02 julho 2007

Obsessão

1 - Obsessão:


"É o domínio que alguns espíritos logram adquirir sobre certos pessoas. Nunca é praticado senão por espíritos inferiores que procuram dominar" (Livro dos Médiuns, Cap. 23 item 237)
"É a ação persistente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais." ( O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. 25, item 81)

A obsessão é e sempre foi um dos maiores problemas da humanidade. Difícil de ser tratada por esbarrar na dureza do coração humano. Tratada pela medicina como problema puramente físico, ainda não tem encontrado através dela, um meio de alívio para milhares de seres que sofrem sua ação. É para a ciência, em muitos casos, problema insolúvel, catalogado como resultado da hereditariedade, apesar de a maioria dos casos contestar esta afirmação.
A par com a medicina, a religião oficial vem dando a sua contribuição no âmbito do terror quando diz, que quem sofre um mal deste tipo está endemoniado, tendo que ser exorcizado, o que leva a maioria das pessoas a se afastarem delas por medo de ridículo ou incompreensão, preferindo apesar dos pesares continuar sua peregrinação através dos consultórios.
A Doutrina Espírita, única a dar uma explicação racional sobre o problema, tem se desdobrado através de trabalhadores incansáveis, no sentido de aliviar aqueles que sofrem desse mau, de maneira tranqüila e os trazendo de volta a uma vida saudável.
A obsessão só pode ser racionalmente explicada sob o prisma da doutrina espírita. É uma faceta do relacionamento humano, que continua a se fazer sentir entre os seres, embora já tenham desencarnado alguns e outros continuarem encarnados.
Este relacionamento se mantém devido as ligações boas ou más existentes entre as partes envolvidas que prendem uns aos outros, até que a justiça e o aprendizado inerente a este acontecimento esteja assimilado.
Jesus, como profundo conhecedor da psiquê humana e seus defeitos, deixou escrito o ensinamento que se obedecido livraria o homem desse mau.
"Perdoa, o teu inimigo enquanto estais em caminho com ele, para que ele não te leve a juiz e não te condene, pois se isso vir a acontecer, ficará preso até que pagues o último cetil." (O Evangelho Segundo o Espiritismo).
Nesta parábola ele nos dá o antídoto. O Amor é o caminho. O perdão, a paciência, tolerância, tudo o que leva as pessoas a um bom relacionamento. Não criando por isso motivos de represálias de ninguém.
Quando criarmos barreiras em nós mesmos, tirando do nosso coração o orgulho, a vaidade, o egoísmo, e vivenciarmos bem com todos em acordo com o evangelho, não existirão mais esses relacionamentos negativos e sim somente os positivos, onde todos serão amigos e ajudarão uns aos outros no caminho evolutivo.



2 - Classificação da Obsessão
Allan Kardec, através dos seus estudos classificou a obsessão por seus estágios, sendo que por isso mesmo, não tem um caráter definitivo, servindo apenas como parâmetro para estudo, uma vez que a obsessão é muito variada em seus aspectos, sendo difícil estabelecer onde uma fase começa e termina a outra.

SIMPLES - É a influência sutil na atitude do espírito, encarnado ou desencarnado.
FASCINAÇÃO - É a ação direta de um espírito sobre o pensamento de outro.
SUBJUGAÇÃO - É a paralisação através da ação mental, que um espírito determina sobre a vontade de outro.

Participantes:
Encarnado para encarnado
Desencarnado para desencarnado
Encarnado para desencarnado
Desencarnado para encarnado
Auto - Obsessão


3 - Fatores que levam à Obsessão:
O que predispõe um espírito (encarnado ou desencarnado) à Obsessão, são as imperfeições morais. Na medida que o espírito se aperfeiçoa moralmente, ele não se predispõe à obsessão.

4 - Quando podemos reconhecer a Obsessão:
Quando sentimos idéias torturantes a se fixar.
Quando sentimos forças interferindo no processo mental.
Quando se verifica a vontade sendo dominada.
Quando se experimenta inquietação constante.
Quando se sinta desequilíbrio espiritual.


5 - Acessos à Obsessão:
Idéias profundamente negativas
Depressão / Desânimo
Revolta
Medo
Irritação / Cólera
Vícios / fumo / tóxicos / álcool
Desregramento sexual
Maledicência
Ciúme
Avareza/Egoísmo
Ociosidade
Remorso

6 - Processo Obsessivo:
O que rege o processo obsessivo é o atendimento à "lei de sintonia", que é a predisposição de atração recíproca, através da emissão e recepção de ondas mentais. A obsessão prolongada pode causar:
Desordens patológicas (doenças)
Loucura
Morte Física


7- Obsessor e Obsediado:
O estudo da obsessão tem levado à compreensão de que as criaturas encontram-se na grande maioria envolvidas por conflitos do passado.
São enfermos que reclamam tratamento à luz do esclarecimento, pois somente através do perdão das partes envolvidas, poderá desmanchar os liames doentios que os prendem. É preciso notar que os laços são modificados, nunca rompidos. Onde há ódio, passará a haver compreensão, entendimento, paciência. Em benefício desse objetivo deixarão pelo menos, de prejudicarem um ao outro, ganhando com isso, equilíbrio, que os conduzirão ao respeito e futuramente ao perdão total dos compromissos. Fazendo-os continuarem ligados, mas agora unidos pelos ideais de ajuda e quites com a justiça divina.
O Obsessor que guarda hoje sentimento de revolta e vingança, é alguém carente de amor e compreensão.


8 - Desobsessão:
No sentido amplo da palavra significa o ato de curar alguém da obsessão.
A cura espírita da obsessão baseia-se na conscientização do enfermo e do espírito agressor, posto que o paciente, é o agente da própria cura.
Para isso a Doutrina propõe:
O esclarecimento através do estudo
Renovação interior por intermédio da ação do pensamento e da vontade.


9 - Como evitá-la:
( Conheça a ti mesmo)
Através do exercício constante da análise de si mesmo, o ser humano passa a se conhecer, colocando parâmetros entre o que pode e o que não pode realizar. Com isso passa a perceber as induções mentais que não se coadunam com seu modo natural de ser. Quando se conhece, se vigia, não aceitando idéias diferentes das suas. Vivendo de acordo com o preceito de Jesus; "Orai e vigiai, para não cairdes em tentação"
Paulo de Tarso diz: "Tudo me é possível, mas nem tudo me é permitido". Nos alerta através dessas palavras que tudo podemos fazer com o nosso livre arbítrio, mas nem tudo que fazemos se reverterá em nosso proveito espiritual. A sabedoria do espírito é saber discernir entre o que traz felicidade momentânea ou a felicidade eterna. A opção da escolha é sua, não podendo a ninguém imputar culpa posterior.

10 - A família perante o enfermo:
Há que se destacar que no processo desobsessivo, a família assume papel preponderante, podendo colaborar sobremaneira para que o tratamento da equipe de desobssessão surta o efeito esperado.
Ela, na maioria das vezes é a mais afetada pelo problema, não sabendo como proceder com o enfermo.
Por esse motivo são feitas as seguintes recomendações à família:
Paciência com o enfermo;
Ausência de curiosidade sobre o obsessor;
Não atribuir-lhe (ao obsessor) os acontecimentos desastrosos que os visitem;
Não ter repulsa aos perseguidores;
Não desejar que eles (os perseguidores) sofram o reverso da medalha;
Esperar, sem pressa;
Confiar no tratamento dos bons espíritos;
Não buscar meios violentos ou aparentemente rápidos para desalojar o obsessor;
Orar sinceramente em favor do perseguidor.

11 - A desobsessão no centro espírita:
O Centro Espírita é a peça fundamental para o tratamento da obsessão. Para isso deve dispor de equipe experiente para proceder a recepção e o diálogo com os obsessores.
O seu ambiente é impregnado de fluidos salutares que influi positivamente na reforma moral tanto do desencarnado como do encarnado.
Mantendo reuniões evangélicas ou cursos doutrinários para onde devem ser encaminhados os necessitados encarnados. Também trazidos pelo plano espiritual que assiste a casa, os desencarnados envolvidos no processo receberão esclarecimentos. Assim ambos terão bases sólidas para mudarem hábitos e atitudes, condicionando-se a atitudes mentais mais saudáveis.

12 - A equipe
Deverá ser constituída de pessoas totalmente empenhadas no trabalho, para isso superando todos os obstáculos. Com bases doutrinárias sólidas, não se deixaram abater por impedimentos nem da vida social, nem também ligado a querelas do personalismo, nem tampouco os causados por influências espirituais no decorrer do trabalho.
O ideal é que a equipe seja pequena, porque isso favorece a harmonia entre os seus integrantes, mas esse fato não impede uma equipe grande, desde que se tenha um clima de respeito e fraterno entre todos.

A equipe deverá ser constituída por:

Dirigente
Médiuns de Incorporação
Doutrinadores
Médiuns de Sustentação

Todo o êxito da reunião dependerá da equipe, que se não encarar com seriedade o trabalho, poderá sim atrair muitos problemas para si. Com claros prejuízos a todos.
Por isso enumeramos alguns requisitos básicos para se fazer parte de uma dessas equipes:

Interesse pelo estudo
Disciplina
Pontualidade
Assiduidade
Vivência com os postulados Cristãos
Fraternidade
Amor pelo semelhante, etc.


13 - Escala Espírita:
A classificação dos espíritos funda-se no seu grau de desenvolvimento, nas qualidades por eles adquiridas e nas imperfeições das quais ainda não se livraram. Esta classificação nada tem de absoluta. Neste parâmetro Kardec classificou os espíritos em 3 (três) ordens.

a) PRIMEIRA ORDEM - ESPÍRITOS PUROS
Caracteres Gerais - Predominância do espírito sobre a matéria; superioridade intelectual e moral absoluta.
Classe Única - Espíritos que percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria.

b) SEGUNDA ORDEM / ESPÍRITOS BONS
Caracteres Gerais - Predominância do espírito sobre a matéria, desejo do bem.
Quatro Classes:
Espíritos Benévolos;
Espíritos Sábios;
Espíritos Prudentes;
Espíritos Superiores

c) TERCEIRA ORDEM / ESPÍRITOS IMPERFEITOS
Caracteres Gerais - Predominância da matéria sobre o espírito, propensão ao mal.
Cinco Classes:
Espíritos Impuros;
Espíritos Levianos;
Espíritos pseudo-sábios;
Espíritos Neutros;
Espíritos Batedores e Perturbadores.



NOTA: Enquanto o homem não incorporar em seu comportamento e hábitos as lições de Jesus, a obsessão continuará a existir no meio humano. Com ela, resgatamos os erros do passado, e aprendemos a modificar o nosso relacionamento humano para melhor. Quando superarmos a maldade em nossos corações, saberemos respeitar os direitos do próximo, e a nossa querida terra não mais será habitat de espíritos vingativos e dominadores, que serão banidos por falta de sintonia, da psicosfera. Teremos nos libertado do mal, caminhando rápido para a era do espírito.
Por isso, a vivência das palavras do Cristo, assume caráter imediato e imperativo, para felicidade nossa e do nosso mundo.




Bibliografia:
Apostila de "Obsessão e Desobssessão"- Milton Felipelli e Rubens P. Meira.
Nos Bastidores da Obssessão - Hermínio C. Miranda
Diálogo com as Sombras - Hermínio C. Miranda
Ação e Reação - André Luiz
Missionários da luz - André Luiz
Vampirismo - Herculano Pires
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
O Livro dos Médiuns - Allan Kardec
O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/obsessao/desobsessao.html


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OBSESSÕES GRAVES: SINAIS
- por Helena M. Craveiro Carvalho -


1 - Como saber se a pessoa está obsedada?
R. Há sinais passíveis de serem percebidos pelos conhecedores do assunto.



2 - Que tipos de reações costumam acompanhar os obsedados?
R. Reações orgânicas, psíquicas e, segundo Kardec, também mentais.

3 - Que reações orgânicas podem ser notadas em alguns processos obsessivos?
R. Certos sintomas próprios de doenças físicas e principalmente estados físicos mórbidos: cansaço extremo com desânimo, urticárias, sono excessivo, dores de cabeça, tonturas, alergias diversas, dispepsias, colites, dores de estômago, pressão alta ou baixa e até paralisias.

4 - Então, as obsessões podem também ser a causa de certas alergias?
R. Não só de alergias mas de outros sinais de alteração fisiológica, promovendo os seguintes desequilíbrios devidamente relacionados pelo espírito Dr. Dias da Cruz, através da psicofonia de Francisco Cândido Xavier e exarados no livro "instruções psicofônicas": dermatite atípica, dermatite de contato, coriza espasmódica, asma, edema, urticária, enxaqueca e alergia sérica (Cap XIX)

5 - Em havendo também outros sinais de obsessão, como se poderia interpretar o sono excessivo de que sofre grande parte dos obsedados?
R. Como resultante da carga fluídica pesada que os obsessores 'despejam' continuamente sobre a pessoa. O magnetismo favorece o desprendimento do perispírito. Consequentemente, o corpo adormece.

6 - Poderia haver outros motivos?
R. Sim. Se o indivíduo estiver sendo vampirizado, o corpo perde suas reservas de fluido vital e, enfraquecido, dorme para refazer-se. Todavia, nesse período em que não há resguardo vibratório por invigilância e desconhecimento do obsedado, poderá ter suas energias sugadas, ainda mais, pelo perseguidor.



7 - Que dizem alguns autores?
R. Que existe ainda a hipótese de sintonia mental e sentimental entre o obsessor e o obsedado, inclusive de caráter sexual (principalmente quando são de sexos diferentes), o que arrastaria de bom grado o obsedado para o sono, a fim de unir-se mais e melhor ao seu 'comparsa'.

8 - Que se passa com a mente do obsedado, em grande parte dos processos obsessivos?
R. A mente de alguém enovelado em processo obsessivo, geralmente não pára de trabalhar. Portanto, ocorre o cansaço mental. Esse trabalho é forçado por 'algo' que ele não pode controlar. Dia e noite a pessoa tem problemas, filosofa, busca argumentos, quer transmiti-los aos outros (geralmente para corrigir terceiros) procura quem possa escutar-lhes o raciocínio, liga um assunto ao outro, dando seqüência sem terminar qualquer deles, deixando-os aparentemente 'no ar', sem resolução. Refaz o caminho percorrido pelo raciocínio, milhares de vezes retorna ao ponto de partida, as soluções comparecem, mas sempre imperfeitas, não consegue resolver. É esse o panorama mental do obsedado.

(...)

13 - Outros sinais?
R. O arrastamento aos vícios. Os que formam dependência são os piores. (como o do álcool e dos tóxicos)



(...)

17 - Como seria impulsionado o perseguido?
R. Pela telepatia ou sugestão mental. O obsessor estabeleceria uma infiltração perniciosa sobre o sistema nervoso do obsedado. E, com o tempo, dominar-lhe-ia a mente, os pensamentos, a ação, a vontade.

18 - Nesses casos a cura é fácil ou difícil?
R. Muito difícil porque geralmente o doente nega-se a cooperar, apesar de não ter havido verdadeira alteração mental. Por isso, também é responsável. Dá-se uma permuta de afinidades. Trata-se de vampirismo de duas faces, ou melhor, de vampirismo duplo. Um desfruta o outro.



19 - Tais 'arrastamentos' poderiam resultar em quê ?
R. Em casos de adultério, prostituição, aberrações sexuais, incluindo homossexualismo.



20 - Que dizer daqueles que perdem a voz ?
R. Há obsedados que permanecem longo tempo sem o som vocal. Expressam-se normalmente, mas a voz não se faz ouvir.

21 - Ocorreriam casos mais graves, nesse sentido?
R. Geralmente tais fatos registram-se como processos de resgate (onde podem ser anotadas as presenças também de obsessores mas que nem sempre serão os verdadeiros causadores desses distúrbios de audição e fonação). Tratar-se-ia de pessoas que cometeram faltas graves por calúnia, difamação, etc.

22 - A que leva a obsessão por influência fluídica direta?
R. Ao desequilíbrio mental, (com conseqüências físicas posteriores), principalmente se esse bombardeiro fluídico se fizer sobre as regiões 'mais altas' do cérebro.

23- E o sugamento das energias ou vampirização?
R. Conduz ao enfraquecimento físico, com posterior desequilíbrio mental.

24 - Só esses sinais, já constituiriam a obsessão toda?
R. Não. Poderia cada um desses sintomas juntar-se a outras formas de perseguição.

25 - Como seriam elas?
R. Entraves materiais e perseguições sentimentais. De repente, tudo começa a ir para trás. Negócios, namoros, noivados, o próprio casamento. Se bem que grande parte dos fatos podem passar-se por nossa inabilidade na conduta da vida diária. É preciso conhecer todas as possibilidades.



26 - É verdade que se pode perceber as obsessões no início? Haveria indícios?
R. Sim. A mudança de uma tradicional maneira de ser. Por exemplo. Uma criatura que fosse naturalmente reservada e que de um momento para outro passasse a rir-se frequentemente, sem razão lógica e sem o resguardo habitual, além de querer fazer gracinhas tolas



27 - Só o riso? E quanto ao choro?
R. Com outras, poderia passar-se o oposto: as pessoas antes de bom ânimo, agora chorariam com freqüência, sem razão plausível, quer orgânica, psíquica ou moral.

(...)



33 - Os fanáticos encaixar-se-iam sob a mesma rotulação?
R. Sim, porque se revelam como força negativa. São os fascinados. Para impor seus pontos de vista e sua vontade, o fanático utiliza-se de meios impróprios. Peca pelos métodos, embora a intenção possa ser até positiva. Nesse caso, tal como ocorre no anteriormente descrito, são as pessoas que, demonstrando leviandade de caráter ou má educação, com comportamentos deficitários, praticamente abrem caminho para a ação de espíritos afins, os quais se aproveitam para se assenhorearem de suas vontades e passar a agirem, eles próprios no comando, quando então, de fascinados, passam a subjugados.



34 - Que é a fascinação?
R. Um estado obsessivo de grau mais avançado que o da obsessão simples. Pode atingir a um grupo todo e transformar-se, com freqüência, em obsessão coletiva.

35 - Qual o seu grau de perigo?
R. Muito grande porque, fascinadas, as criaturas perdem o senso crítico e tornam-se capazes de acreditar nos maiores absurdos que lhes impinge o 'guia' (falso). Núcleos e seitas particulares, isolados de contato com organizações maiores que os possam orientar, poderiam estar expostos a tais riscos. Também certos grupos espíritas, funcionando em casas particulares ou não, mas desligados de entidades maiores e mais experientes, que lhes ofereçam auxílio na estruturação e disciplina da prática doutrinária podem correr perigo de fascinação.

(...)



36 - É verdade que as obsessões são mais fortes nos possuidores de mediunidade?
R. Sim. Geralmente, são as obsessões que terminam por arrastar os médiuns iniciantes (desconhecedores de sua mediunidade) aos centros espíritas. Sem saber explicar a razão, os candidatos (inconscientes) à mediunidade, registram perturbações nervosas e até mentais, no desabrochar de suas sensibilidades. Segundo o Codificador, podem ocorrer obsessões também em pessoas não-portadoras de sensibilidade mediúnica.

37 - Toda obsessão indicaria que a pessoa precisa desenvolver a mediunidade?
R. Não, absolutamente. Todos os obsedados precisam evangelizar-se, com certeza. Mas nem todos poderão desenvolver a mediunidade. Para alguns casos, essa abertura dos canais mediúnicos significaria verdadeiro desastre. Mas isso não quer dizer que não devam conhecer a doutrina espírita. Essa questão é ponto pacífico e fundamental: o conhecimento do Espiritismo fortalece e equilibra todas as pessoas, com ou sem mediunidade.



(...)



74 - Como os médiuns videntes costumam enxergar o coronário do obsedado?
R. Visualizam, com freqüência, sobre ele uma nuvem fluídica negra, resultante da ligação mental do obsedado com o obsessor.

(...)

Jornal Boa Nova Banco de Dados Texto: BN05-17 Título: Obsessão e desobsessão Autor: A Redação Edição: 17 - Março - Abril de 1998







Formulamos algumas perguntas e respostas relacionadas à obsessão e desobsessão espiritual. Se você sofre de algum destes sintomas, procure seu médico e o auxílio de uma Casa Espírita. Saiba, devemos viver equilibradamente. Se vivermos fora da normalidade, alguma coisa está errada. Busquemos a solução, Deus nos criou para vivermos bem.




- O que é a obsessão ou perturbação espiritual?
A obsessão ou perturbação espiritual é a ação constante de um Espírito sobre uma pessoa encarnada. Esta ação inibi a vontade ou liberdade do ser de pensar e agir. Ela manifesta-se como uma depressão, angústia, nervosismo, visões estranhas e mais uma série de comportamentos que fogem à normalidade.




- Todas as vezes que sentimos estes sintomas é sinal que estamos sendo vítimas de uma obsessão?
Nem sempre. Há causas físicas que nos levam a sofrer destes mesmos sintomas. Não devemos achar que tudo é espiritual. O ideal é que consultemos um médico que nos pedirá exames como o eletroencefalograma e outros. Assim, estaremos comprovando se não temos algum problema físico. Paralelamente, devemos buscar o auxílio espiritual em uma casa que desenvolve um trabalho sério.




- Quando se fala em obsessão parece que estamos falando de algo novo. Muitos religiosos não acreditam na ação de um ser que já morreu. Há passagens bíblicas que comprovam que a obsessão sempre existiu?
Sim, sempre existiu, apesar de o estudo da obsessão ser uma coisa nova quando comparado com a história da humanidade. Podemos fazer uma comparação lógica: quando não sabíamos que a Terra era redonda há poucos séculos, não significava que ela tinha outro formato. Com a obsessão foi igual, apenas não tínhamos conhecimento. Há um século e meio ficamos sabendo que ela existe e tomamos conhecimento de suas nuanças. Isso graças ao trabalho da Codificação Espírita realizado por Allan Kardec, que veio trazer luz ao que o próprio Jesus fez e falou. Quanto há fatos bíblicos que comprovem a obsessão existem diversos. Um deles se encontra no evangelho de S. Marcos, cap. V, vers. de 1 a 20.
Narra Marcos que havia um homem que vivia entre os sepulcros e a muito tempo parecia um louco, pois não existia cadeia e nem correntes que podiam dominá-lo. Tendo se aproximado de Jesus que passava próximo do local onde ele vivia, foi logo perguntando: "Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes". Jesus vendo que por trás daquela aparente loucura existia um Espírito, imediatamente expulsa a entidade que diz chamar-se legião, pois eram em muitos.
O evangelista prossegue a narrativa dizendo que os Espíritos pedem para entrarem numa manada de porcos que estava próxima dali. Jesus permite e aquele homem fica curado. Há muitos outros trechos em que o Mestre expulsa os maus Espíritos. Jesus chamava-os de demônios, espíritos imundos, satanás, e nós os chamamos de Espíritos ou entidades, uma questão de palavras. Na verdade, são a mesma coisa.




- Se estes Espíritos ou Espíritos imundos como Jesus os chamava, habitam o mundo espiritual, quer dizer que podemos ser vítimas de uma obsessão a qualquer momento?
Não necessariamente. Só se instala uma obsessão quando ambas as partes estão sintonizadas entre si. Ou seja, temos total liberdade para agirmos como quisermos. Se temos uma boa conduta moral não há como um mau Espírito encontrar acesso em nossa vida, causando-nos algum mal espiritual. Ensina-nos a Doutrina Espírita com base no evangelho de Jesus que tudo que fazemos causa-nos algum resultado. Se temos o vício da bebida, por exemplo, estaremos sempre ao lado de pessoas que gostam de beber. É óbvio que nossas companhias espirituais sejam deste nível. Assim acontece com o violento, com o adúltero, com o desonesto etc.




- Qual o meio para nos libertarmos da obsessão?
Devemos mudar nossa conduta. Como se faz isso? Através de um esforço íntimo. Não basta só querer, temos que realizar. Se queremos viver bem devemos saber que nada e ninguém pode nos impedir. No entanto, esta certeza deve se fazer presente em nossa vida. A religião é quem pode nos oferecer condições. Toda religião Cristã traz bons ensinamentos. Busquemos aquela que mais temos afinidade. Analisemos se ali existe seriedade. Se o padre, o pastor ou o dirigente espírita têm amor na causa que abraçou. O que podemos afirmar é que o Centro Espírita tem meios e recursos para nos libertar das obsessões, das perturbações e o que é melhor, ensinar-nos a viver de forma a termos uma conduta que fará com que estejamos mais prevenidos contra estes ataques.




- Notamos que o Espiritismo tem um grande papel no campo das soluções das obsessões. Seria esta a função maior da Doutrina Espírita?
Não resta dúvida que ela ajuda na solução das obsessões. Porém, este auxílio prestado pela Doutrina Espírita é apenas uma conseqüência do seu trabalho de espiritualização. Seu papel principal é fazer o homem tomar consciência de seu verdadeiro objetivo neste mundo, ensinando-o a se conduzir melhor, transformando-o moralmente, preparando o ser para uma nova realidade, a do Espírito liberto de sua própria ignorância e do sofrimento causado por ela.

www.sitepalace.com/espiritismoehcristao/obsessao.html -

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