito, através dos milênios incontáveis, passa, como formação rudimentar, pelo estágio vegetal, viaja pelo reino animal, como uma proto-estrutura psicossômica, chegando, então, à dimensão hominal como veículo elaborado, sensível e complexo, a refletir as próprias condições da alma que surge vitoriosa, tocada pelo Pensamento Divino.

O tempo, pois, constrói, com a evolução da alma, neste e em outros mundos, a própria eterização do perispírito. O item 186 de O Livro dos Espíritos, nos esclarece a respeito da condição do perispírito mais aperfeiçoado que chega a confundir-se com a própria alma, como segue:

“Haverá mundos onde o Espírito, cessando de habitar corpos materiais, sé tenha por envoltório o perispírito?”.

- “Há e mesmo esse envoltório se torna tão etéreo que para vós é como se não existisse. Esse o estado dos Espíritos puros.”

Capacidade Refletora – O corpo espiritual, extensão da alma que é, reflete contínua e instantaneamente os estados mentais.

O perispírito, é suscetível de refletir, a glória ou viciação da mente. Por isso, a atividade mental nos marca o perispírito, identificando nossa real posição evolutiva.

Todo pensamento encontra imediata ressonância na delicada tessitura perispiritual, produzindo dois tipos de efeitos: 1) gera na aura a sua imagem, conhecida hoje, como forma-pensamento – variável, de acordo com a carga emocional, inclusive sob o aspecto cromático, como demonstram técnicas e testemunhos incontestáveis e, também, na 2) dimensão física, influindo na fisiologia dos centros vitais, repercute nos sistemas nervoso, endócrino, sangüíneo, e demais vias de sustentação do edifício celular, marcando-lhe o desempenho regular ou não, na economia vital.

Odor – O perispírito, a refletir-se na aura, caracteriza-se, também por odor particular, facilmente perceptível pelos Espíritos.

Contém a literatura mediúnica, com particularidade , as obras de ANDRÉ LUIZ, descrição de regiões infestadas de miasmas pestilentos, a exalarem odores tão fétidos que se tornam quase insuportáveis para os Espíritos mais sensíveis. Tais odores brotariam da podridão fluídica características desses ambientes e, ao que se sabe, dos próprios perispíritos de seus habitantes. Todas as criaturas vivem cercadas pelo seu próprio halo vital das energias que lhes vibram no íntimo do ser e esse halo é constituído por partículas de força a se irradiarem por todos os lados e direções de si para o ambiente, impressionando-nos o olfato, de modo agradável ou desagradável, segundo a natureza do indivíduo que as irradia, cada criatura se caracteriza pela vibração, exalação que lhe é peculiar, aqui e em todos os mundos.

Alguns trabalhos, no campo do labor mediúnico e da fluidoterapia, que, no decorrer médiuns chegam a captar odores, agradáveis ou não, indicativos, inclusive, da evolução dos Espíritos presentes. Odores esses que não se confundem com aqueles oriundos da manipulação ectoplásmica e que chegam a impressionar uma assistência por inteiro, característica essa que nós mesmos já experimentamos na presença de Dr. Bezerra de Menezes, em momentos de suas comunicações.

Temperatura – Como, no desenvolvimento da atividade mediúnica, certos médiuns registram, por exemplo, uma espécie de gélido torpor, com a avizinhação de alguma alma sofredora, ou, ao contrário, uma cálida sensação de bem-estar, quando da aproximação de um Espírito superior, é lícito cogitar-se da possibilidade de que o Espírito também mostre através de seu perispírito uma espécie de temperatura própria, relacionada, naturalmente, com o grau de evolução do Espírito.

Trata-se com certeza de tema que nos trará num futuro breve maiores detalhes a respeito das mais variadas funções do perispírito.



http://www.scribd.com/doc/7213014/Perispirito?autodown=doc

Os Corpos Espirituais

NA VISÃO DE ANDRÉ LUIZ:
O processo evolutivo do conhecimento espírita não para. Naturalmente em compreensão de cada época,as obras complementares, sobre tudo as da autoria de André Luiz, trouxeram mais iluminação acerca da especificação dos invólucros dos Espíritos.

André Luiz substitui o nome tradicional de perispírito por psicossoma ou corpo espiritual;
André Luiz afirma que o corpo mental é o envoltório sutil da mente;
André Luiz afirma também que o corpo vital ou duplo etérico é a duplicata energética que reveste o corpofísico do homem.

O Espírito André Luiz, estudando o Homem de acordo com o Espiritismo estabelece que ele é composto de:

- Corpo Fisico ou Soma;
- Duplo Etérico ou biossoma;
- Psicossoma;
- Corpo Mental;
- Espírito.

a) EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS CAP. 2 PÁG. 25 (1958)

O corpo mental, assinalado experimentalmente por diversos estudiosos, é o envoltório sutil da mente e que, por agora, não podemos definir com mais amplitude e conceituação, além daquela com que tem sido apresentado pelos pesquizadores encarnados, e isto por falta de terminologia adequada no dicionário terrestre.

b) E VOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS 1 ª PARTE - CAP. 17 PÁG. 128 (1958)

No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo de algumas escolas espiritualistas, duplicata mais ou menos radiante da criatura.

c) NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE CAP. 11 PÁG. 99 (1955)

A princípio seu perispírito ou “corpo Astral” estava revestido com os eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo de carne, conhecidos aqueles, em seu conjunto, como sendo o “duplo etérico”, formado por emanações neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior afastamento da organização terrestre, destinando-se à desintegração, tanto quanto ocorre ao instrumento carnal, por ocasião da morte renovadora.

d) NOSSO LAR - CAP. 36º - O SONHO

Recolhido ao quarto confortável e espaçoso, orei ao Senhor da Vida agradecendo-lhe a bênção de ter sido útil. A "proveitosa fadiga" dos que cumprem o dever não me deu ensejo a qualquer vigília desagradável. Daí a instantes, sensações de leveza invadiram-me a alma toda e tive a impressão de ser arrebatado em pequenino barco, rumando a regiões desconhecidas. Para onde me dirigia? Impossível responder. A meu lado, um homem silencioso sustinha o leme. E qual criança que não pode enumerar nem definir as belezas do caminho, deixava-me conduzir sem exclamações de qualquer natureza, extasiado embora com as magnificências da aisagem. Parecia-me que a embarcação seguia célere, não obstante os movimentos de ascensão.
Decorridos minutos, vi-me à frente de um porto maravilhoso, onde alguém me
chamou com especial carinho: - André!... André!...

Desembarquei com precipitação verdadeiramente infantil. Reconheceria aquela voz entre milhares. Num momento, abraçava minha mãe em transbordamentos de júbilo. Fui conduzido, então, por ela, a prodigioso bosque, onde as flores eram dotadas de singular propriedade de reter a luz, revelando a festa permanente do perfume e da cor. Tapetes dourados e luminosos estendiam-se, dessa maneira, sob as grandes árvores sussurrantes ao vento. Minhas impressões de felicidade e paz eram inexcedíveis.

O sonho não era propriamente qual se verifica na Terra. Eu sabia, perfeitamente, que deixara o veículo inferior no apartamento das Câmaras de Retificação, em "Nosso Lar", e tinha absoluta consciência daquela movimentação em plano diverso. Minhas noções de espaço e tempo eram exatas. A riqueza de emoções, por sua vez, afirmava-se cada vez mais intensa.


OS CORPOS ESPIRITUAIS NA VISÃO DE OUTROS OUTORES ESPÍRITAS

Jorge Andréa dos Santos, médico e também renomado escritor espírita, entende o homem composto de:

- Corpo físico.

- Duplo Etérico ou Corpo físico

- Perispírito ou Psicossoma

- Corpo mental

- Inconsciente atual

- Inconsciente passado ou Arcaico

- Inconsciente puro ou Espírito

FORÇAS SEXUAIS DA ALMA CAP. 1 PÁG. 32 e 36 (1996)

1) Ainda poderíamos acrescentar no esquema do psiquismo o corpo mental envolvendo o inconsciente atual.

2) Não poderíamos deixar de aventar as possibilidades da existência de um campo energético apropriado, entre o perispírito e o corpo físico, o duplo etérico.

Outros livros de autores diversos:

MEDICINA DA ALMA CAP. 4 PÁG. 43 (1998)
No ser humano, o duplo etérico constitui a parte mais eterizada, ou menos grosseira, do corpo físico.


O PASSE ESPÍRITA CAP. 4 PÁG. 84 (1996)
O duplo etérico é, pois, um corpo fluídico, que se apresenta como uma duplicata energética do indivíduo, interpenetrando seu corpo físico, ao mesmo tempo em que parece dele emergir.


DA ALMA HUMANA CAP. 3 PÁG. 46 (1956)
O duplo etérico tem, pois, uma individualidade própria, característica, inconfundível, ainda que fazendo parte integrante do corpo físico ou somático

MAIS DEFINIÇÕES

1 – INCONSCIENTE PURO/CORPO DIVINO/CORPO ÁTMICO
- Espírito Essência ou Centelha Divina.
- Eu Cósmico.

2 – INCONSCIENTE PASSADO OU ARCÁICO/CORPO BÚDICO
- Onde está gravado a energia mental dos dados relativos a nossa evolução (é como fosse um disquete onde estão gravados arquivos e que para acessá-lo é necessário um computador, este seria o espírito).

3 – INCONSCIENTE ATUAL/CORPO NIRVÂNICO/MENTAL SUPERIOR
- Este é o corpo onde estão latentes as energias criadas pela nossa sentimento, emoções, vontade, desejos, força, imaginação, determinação.

4 – CORPO MENTAL/MENTAL INFERIOR
- Este é o corpo onde somatizam-se as impressões oriundas dos nossos pensamentos (Inteligência, mentalidade, reflexão, raciocínio, associação de idéias, percepção).
5 – PSICOSSOMA/CORPO ESPIRITUAL/PERISPÍRITO/CORPO ASTRAL
- Este é o corpo onde estão as energias ativas criadas pelos nossos sentimentos, paixões, emoções e vícios.
- Ele é também o MOB (modelo organizador biológico – modelador do corpo físico).

6 - DUPLO ETÉRICO
- Campo energético apropriado entre o Perispírito e o Corpo Físico, é semi-material, formado duma matéria mais grosseira que o Perispírito e mais sútil que o Corpo Físico.
- Este é o corpo onde as energias são distribuídas do espiritual para o físico e vice-versa, é
considerado o mantenedor energético, uma verdadeira usina de energia. Distribui as energias
vitalizantes pelo corpo físico. Por isso também é chamado de Corpo da Vitalidade
- É por onde as energias espirituais "condensam" em direção ao corpo.
- É uma espécie de capa fina, sobre a pele, de matéria etérica que forma o magnetismo humano.

7 – CORPO FÍSICO
– Suporte material do espírito encarnado.
– Meio de que ele dispõe para atuar na matéria.
– Nele somatizam-se os impulsos positivos ou negativos oriundos dos demais corpos, em forma de vitalidade ou doenças, desajustes ou desarmonias.
– Nele também somatizam-se as impressões oriundas das personalizadas que vivemos encarnações anteriores, que hoje se encontram latentes mas existentes em nosso animismo.


http://www.scribd.com/doc/1084701/08-Os-Corpos-Espirituais-e-o-Perispirito-VersaoJan08


Carlos de Brito Imbassahy, engenheiro e Professor de Física aposentado,
articulista e escritor de vários livros.

a) Aura é um conceito que
envolve uma série de definições, contudo, a que nos interessa diretamente é
aquela que corresponde às radiações energéticas de nosso organismo ou corpo
somático, devido às energias celulares, ditas orgânicas. Essas energias são
geradas pelas cargas iônicas que existem em nosso organismo, principalmente pelo
cloro (Cl-) e pelo potássio (K+), além de outros radicais químicos. Também temos
as energias de campo geradas pelo movimento celular interno. O corpo animal,
portanto, é um gerador de energia e, como no caso dos condutores elétricos
(efeito corona), cria um campo em torno de si que impressiona determinadas
câmeras fotográficas, dando certo contraste luminoso.

A esta figura
assim obtida é que se dá o nome de aura humana. Ocorre, todavia, que esse mesmo
efeito captado pelas ditas câmeras fotográficas também é visto em outros
elementos, até mesmo em folhas de vegetais e num pequeno grão de monazita.

b) Perispírito - Segundo Allan Kardec é o envoltório do espírito que tem
por finalidade precípua ligá-lo ao domínio material, principalmente como campo
estruturador dos corpos somáticos para que neles se manifeste a vida espiritual
do encarnante.

c) Duplo etérico - considerando que uma pessoa viva
possui um campo energético somatíco provocado pelas energias orgânicas e um
campo psico-energético provocado pela presença do perispírito durante o processo
encarnatório, os dois juntos vão se acoplar formando o que vulgarmente se
conhece como duplo.

d) Modelo Organizador Biológico (MOB) - Nada mais é
do que o perispírito atuante, durante o processo encarnatório, com suas
propriedades de moldar o corpo para as necessidades da vida que deva levar a
pessoa. A expressão foi usada com muita propriedade pelo Dr. Hernani G. Andrade.

e) Corpo Mental - Deve ser algum conceito que fuja aos conhecimentos
científicos. Não conheço. Não há referências de Kardec.

http://www.omensageiro.com.br/entrevistas/entrevista-54.htm


CORPO MENTAL

Denominação dada pelo médico e pesquisador francês, Hyppolite Baraduc, quando através de suas pesquisas com máquina fotográfica sensível, conseguiu isolar e fotografar uma estrutura luminosa que envolvia o cérebro da pessoa fotografada .

A respeito do mesmo Allan Kardec não se pronunciou, entretanto, o Espírito de André Luiz, por vezes, em suas obras, manifesta-se a respeito, com as seguintes palavras: “o corpo mental é o envoltório sutil da mente e que, por agora, não podemos definir com mais amplitude de conceituação, além daquela com que tem sido apresentado pelos pesquisadores encarnados, e isto por falta de terminologia adequada no dicionário terrestre” .

O consagrado médium e tribuno, Divaldo Pereira Franco, no livro Mediunidade - Encontro com Divaldo - fala a respeito do Corpo Mental, onde afirma que “outras doutrinas, como o Budismo, a Teosofia, o Esoterismo, estabeleceram que teríamos sete corpos superpostos ao Espírito, entretanto, Allan Kardec, optou por uma tríade, por ser mais compacta, mais complexa, mas não podemos negar que existam o chamado Corpo Mental, que está naturalmente aderido ao Perispírito”.



http://www.feal.com.br/colunistas.php?art_id=11&col_id=9

23 setembro 2009

A Terapia de Vidas Passadas e o Espiritismo

O ser humano, em todas as épocas da humanidade, sempre foi ávido em conhecer o insondável, passado ou futuro. De alguns anos a esta parte passou a ficar em voga a chamada regressão de memória, pela qual a pessoa teria acesso informativo (pleno ou parcial) não apenas a esquecidos fatos desde seu nascimento, como até às suas vidas passadas.

Em termos de Espiritismo, o que se pode registrar sobre isso?
Para falar do passado, vou inverter a ordem natural das coisas e começar falando do futuro. Muitas são as pessoas que gostariam de conhecer o seu futuro. Para tanto, valem-se de expedientes os mais esdrúxulos. Sem nenhuma cautela agem esses candidatos a viajores do tempo, desprovidos do conhecimento das Leis Divinas e logo encontram espertos adivinhadores, que sem dificuldades, transferem dinheiro, deles, para seus bolsos.

Adivinhos sempre anunciam coisas boas, prosperidade, amores fantásticos. Fortuna, invariavelmente... Todos os que assim buscam burlar a marcha do tempo, antecipando-lhe conhecer acontecimentos futuros, merecem mesmo serem burlados. Que é o que acontece.

Alguns objetarão que muita coisa que foi prevista por futurólogos de plantão acabaram acontecendo. É verdade. Mas, sem apelar para sofismas, qualquer um pode mesmo prever inumeráveis fatos, com precisão absoluta. Por exemplo: quando uma conhecida fica grávida, se alguém disser que será "homem", terá 50% de chances de acertar; se outra pessoa disser que será "mulher", terá se apropriado dos 50% restantes, encerrando quaisquer outros vaticínios. Meses após, quando o bebê nascer, com certeza um dos dois "adivinhos" terá acertado 100%.
Dou outro exemplo: quando um vestibulando presta concurso para ingresso à Faculdade de Medicina, alguém diz (com ar misterioso quase sempre) que "num sonho viu-o todo de branco". Se esse candidato realmente passar no vestibular, ingressar naquela Faculdade e se formar médico, aquele alguém, seis anos à frente, poderá ser tido à conta de profeta...
Esses dois exemplos, num universo de outros possíveis escancaram, não a possibilidade do futuro ser antecipado para algumas pessoas extraordinárias, mas tão somente um exercício de lógica, onde um antecedente gera um conseqüente, não é mesmo?

Outra não é a capacidade dos adivinhos, senão a de exercitar deduções.Em "O Livro dos Espíritos", às questões nº 868 a 871, Kardec registra detalhadas reflexões dos Espíritos Superiores, sobre os inconvenientes do conhecimento do futuro, oculto por Deus ao homem e só excepcionalmente revelado. A revelação do futuro, sempre parcial, concorre para que o homem possa bem cumprir a tarefa a que tenha se proposto, antes de reencarnar. Por outro lado, noto à questão nº 522 que vezes há em que o Espírito guardião que todos temos nos dá a conhecer algum evento futuro, na forma de pressentimento. Isso é para nos livrar de alguma dificuldade, considerado o nosso merecimento.

Falarei agora do passado.

A TVP e a Psicoterapia
Histórico

TVP é a abreviatura adotada desde 1980 no Brasil, do método psicoterápico de "Terapia de Vidas Passadas", que utiliza a regressão de memória do paciente.A pessoa que se submete à TVP retorna a fatos e épocas de sua vida presente e em alguns casos, essa viagem regressiva leva-a à vivência no útero materno; no prosseguimento da experiência "chega" à(s) vida(s) passada(s).É o que consta. Não resta a menor dúvida que o tema é palpitante.

Há notícias de que já nos tempos antigos, sacerdotes egípcios praticavam a TVP. No século passado, alguns pesquisadores dedicaram-se à regressão de memória, na França e Espanha.

Em 1977 os médicos norte-americanos Denis Kelsey e Morris Netherton publicaram respectivamente os livros "Many Lifetimes" (Vários cursos de vida) e "Vidas Passadas em Terapia".

Em 1980 a TVP chegou ao Brasil e pelo jeito, veio para ficar, havendo até alguns cursos regulares de formação universitária psicológica.

O Dr Patrick Drouot, físico francês, diplomado pela Universidade de Colúmbia, em Nova York, estudou a regressão de memória em vários pacientes. Depois de dez anos de pesquisas, concluiu que não há morte, que há sobrevivência da alma e que o mesmo ser vive várias vezes. Escreveu um livro, já na 5ª edição, denominado: "Somos todos imortais".

Obs: Alguém deveria ter dito ao Dr Patrick que seus dez anos de estudos poderiam ter se dirigido a outro azimute, pois o Espiritismo, há cerca de 140 anos, já registrou essas "suas descobertas", além de cientistas de renome acreditarem nisso.

Esta até parece aquela história do místico que ficou 28 longos anos meditando à margem de um caudaloso rio, até que finalmente conseguiu transpô-lo, levitando. Chegando à outra margem, sua euforia despertou a atenção de um menino que perguntou-lhe o porquê de tanto júbilo. Ao conhecer a verdade, o menino, com cristalina simplicidade, contou que com uma pequena moeda o pai dele, barqueiro, há mais de quarenta anos vinha transportando qualquer um, em menos de cinco minutos ...

Ainda com estrondoso sucesso, o Dr Brian Weiss, médico norte-americano, autor do livro best-seller mundial “Muitas Vidas, Muitos Mestres”, vem atendendo pacientes interessados em pesquisar o passado.
As consultas são com hora marcada e mediante pagamento.Consta que a fila de espera para atendimento é longa, demorada...

Isso sinaliza, de modo indireto, que as pessoas, de alguma forma, estão cada vez mais interessadas em temas espiritualistas, trilhando de início equivocadas vias nessa busca. Tão logo Kardec lhes chegue às mãos, a inteligência de cada um fará o resto, isto é, plena aceitação dos postulados do Espiritismo, não só sobre o passado, mas também sobre o presente... e principalmente sobre o futuro.

A alguns espíritas — poucos, felizmente —, vem acometendo ultimamente o modismo de fazer uma visitinha às suas vidas anteriores.Não são só espíritas que o fazem, eis que muitas são as pessoas que vêm auto-investigando seu passado, mas no caso destas linhas, dirijo minhas considerações aos praticantes ou apenas adeptos da Terceira Revelação - a Doutrina Espírita, para que eles, se ainda não conhecem a TVP, tenham condições de ajuizá-la.

Objetivos da TVP
Em essência, a TVP busca a cura de traumas atuais, pelo conhecimento das suas distantes origens: conscientizando-se o paciente do porquê do seu problema, a solução é facilitada. Nessa viagem ao passado, conduzida por profissionais competentes — médicos e/ou psicólogos —, dizem os especialistas que o paciente só se recorda daquilo que se relacione com o atual estado patológico.

Eis aí uma afirmação que carece de análises: como pode um psicoterapeuta filtrar as nuanças de uma viagem dessas, dela excluindo as vertentes que produziram o trauma? Como definir o que é ou não adjacente ao fato principal buscado? Ele, psicoterapeuta, também é "passageiro" nessa viagem, a ponto de ajuizar o que pode ser recordado e o que deve ser evitado?

Essas, em linhas gerais, as premissas da TVP.

A TVP e o Espiritismo
TVP para encarnados

Como espírita, não levanto quaisquer barreiras à TVP praticada na seriedade dos consultórios médicos, como ajuda a eventuais enfermos, quase sempre portadores de traumas psicológicos. Quanto aos resultados desse tratamento, positivos ou negativos, aguardo que o tempo, somente o tempo, venha a ser o avalista dessa prática, algo novidadeira. Porque não basta um paciente sair exultante do consultório, após submetido à TVP, conhecendo a raiz da árvore que hoje lhe oferta frutos amargos.

É preciso verificar o que vai ocorrer no período que compreende a poda dessa árvore e a extração da respectiva raiz. Que ferramentas serão empregadas, que tempo será gasto, que reações surgirão no solo...

Respeito os profissionais da TVP, na sinceridade do exercício de auxílio. Apenas me resguardo de considerá-la como viável a qualquer pessoa traumatizada. E, como os psicólogos nem sempre aceitam a reencarnação, ou se aceitam-na nem sempre terão estudado o que dela ensina o Espiritismo, cuido que podem estar tateando em algo que lhes foge ao conhecimento.

Tudo isso, sem considerar que até mesmo aos mais estudiosos da Doutrina Espírita lhes foge o conhecimento de todas as injunções reencarnacionistas.

O que deve ser cuidadosamente analisado é até que ponto o ser humano, encarnado, está apto a investigar suas vidas passadas.

Na Codificação do Espiritismo há esclarecimentos sobre esse assunto.

Lembro-me agora de trechos nos quais os Espíritos Superiores disseram a Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos", nas questões nº 392 a 399:
- o homem nem pode nem deve saber tudo; Deus assim o quer, na sua sabedoria;
- a cada nova existência o homem tem mais inteligência e pode melhor distinguir o bem e o mal. Onde estaria o seu mérito, se ele se recordasse de todo o passado? Quando o Espírito entra na sua vida de origem (a vida espírita), toda a sua vida passada se desenrola diante dele; vê as faltas cometidas e que são causa do seu sofrimento;
- daquilo que fomos... temos a sua intuição; nossas tendências instintivas são uma reminiscência do nosso passado; ... nossa consciência ... representa o desejo de não mais cometer as mesmas faltas;
- a lembrança de nossas individualidades anteriores teria gravíssimos inconvenientes: humilhar-nos extraordinariamente / exaltar nosso orgulho / entravar nosso livre arbítrio;
- vaga consciência de existências anteriores podem ser reveladas, com fim útil, por Espíritos superiores;
- as existências futuras não podem ser reveladas em caso algum.Assim registrou Kardec!
Mas há mais: cito agora o sempre lúcido Espírito Emmanuel, pela via mediúnica de Francisco Cândido Xavier:

"Se fomos trazidos à Terra para esquecer o nosso passado, valorizar o presente e preparar em nosso benefício o futuro melhor, porque provocar a regressão da memória do que fomos ou fizemos, simplesmente por questões de curiosidade vazia, ou buscar aqueles que foram nossos companheiros, a fim de regressar aos desequilíbrios que hoje resgatamos? A nossa própria existência atual nos apresentará as tarefas e provas que, em si, são a recapitulação de nosso passado em nossas diversas vidas, ou mesmo, somente de nossa passagem última na Terra fixada no mundo físico, curso de regeneração em que estamos integrados nas chamadas provações de cada dia. Por que efetuar a regressão de memória, unicamente para chorar a lembrança dos pretéritos episódios infelizes, ou exibirmos grandeza ilusória em situações que, por simples desejo de leviana retomada de acontecimentos, fomos protagonistas, se já sabemos, especialmente com Allan Kardec, que estamos eliminando gradativamente as nossas imperfeições naturais ou apagando o brilho falso de tantos descaminhos que apenas nos induzirão a erros que não mais desejamos repetir? Sejamos sinceros e lancemos um olhar para nossas tendências".
(Mensagem recebida em Uberaba/MG, em 30/07/91).

- Texto completo no Cap XI do livro “Lições de Sabedoria”, da Folha Espírita, 1996.Para concluir as ponderações de Espíritos amigos, registro esta de André Luiz, em "Ação e Reação", Cap. 2: o Mentor Druso informa a um outro Espírito que, sob hipnose, a memória pode regredir e recuperar-se por momentos; contudo, adverte que isso é um fenômeno de compulsão, contrário à Natureza.

Obs: Em face do exposto, depreendo que se no Plano Espiritual isso ocorre, nada objeta que igualmente no Plano Material também, talvez até com maior gravidade. Assim, a advertência é valida em ambos os casos...Sem mais comentários...

A TVP na reunião mediúnica de desobsessão
Pela minha vivência de quase vinte e cinco anos em reuniões mediúnicas de desobsessão, tenho a firme convicção de que o próprio Plano Espiritual é sumamente cauteloso na abordagem do passado aos Espíritos necessitados que ali comparecem. Fazer-lhes recuar no tempo, em busca de notícias fiéis de quando começaram os dramas dolorosos de que geralmente são portadores, é medida extrema, indicada apenas em situações especiais. Considerando que por decisão divina estamos sempre evoluindo (graças a Deus!), eventual visita a vidas passadas não deve ser nada agradável... Além do mais, o visitante espiritual empedernido, convidado a fazê-lo, bem poderá mentir e com isso levar o doutrinador a acreditar no que diga... Repito: isso, só em situações especiais.

Como exemplo de situação especial, cito o caso em que o obsessor, às vezes após reiteradas visitas ao C.E., em todas recebendo esclarecimentos, mas mantém irredutíveis idéias de vingança, julgando-se vítima. O recuo no tempo, nesse caso, como recurso extremo (onde cooperam os médiuns, sob coordenação dos Espíritos protetores), indo à origem da trama, mostra a esse obsessor que ao contrário do que pensa, tem o mesmo grau de culpa. Conscientiza-se que, na verdade, ele e o perseguido são réus, por infratores da Lei do Amor.

Esse exemplo ilustra TVP parcial, aplicada a um Espírito endurecido, obsessor, num caridoso ambiente de Centro Espírita, em reunião mediúnica.
Enunciarei outro exemplo, agora no Plano Espiritual, entre desencarnados, pontificando a cautela sobre esse recurso terapêutico: no livro “Nosso Lar”, Cap. 21, adverte o autor espiritual, André Luiz, que querendo conhecer o passado, foi advertido por um Espírito amigo que para isso é preciso grande equilíbrio, pois “todos temos erros clamorosos nos ciclos da vida eterna” e que reminiscências provocadas, não raro, “tendem ao desequilíbrio e à loucura”. Esse mesmo Espírito narrou que, com o cônjuge, já em exercício fraternal no “Nosso Lar”, submeteram-se ao mais rigoroso exame por seu assistente; a seguir foram aconselhados a, por dois anos, sem prejuízo de suas tarefas diárias, conhecerem suas próprias memórias, em arquivos no Ministério do Esclarecimento; submetidos a delicadíssimas operações psíquicas por magnetizadores daquele Ministério, tomaram conhecimento integral de trezentos anos! Fases anteriores não lhes foram permitidas, por incapacidade de suportarem tais lembranças...
"Eu fui..."
Entre os espíritas, não todos, mas muitos, há a "suspeita" muito forte de terem vivido como nobres, de preferência na França, e mais preferencialmente ainda, na época dos Luízes.

Da minha parte, sem intentar fazer humor, nunca ouvi um desses tais opinar que tenha sido escravo ou apenas um serviçal... Por que será?

Talvez porque já tenham mesmo vivido na Europa (na França sim, por que não?), considerando-se que o continente americano tem pouco menos de 500 anos de colonização. E os humanos, já estamos no reino hominal civilizado há bem mais do que 5 séculos... Assim, podemos ter sido habitantes da Ásia, da Europa ou da África. Ou desses três continentes.
Agora, cuidado: desejar ter sido nobre pode trazer o inconveniente de ter sido cliente da guilhotina... Melhor será ter vivido como plebeu ignorado, rural se possível, pois não? O problema é que a prática de se imaginar no passado e se ver na pele de algum vulto famoso vem sendo incentivada, indiretamente, por alguns espíritas, que até promovem publicação disso.

Por outro lado e a bem da verdade, não sou dos que aceitam essas informações, tidas como verdadeiras, mesmo respeitando o canal (autores dos textos e editoras) que as expõe. Mas daí considerá-las falsas seria no mínimo leviandade, senão imperdoável grosseria.

Sinto-me alcançado por pequeno desconforto, qual seja o de respeitar as fontes mas não o de crer em todas as suas informações.

Defino-me: minha discordância é quanto à ampla divulgação desse tipo de "informação", que ao espírita não o faz mais espírita, nem torna mais forte sua crença na reencarnação. Quanto aos que não aceitam as vidas sucessivas, soa como piada.

Eu nem penso em desvendar o que fui, pois se fosse bom não me cercariam tantos limites...

Pelo exposto, sou de parecer que a TVP é assunto da Psicologia, sem assento no Espiritismo. Seu emprego, pois, deve condicionar-se ao profissionalismo. Assim, inaceitável sua prática nos Centros Espíritas.


Eurípedes Kühl: Eurípedes Kühl, 1934, paulista, casado, 2 filhos. Oficial do Exército, pára-quedista militar, na Reserva Remunerada, após 31 anos de carreira castrense. Bacharel em Administração de Empresas e Economia. Espírita de berço. Médium psicógrafo e escritor espírita. Vinte e dois livros editados. Doze, psicografados, e dez, de lavra própria. Palestrante espírita, responsável por vários cursos sobre Espiritismo, articulista e colaborador de vários órgãos de divulgação espíritas, inclusive "O REFORMADOR", da Federação Espírita Brasileira.



Fonte: http://www.panoramaespirita.com.br/modules/eNoticias/article.php?articleID=330

08 agosto 2009

Céu e Inferno - Divaldo Franco

Umbral, Fogo Purificador, Purgatório, Culpa, Atitude mental ...

Parte 1


Parte 2

Parte 3


Nós Vamos Morrer!

Por Mauro Kwitko
Os mestres orientais dizem que para sabermos viver devemos lembrar freqüentemente que vamos morrer. Claro, nosso corpo carnal... Então, penso que sempre devemos recordar que um dia deixaremos esse corpo e essa dimensão física, e que nossas relações afetivas e familiares como estão estruturadas, através de rótulos, são apenas dessa encarnação (em outras encarnações são através de outros rótulos). O que levaremos conosco no dia em que partirmos? Tudo que é sólido permanecerá por aqui, ou seja, nosso corpo físico e tudo o mais visível. Na verdade, nada é sólido, mas para fins didáticos, dividirei as coisas em duas categorias: o que é visível (“sólido”) e o que é invisível.

Quando subirmos, apenas nos acompanharão os nossos sentimentos (no corpo emocional); os nossos pensamentos (no corpo mental), nossos atos, memórias, enfim, tudo que é invisível. As boas ações nos seguirão, as más também; o amor, a caridade, os gestos de fraternidade estarão conosco ao lado dos ódios, das raivas, dos gestos violentos, dos egoísmos. Os bons e os maus pensamentos e os bons e os maus sentimentos lado a lado, confrontando-se.

Qual será a nossa auto-avaliação, então? Evidentemente será o que estiver prevalecendo, e aí virá a sensação de vitória ou de derrota.

É muito triste a constatação do erro, uma encarnação transformada numa seqüência de atos equivocados, a nossa atuação regida por uma persona que, embora real por natureza, vive de maneira ilusória, presa nas armadilhas, por não se perceber temporária, por não se conectar aos seus verdadeiros propósitos e metas.

Está tudo perdido? Claro que não. Não existe o céu e o inferno, embora algumas dimensões espirituais se assemelhem a isso. Na verdade, existem muitas dimensões para onde iremos após a morte do corpo físico e o que determinará isso é o nosso padrão emocional e mental e a freqüência vibratória decorrente.

No mundo invisível, o semelhante atrai o semelhante. Nada é religioso, nada é oculto nem misterioso, tudo é explicado pela Física, principalmente pela moderna Física, a Quântica. Não devemos confundir reencarnação com religião nem rotular os contatos com seres de outros Planos ou dimensões como misticismo, ocultismo... Estamos entrando na Ciência do futuro! De acordo com nossa freqüência ao desencarnarmos, poderemos subir rapidamente para a Luz, se estivermos leves, ou mais lentamente, se estivermos um pouco densos; ou poderemos nem chegar lá, se estivermos muito pesados!

Para subirmos, quanto mais leves, melhor; e leveza quer dizer bom caráter, amabilidade, sensibilidade, pensamentos positivos, bons sentimentos, boas ações, altruísmo, espiritualidade. A tristeza pesa, a mágoa pesa, a raiva pesa, o materialismo pesa, o egoísmo pesa demais... Muitas pessoas se perguntam: como é a vida depois da morte? Na verdade, essa pergunta está errada até em sua formulação - pois não existe morte - nem existe vida depois da morte; o que existe é um eterno continuum... Somos sempre nós, a nossa Essência, a nossa Consciência, estejamos nesse Plano Terreno ou não. Quem entender isso perderá o medo da morte e ao mesmo tempo aumentará a sua responsabilidade com a "vida", quer dizer, a responsabilidade da sua Personalidade encarnada com a sua existência atual.

A nossa Essência confia em nós e fica "torcendo" por nós, como se fosse uma torcida organizada na arquibancada. Ela, às vezes, pode "entrar em campo" apenas como o técnico o faz à beira do gramado, transmitindo orientações, mas quem está jogando é a nossa Personalidade Inferior. Mas poucos jogadores escutam o técnico. Obedecer, então... Não é apenas pelo procedimento nessa atual passagem terrena que nosso destino será traçado após o desencarne. Na verdade, tudo é uma questão de "crédito e débito", energeticamente falando, e não do antigo ponto de vista religioso baseado na culpa e no temor.

Nós abandonamos esse corpo físico melhores ou piores do que quando chegamos, dependendo de como pensamos, sentimos e agimos. Uma pessoa que nessa vida portou-se de maneira equivocada, do ponto de vista moral e ético, mas possui suficiente "crédito" de outras existências pretéritas, não terá o mesmo destino de outra que não o possui.

É importante que isso fique bem claro, senão cairemos no critério dualístico de que quem faz o bem vai para o "céu", quem não faz vai para o "inferno", e não é assim. Claro que quem acrescentar positividades aos seus corpos emocional e mental, por bons sentimentos e bons pensamentos, provavelmente terá esse seu mérito reconhecido, não por alguma entidade julgadora, uma imagem de um Deus criado pelos homens que não existe, mas pelas leis da Física, e será conduzido vibracional e automaticamente para regiões onde a freqüência vibratória é compatível com a sua.

Tudo é explicado pela Física... O semelhante atrai o semelhante, estejamos encarnados ou desencarnados.

É importante que a noção de continuidade permaneça forte em nosso raciocínio, porque não se pode avaliar uma atuação apenas nessa vida como determinante do destino pós-morte carnal. Nós somos a mesma Consciência, a mesma Essência, e cada vida terrena é como um dia... Então, pode-se ter um dia em que se praticam más ações, mas se em dias anteriores o conjunto das boas ações predominou, o resultado final - vibratoriamente falando - é que contará.

Não existe julgamento de quem quer que seja a nosso respeito. Tudo é conseqüência de nossa freqüência vibratória, estejamos aqui ou do "lado de lá". Não existem juizes ou julgadores, apenas nós mesmos, a nossa freqüência vibratória e o que sintonizamos.

O chamado Umbral (Inferno) são regiões de baixa freqüência onde estão os seres que vibram nessa sintonia. As experiências nesse local são muito desagradáveis e sofridas, mas em algum tempo, essas Consciências desencarnadas podem ascender a níveis superiores de freqüência, por méritos próprios e/ou por trabalhos de resgate dos planos espirituais superiores.

É importante termos bem clara a noção de que a morte do corpo terreno não determina o final da existência, nada muda a não ser a ausência do corpo físico. Os sentimentos e os pensamentos permanecem exatamente como eram, ou seja, segue tudo igual, somente o corpo material não é mais necessário, pois se abandona a trajetória terrena.

Não devemos temer a "morte", muito pelo contrário, devemos pensar nela com lucidez, para irmos retificando nossa trajetória, corrigindo e purificando os nossos pensamentos e sentimentos. Devemos viver essa vida terrena com a morte do corpo presente, não como algo mórbido, e sim como um alerta para não nos esquecermos da responsabilidade, enquanto Personalidade Inferior, em relação à nossa Essência e a transitoriedade.

A morte física é o retorno ao Plano Astral e o ideal é que essa volta seja feliz e vitoriosa. Mas não é o que se observa na prática, em que a maioria dos retornos é acompanhada de doenças graves, sofrimento, depressão, mágoa, raiva, etc. Quem ficar velho, feliz, realizado, ativo, bondoso, dócil, manso, e morrer bem, chegará lá em cima como um vitorioso.

Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=05008

02 julho 2009

Afinidade e Sintonia - Emmanuel

AFINIDADE :
O homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção. Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência.
Em forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca. O homem poderá estender muito longe o raio de suas próprias realizações, na ordem material do mundo, mas, sem a energia mental na base de suas manifestações, efetivamente nada conseguirá.

Sem os raios vivos e diferenciados dessa força os valores evolutivos dormiriam latentes, em todas às direções. A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir. Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente. De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.

Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza. Somos afetados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que nos cercam. Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tônus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis.

Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização. Princípios idênticos regem as nossas relações uns com os outros, encarnados e desencarnados. Conversações alimentam conversações. Pensamentos ampliam pensamentos. Demoramo-nos com quem se afina conosco. Falamos sempre ou sempre agimos pelo grupo de espíritos a que nos ligamos. Nossa inspiração está filiada ao conjunto dos que sentem como nós, tanto quanto a fonte está comandada pela nascente.

Somos obsidiados por amigos desencarnados ou não e auxiliados por benfeitores, em qualquer plano da vida, de conformidade com a nossa condição mental. Daí, o imperativo de nossa constante renovação para o bem infinito. Trabalhar incessantemente é dever. Servir é elevar-se. Aprender é conquistar novos horizontes.

Amar é engrandecer-se. Trabalhando e servindo, aprendendo e amando, a nossa vida íntima se ilumina e se aperfeiçoa, entrando gradativamente em contato com os grandes gênios da imortalidade gloriosa.


SINTONIA.
As bases de todos os serviços de intercâmbio, entre os desencarnados e encarnados, repousam na mente, não obstante as possibilidades de fenômenos naturais, no campo da matéria densa, levados a efeito por entidades menos evoluídas ou extremamente consagradas à caridade sacrificial.

De qualquer modo, porém, é no mundo mental que se processa a gênese de todos os trabalhos da comunhão de espírito a espírito.Daí procede a necessidade de renovação idealística, de estudo, de bondade operante e de fé ativa, se pretendemos conservar o contato com os Espíritos da Grande Luz.

Simbolizemos nossa mente como sendo uma pedra inicialmente burilada. Tanto quanto a do animal, pode demorar-se, por muitos séculos, na ociosidade ou na sombra, sob a crosta dificilmente permeável de hábitos nocivos ou de impulsos degradantes, mas se a expomos ao sol da experiência, aceitando os atritos, as lições, os dilaceramentos e as dificuldades do caminho por golpes abençoados do buril da vida, esforçando-nos por aperfeiçoar o conhecimento e melhorar o coração, tanto quanto a pedra burilada reflete a luz, certamente nos habilitamos a receber a influência dos grandes gênios da sabedoria e do amor, gloriosos expoentes da imortalidade vitoriosa, convertendo-nos em valiosos instrumentos da obra assistencial do Céu, em favor do reerguimento de nossos irmãos menos favorecidos e para a elevação de nós mesmos à regiões mais altas.

A fim de atingirmos tão alto objetivo é indispensável traçar um roteiro para a nossa organização mental, no Infinito Bem, e segui-lo sem recuar. Precisamos compreender – repetimos – que os nossos pensamentos são forças, imagens, coisas e criações visíveis e tangíveis no campo espiritual. Atraímos companheiros e recursos, de conformidade com a natureza de nossas idéias, aspirações, invocações e apelos.

Energia viva, o pensamento desloca, em torno de nós, forças sutis, construindo paisagens ou formas e criando centros magnéticos ou ondas, com os quais emitimos a nossa atuação ou recebemos a atuação dos outros. Nosso êxito ou fracasso dependem da persistência ou da fé com que nos consagramos mentalmente aos objetivos que nos propomos alcançar. Semelhante lei de reciprocidade impera em todos os acontecimentos da vida. Comunicar-nos-emos com as entidades e núcleos de pensamentos, com os quais nos colocamos em sintonia.

Nos mais simples quadros da natureza, vemos manifestado o princípio da correspondência. Um fruto apodrecido ao abandono estabelece no chão um foco infeccioso que tende a crescer, incorporando elementos corruptores. Exponhamos a pequena lâmina de cristal, limpa e bem cuidada, à luz do dia, e refletirá infinitas cintilações do Sol.

Andorinhas seguem a beleza da primavera. Corujas acompanham as trevas da noite. O mato inculto asila serpentes. A terra cultivada produz o bom grão. Na mediunidade, essas leis se expressam, ativas. Mentes enfermiças e perturbadas assimilam as correntes desordenadas do desequilíbrio, enquanto que a boa-vontade e a boa intenção acumulam os valores do bem. Ninguém está só.

Cada alma recebe de acordo com aquilo que se dá. Cada alma vive no clima espiritual que elegeu, procurando o tipo de experiência em que situa a própria felicidade. Estejamos, assim, convictos de que os nossos companheiros na Terra ou no Além são aqueles que escolhemos com as nossas solicitações interiores, mesmo porque, segundo o antigo ensinamento evangélico, “teremos nosso tesouro onde colocarmos o coração”.


http://www.comunidadeespirita.com.br/temas/TEMA%20SINTONIA.htm

Sintonia e Afinidade

UNIVERSO E VIDA – Hernani Sant'ana
Sintonia. (...) A associação de interesses (sintonia/afinidade) é regra de conduta que a divina lei de amor impõe naturalmente em toda a parte.

(...) cada um de nós conviverá sempre em toda parte e a todo o tempo, com aqueles com quem se afina, efetuando permanentemente, com os seus semelhantes, as trocas energéticas que, em face da lei, asseguram a manutenção de todas as vidas.

(...) Qualquer mudança de sintonia, ou diferenciação de níveis de troca energética vital, sempre decorrerá necessariamente de alteração do potencial íntimo de cada espírito e da natureza de seus pensamentos e emoções.
As forças que no jungem uns aos outros são, por isso mesmo, as que emitimos de nós e alimentamos em nosso próprio âmago.

SINTONIA ESPIRITUAL: Sintonia significa, em definição mais ampla, entendimento, harmonia, compreensão, ressonância ou equivalência. (...) é portanto, um fenômeno de harmonia psíquica, funcionando, naturalmente, à base de vibrações. (cap. 4, pág. 27)

PROBLEMAS DE SINTONIA

Na sua feição de aparelhagem eletromagnética, de extrema e delicada complexidade, o ser humano apresenta a singularidade de não poder jamais desligar-se ou ser desligado. Mesmo nas piores condições de monoideísmo, ou despido da roupagem perispirítica, após os dolorosos eventos da segunda morte da forma, e até nas mais ingratas condições de letargia mental, o espírito humano continua ativo e sintonizado com as noures a que se afina.

Sendo o pensamento contínuo uma conquista definitiva da alma, não pode esta, ainda que o queira, desligar-se do circuito através do qual se ajusta às forças vivas e conscientes do Universo. Entretanto, cada qual emitirá e receberá sensações na faixa de frequência que lhe é própria, e da mesma qualidade que lhe marca o teor dos interesses.

Embora ondas de todos os comprimentos cruzem constantemente o ar que respiramos, nenhum aparelho receptor de frequência modulada consegue captar as emissões de ondas curtas para as quais não foi programado.
Contudo, uma vez que esteja funcionando, captará compulsoriamente os sons da frequência com que estiver sintonizado.

Em razão disso, cada um de nós conviverá sempre, em toda parte e a todo tempo, com aqueles com quem se afina, efetuando permanentemente, com os seus semelhantes, as trocas energéticas que, em face da lei, asseguram a manutenção de todas as vidas.

Atendendo às disposições da afinidade, esse imperativo substancia igualmente o primado da justiça iniludível que preside a todos os destinos, na imensa esteira da evolução. Qualquer mudança de sintonia, ou diferenciação de níveis de troca energética vital, sempre decorrerá necessariamente de alteração do potencial íntimo de cada espírito e da natureza de seus pensamentos e emoções.
As forças que nos jungem uns aos outros são, por isso mesmo, as que emitimos de nós e alimentamos em nosso próprio âmago. Os compromissos que disso decorrem são mais do que evidentes, pois ninguém deixará, em momento algum, de integrar e engrossar alguma corrente de forças, atuante e dirigida para determinado objetivo. Cada qual de nós está, portanto, trabalhando sem cessar, de momento a momento, seja para o bem ou para o mal, na construção do amor ou do ódio, da alegria ou da desventura, da felicidade ou do desequilíbrio.

Claro que o problema da responsabilidade é sempre proporcional ao nível de consciência de cada um. Em sua grande maioria, os espíritos terráqueos não são, na atualidade, deliberadamente maus, embora estejam muito longe de ser conscientemente bons. Vogam, por isso, alternada e desordenadamente, entre os impulsos superiores e os inferiores, experimentando, na angústia de sua indefinição, todas as gamas de sensações de uma experiência multifária, que ainda se processa ao sabor dos improvisos, entre crises de animalidade e anseios de integração com o Céu. Fazendo e desfazendo, construindo e demolindo, plantando rosais e espinheiros, a alma humana comum é qual folha batida por todos os ventos e arrastada por todas as correntezas.

Quando, porém, um coração já ascendeu a planos mais altos e já se acostumou ao pão divino de ideais elevados e de sensações sublimadas, não sintonizará, sem terríveis padecimentos interiores, as faixas de emoções mais deprimentes da experiência humana. Independentemente das responsabilidades que assuma e dos males que semeie, e que terá de colher, essa consciência amargurada sentirá vibrar, nos seus mais tristes acentos, a nostalgia do paraíso perdido. E como ninguém atraiçoa impunemente a lei, nem a si mesmo, esse espírito infeliz corre ainda o risco enorme de, pelo seu maior poder de percepção e de sintonia, cair vitimado por processos demoníacos de hipnose obsessiva, sob o guante impiedoso do poder das Trevas.

É assim que se criam, frequentemente, doridos e complicados processos de resgate e recuperação de Espíritos substancialmente nobres, que se deixaram voluntariamente imergir em densos lagos de lama. Essa a razão da advertência do Divino Mestre, que há dois mil anos repercute no mundo: "Aquele que comete pecado faz-se escravo do pecado." Nem é por diverso motivo que o Cristo nos convida, compassivo, há vinte séculos, a sermos "filhos da Luz".

O PODER DAS TREVAS

Espantam-se alguns companheiros de aprendizado com as demonstrações de força do chamado Poder das Trevas, capaz de organizar verdadeiros impérios, em zonas umbralinas e nas regiões subcrostais, de onde consegue atuar organizada e maleficamente sobre pessoas e instituições na Crosta da Terra. O espanto, porém, é descabido, não só por motivos de boa lógica, mas, igualmente, por motivos de ordem técnica.

Por mais intelectualizados que possam ser os gênios do mal, e por mais sofisticados que sejam os seus recursos tecnológicos, não podem eles, nunca puderam e jamais poderão afrontar a sabedoria e o Poder do Cristo e de seus grandes mensageiros, que controlam, com absoluta segurança, todos os fenômenos ocorrentes no planeta e no sistema de que este é parte. Tudo o que as Inteligências rebeladas podem fazer é rigorosamente condicionado aos limites de justiça e tolerância que o Governo da Vida estabelece, no interesse do sumo bem.

É fora de dúvida que os "Dragões" e seus agentes possuem ciência e tecnologia muito superiores às dos homens encarnados, e, sempre que podem, as utilizam. Entretanto, os Poderes Celestes sabem mais e podem mais do que eles. A Treva pode organizar, e organiza, infernos de vasta e aterrorizadora expressão; contudo, sempre que semelhantes quistos ameaçam a estabilidade planetária, a intervenção superior lhes promove a desintegração.

Os "demônios", que se arrogam os títulos de "juizes", e que há muitíssimo tempo utilizam, em larga escala, processos e instrumentais de desintegração que nem a mais moderna ficção científica dos encarnados ainda sequer imagina, realmente conhecem muito mais do que os homens sobre a estrutura e a dinâmica dos átomos e das partículas elementares. Eles sabem consideravelmente mais do que os cientistas e pesquisadores terrenos, acerca de muito mais coisas do que massa, carga, spin, número bariônico, estranheza e vida média de lambdas, sigmas, csis, ômegas, etc., e conseguem verdadeiros "milagres" tecnológicos, a partir de seus conhecimentos práticos avançados sobre ressonâncias e recorrências, usando com mestria léptons, mésons e bárions, além de outras partículas, como o gráviton, que o engenho humano experimentalmente desconhece.

Apesar disso, os operadores celestes não somente varrem, com frequência, o lixo de saturação que infecta demasiado perigosamente certas regiões do Espaço, aniquilando-o através de interações de partículas com antipartículas atômicas, como se valem de outros recursos, infinitamente mais poderosos, rápidos e decisivos, para além de todas as forças eletromagnéticas e físico-químicas ao alcance das Trevas.

Também a capacidade de destruição do homem encarnado permanece sob o rigoroso controle do Poder Celeste. A energia produzida pelas reações nucleares, que os belicistas da Crosta já conseguem utilizar, não vai além de um centésimo da massa total dos reagentes. Eles sabem que o encontro de um pósitron com um elétron de carga negativa resulta na total destruição de ambos, pela transformação de suas massas em dois fótons de altíssima energia. Entretanto, não conseguem pósitrons naturais para essas reações e não são capazes ainda de produzi-los senão à custa de um dispêndio energético praticamente insuportável.

Assim, as Trevas podem realmente assustar-nos e ferir-nos, sempre que nossos erros voluntários nos colocam ao alcance de sua maldade. Basta, porém, que nossa opacidade refuta um único raio do Amor Divino, para que nenhuma força maligna possa exercer sobre nós qualquer poder. (...)



http://www.comunidadeespirita.com.br/temas/TEMA%20SINTONIA.htm

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