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28 novembro 2005
Umbral
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24 novembro 2005
Colônias Espirituais
Para saber mais leia : Nosso Lar- Chico Xavier, pelo espirito André Luiz. Cidade no Além- André Luiz Libertação- André Luiz Assine : Grupo de discussão Espírita Clara Luz clara_luz-subscribe@yahoogrupos.com.br Conheça: www.conscienciahumana.weblogger.com.br
Nosso Lar tem a forma de uma estrelade seis pontas, localizando-se a Governadoria no centro do círculo em que está inscrita a estrela.
NOSSO LAR(PLANO PILOTO)
Mencione-se, desde logo, que existem dois desenhos, o primeiro que abrange apenas a estrela, onde se localiza a Governadoria e os conjuntos habitacionais, inscritos dentro dela, destinados aos trabalhadores de cada Ministério; o segundo já engloba mais além, os conjuntos residenciais que, conquanto ainda afetos aos trabalhadores do Ministério, podem ser adquiridos por estes, através de "bonus-horas" e são suscetíveis de transmissão hereditária. Também nele se vê a grande muralha protetora da cidade
A cidade tem a forma de uma estrela de seis pontas, localizando-se a Governadoria no centro do círculo em que está inscrita a estrela.Da Governadoria partem as coordenadas que dividem a cidade em seis partes distintas, afetas, cada uma, ao mesmo número de organizações especializadas, em que desdobra a administração pública, representadas, como já se disse, pelos Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina.Assim, a cidade está dividida em seis módulos, cada um deles partindo da Governadoria, junto à qual se eleva a torre de cada ministério, configurando-se como um centro administrativo.À frente deles está a grande praça que os circunda e que, para que se avalie o seu tamanho, está apta para receber, comodamente, um milhão de pessoas. A médium (Heigorina Cunha) descreve-a como belíssima, como piso semelhante ao alabastro, com muitos bancos ao seu redor, sendo que, nos espaços em que se vê o encontro dos vários vértices das bases dos triângulos, por detrás dos bancos, existem fontes luminosas multicoloridas, e em torno delas, flores graciosas e delicadas.Além da praça temos os núcleos residenciais em forma de triângulo e que, como já se disse, se destinam aos trabalhadores de cada Ministério, sendo que os mais graduados residem mais próximos às praças e, portanto, ao centro administrativo. Essas casas pertencem à comunidade e se um trabalhador se transfere para outro Ministério, deve mudar-se também para residir junto ao seu local de trabalho. Os quadros que se vêem desenhados dentro do triângulo, e junto à muralha, são quadras onde se erguem as residências.Nos espaços que medeiam entre um núcleo habitacional e outro, seja e, direção à muralha, seja em direção ao núcleo correspondente ao Ministério vizinho, existem grandes parques arborizados onde se erguem outras construções que foram detalhadas na planta, destinados ao lazer ou serviços aos habitantes. Vê-se, por exemplo, no parque do Ministério da Regeneração, a locação do seu Parque Hospitalar; no Ministério da União Divina. o Bosque das Águas e, no Ministério da Elevação, o Campo da Música, todos referidos no livro Nosso Lar.Cada núcleo residencial é cortado, no centro, por ampla avenida arborizada que o liga à praça principal e à Governadoria, e que se inicia junto à muralha.Entre os núcleos em forma de triângulo e a muralha, estão os núcleos residenciais destinados aos Espíritos que, por seus méritos, podem adquirir suas casa mediante pagamento em bonus-hora, que é a unidade monetária padrão, correspondente a uma hora de trabalho prestado à comunidade. Estas casas, pertencendo aos que as adquiriram podem ser objeto de herança. Na planta aparecem umas poucas quadras, mas na verdade são muitas quadras, a perderem-se de vista e que se alongam até a muralha.Circundando toda a cidade, está a grande muralha protetora, onde se acham assestadas as baterias de proteção magnética, para defesa contra as arremetidas dos Espíritos inferiores, o que não deve estranhar porque, como sabemos, a cidade está situada numa esfera espiritual de transição, abrigando espíritos que ainda devem reencarnar.Por fora da muralha estão os campos de cultivo de vegetais destinados à alimentação pública.
A planta da cidade, no entanto, carece de medidas que nos propiciem uma exata compreensão de seu tamanho.Mas podemos imaginar sua magnitude pelas referências que André Luiz nos faz.É uma cidade amplamente disposta, para um milhão de habitantes.O "aeróbus", correndo numa velocidade que não permite fixar os detalhes da paisagem e com paradas de três em três quilômetros, demora quarenta minutos para ir da Praça da Governadoria até o Bosque das Águas, que está localizado na planta
Em síntese, é o que nos mostra o plano piloto da cidade, configurado na planta que nos veio ao conhecimento por intermediação de nossa irmã Heigorina Cunha.
Do livro "CIDADE NO ALÉM"Pelos Espíritos Lúcius e André Luiz,Médiuns: HEIGORINA CUNHA (desenhos da cidade via desdobramento) e FRANCISCO CÂNDIDO XAVIEREditora: IDE
Observações de André Luiz sobre "NOSSO LAR"
1 - O irmão Lucius fez quanto pôde, a fim de trazer, aos amigos domiciliados no Plano Físico, alguns aspectos de Nosso Lar, a colônia de trabalho e reeducação a que nos vinculamos na Espiritualidade, especialmente o plano piloto que lhe diz respeito.Para isso, encontrou a dedicação da médium Heigorina Cunha, na cidade de Sacramento, em Minas Gerais, no Brasil.
2 - Terá conseguido transmitir, minuciosamente, toda a imagem do vasto contexto residencial a que nos referimos?Decerto que não, mas estamos à frente de uma realização válida pelas formas e idéias básicas que o mencionado amigo alinhou, cuidadosamente, através do intercâmbio espiritual.
3 - Justo lembrar aqui os mapas que Cristóvão Colombo desenhou, por influência de Mentores e Amigos Espirituais, antes de desvelar a figura da América.Semelhantes esboços não continham a realidade total, no entanto, demonstram, até hoje, que o valoroso navegador apresentava a configuração do Novo Continente, em linhas essenciais.
4 - Convém esclarecer que Nosso Lar é uma colônia-cidade, habitada por homens e mulheres, jovens e adultos, que já se desvencilharam do corpo físico.Outras colônias-cidades espirituais, porém, existem, às centenas, em torno da Terra, obedecendo às leis que lhe regem os movimentos de rotação e translação.
5 - Nas colônias-cidades ou colônias-parques que gravitam em torno do Plano Físico, para domicílio transitório das inteligências desencarnadas, é natural que a luta do bem para extinguir o mal ou o desequilíbrio da mente, continue com as características que lhe conhecemos na Crosta da Terra.
ANDRÉ LUIZUberaba, 17 de junho de 1983.( Anotações recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier, em Uberaba, Minas Gerais)
20 novembro 2005
Molécula de Água X Som
Acima: Moléculas de Água ao brotar de sua nascente
Abaixo seguem respectivamente moléculas de água ao som das palavras ADMIRAÇÃO, OBRIGADO, VOZ DE ADOLPH HITLER e sob uma AMEAÇA DE MORTE.
Se um simples obrigado muda uma molécula de água, imaginem o que uma prece, palavras de amor, fraternidade, encorajamento, amizade, podem fazer percorrendo nosso corpo carregado de água. Se acontece fora do nosso corpo, ocorrerá dentro dele também, cada vez que agirmos com amor e retidão!
Mas convém lembrar que o inverso também ocorrerá com palavras ou sentimentos de ódio, inveja, vingança,etc. E é com isso que a gente pode adoecer, com água carregada de energia má e destrutiva. Muitas doenças começam a partir de nós! Contudo, se quisermos, tudo acabará a partir de nós também!
Assim sendo, Se água poluída faz mal à saúde, pensamentos e palavras ruins também o fazem!
10 novembro 2005
Ideoplastia
(Luiz Gonzaga Pinheiro)
Já existem provas reais de que o pensamento constrói e destrói, mes mo em nosso meio material. Não somente o nosso pensamento desenvolvido e consciente de homens, mas igualmente os instintos agressivos e direcionados dos animais podem forçar desarmonias físicas entre os semelhantes. Pesquisadores ingleses, com a finalidade de comprovar ou não o efeito do mau-olhado, fizeram a seguinte experiência: colocaram dóceis ratinhos de cidade bem próximos de ratos selvagens, muito embora, fora do alcance físico. Obstaculizados materialmente de agredir os ratinhos estranhos, os ratos selvagens realizaram atitudes de intimidação, enviando olhares agressivos e ameaçadores. Embora sem sofrer um simples arranhão, sem possibilidade de qualquer contato físico, os ratinhos urbanos acabaram por cair mortos. Submetidos a autópsias, os ratinhos assassinados com simples olhares mostravam glândulas supra-renais dilatadas, sinal evidente de violenta pressão nervosa emocional. O mau-olhado dos ratos selvagens contra os ratos da cidade provou que é possível a agressão através do simples olhar, quando este canaliza o ódio ou qualquer outro sentimento menos digno. E se em animais pequenos pode causar até a morte, em organismos mais evoluídos, tais como os humanos, pode causar uma série de contratempos que os estudiosos dos fluídos souberam identificar. Muitas vezes já ouvi falar de pessoas que matam plantas com o olhar e fazem adoecer crianças e até animais com seu fluido nocivo.
O estudo dos fluidos, a maneira como eles são direcionados pela força mental, suas relações com o perispírito e a influência moral comandando todo esse cenário, não deixam dúvidas quanto à possibilidade de ocorrência de tais fatos. Não é o simples olhar, aliado à mecânica do pensar, que impulsiona o fluido em uma direção qualquer? O ser humano é em essência aquilo que reside em seu coração. E sendo os olhos as janelas da alma, eles lançam do que lá existe, direcionando pela força do pensamento, sobre o que projetam. Sabemos que o fluido pode ser dirigido pelo pensamento ou como que aspirado por vontade firme. No caso a que nos reportamos, mau-olhado, uma criança, animal ou vegetal, não poderiam desejar absorver tais fluidos; resta-nos concluir que, consciente ou inconscientemente, o fluido foi dirigido do emissor por sua vontade ou à sua revelia. Mencionamos tais casos para que o leitor possa entender a importância do pensamento na modelagem do meio ambiente, como na própria estrutura anatômica-fisiológica do perispírito. Como o que é essencialmente bom nada tem de mau, quando pensamos no bem com intensidade, materializamos no meio externo (ambiente) e interno (perispírito) os efeitos do nosso pensamen to, que se fazem visíveis para aqueles que os sintonizem. Os bons pensamentos são portadores de luminosidade emanada do perispírito que a difundiu, sendo que esta interfere no ambiente em que foi gerada. Através dessa materialização do pensamento, dessas formas benéficas ou hostis modeladas, é que os Espíritos, observando os raios das cores formadas, a harmonia das formas e a lucidez do quadro gerado, determinam o grau de evolução ou de inferioridade daquele que modificou o ambiente com suas próprias criações.
O estado evolutivo do Espírito é também detectado mediante observação do seu perispírito, que apresentando características físicas, tais como cores, vestimenta, luminosidade ou obscuridade, materialidade maior ou menor, funciona qual cartão identificativo do seu padrão moral-intelectual.
No livro "A Vida Além do Véu", do Ver. G. Vale Owen, o autor pede a su a mãe um exemplo ilustrativo sobre o poder do pensamento, no que é atendido com a seguinte descrição: "Uma falange de amigos e eu, que estávamos sendo instruídos nesse assunto, encontramo-nos, e para conhecer o grau do nosso progresso, resolvemos fazer uma experiência para esse fim. Procuramos u ma clareira no centro de um belo bosque e, como prova, resolvemos todos desejar uma certa e determinada coisa para ver se conseguiríamos. Escolhemos a reprodução de um fenômeno em terreno descampado, cujo efeito fosse tão sólido e permanente que nos permitisse examiná-lo depois. Seria a estátua de um grande animal, mais ou menos como um elefante, porém, um pouco diferente; um animal que possuímos aqui, mas que deixou de habitar a sua terra. Todos nos sentamos em volta do terreno aberto e concentramos a nossa vontade no objeto que deveria ser reproduzido. Bem depressa ele apareceu e ficou ali diante de nós. Admiramo-nos muito da rapidez do resultado. Mas, debaixo do nosso ponto de vista, havia dois defeitos: era grande demais, pois haví amos deixado de combinar as nossas vontades na proporção adequada. Parecia muito mais com um animal vivo do que com uma estátua, porque muitos tinham pensado em um animal vivo, assim como na sua cor, e desse modo o resultado foi uma mistura de carne e pedra. Muitos pontos, também, estavam desproporcionais: a cabeça era grande demais e o corpo muito pequeno, e assim por diante, mostrando que maior força fora concentrada em algumas partes mais do que em outras. É assim que chegamos a conhecer as nossas imperfeições e a maneira de corrigi-las em nossos estudos. Ensaiamos, examinamos o resultado, e tornamos a experimentar. Assim fizemos agora. Desprendendo a nossa atenção da estátua obtida e conversando, ela pouco a pouco se desfez. Estávamos então preparados para nova experiência. Resolvemos não escolher o mesmo modelo, por isso, dessa vez escolhemos uma árvore com frutos, algum tanto parecida com uma laranjeira. Fomos mais felizes. O principal defeito era estarem alguns frutos maduros e outros verdes. As folhas não estavam convenientemente coloridas nem os galhos em proporção. Sucessivamente experimentamos um objeto após o outro, melhorando um pouco de cada vez. Imagine a alegria que reinava com tais estudos e as gargalhadas provocadas pelos nossos enganos."
Podemos dizer que a modelagem, a criação do ambiente espiritual com tudo quanto nele existe, é produto da criação mental dos Espíritos, que o fazem proporcionalmente a seu estado mental-moral-intelectual. O Espírito pode mentalizar uma flor e materializá-la no ambiente. Mas pode ser que esta seja apenas uma forma, sem a estrutura molecular e celular típica de uma flor. Apresente perfume, colorido e outros detalhes, mas, examinada por um técnico, este poderá constatar a ausência e elementos celulares funcionais, a inexistência dos gametas reprodutores e, mesmo existindo tais estruturas, a disposição genética, a informação que deveria constar em cada gene, não se apresente. Pode ocorrer também que a flor, sendo hermafrodita, ou seja, possuindo ambas as células reprodutoras, masculina e feminina, estas não tenham uma via de acesso para o encontro, dificultando a reprodução da espécie. Caso o construtor ou plasmador não tenha conhecimentos de Botânica, incorrerá em numerosas falhas, tais como: vasos condutores inadequados, fechamento de estigma, ausência do núcleo geratriz de pólen, e seriam tantos os desacertos que o técnico diria não tratar-se de uma flor o objeto em análise. O pensamento modela as formas com perfeição, beleza e utilidade, sempre obedecendo ao estado evolutivo de cada indivíduo. É por esse motivo que, para as grandes construções, grupos de Espíritos treinados para esse oficio, com a dignidade e a sapiência que a evolução lhes outorgou, se reú nem em somatório harmônico de pensamentos, no que materializam escolas, reformatórios, hospitais, colônias, como parte da divindade que Deus lhes permitiu atingir, por constante e crescente esforço próprio.
Igualmente, as entidades inferiores e brutalizadas, criam seus ambientes, plasmando neles o produto doentio de suas mentes, mesmo ignorando, como ocorre freqüentemente, serem os arquitetos do inferno onde habitam. A mente, conturbada por agentes nocivos, imprime no ambiente toda a deformação de que é portadora, no fenômeno da exteriorização daquilo que lhe é íntimo. O pensamento traumatizado do suicida, que tem gravado em si o ato final e trágico do suicídio, é reproduzido no ambiente com cores vivas, qual fita cinematográfica parada, tornando-se ele criador do quadro do suicida, um espectador desesperado do seu próprio infortúnio. Reunidos tais Espíritos pela lei da correspondência vibratória, cri am seus infernos, onde todos participam do sofrimento de todos, pois as cenas gravadas no espaço, dos diversos tipos de suicídio, mais os assustam e atemorizam. O mesmo acontece aos criminosos, aos avarentos, aos portadores de viciações várias.
Yvonne Pereira nos relata em seu livro "Devassando o Invisível" que visitara, em desdobramento, cerca de dez entidades em pequeno e miserável compartimento, em promiscuidade chocante. Essas entidades enfermas, conscientes de suas culpas, cercavam-se de visões por elas criadas no ambiente, que consistiam em lutas corporais, contendas, assaltos, seduções de menores, roubos, assassinatos, obsessões, suicídios.. .. O solo do compartimento apresentava-se encharcado de sangue e humores fétidos. Apesar de a porta permanecer aberta, não logravam a fuga, por ter de passar pelo terreno adiante, onde viam erguer-se da lama sanguinolenta mãos humanas súplices, cabeças desgrenhadas, olhos aterrorizados, cadáveres estirados, braços, pernas, enfim, uma visão macabra que nenhum filme de horror, por mais assustador, conseguiria exprimir com fidelidade. Uma velha negra que velava tais entidades, ao servir-lhes comida, repasto ornado de legumes e hortaliças, era tomada de imensa piedade, quando estes repudiavam os pratos, atirando-os à distância, no que choravam e se lamentavam. Por ação de suas mentes viciadas, abrigando as visões dos quadros deprimentes dos quais foram autores, ao olharem os pratos imprimiam neles as suas criações mentais de orelhas, línguas, olhos, corações, pés, postas de carne humana, em substituição aos legumes e hortaliças, criações mentais da velha guardiã. A médium, em conversação com a negra, ouve desta a seguinte afirmativa: "Todo o ambiente que distingues aqui, minha irmã, excetuando-se a cozinha, é criação mental vibratória destes dez criminosos". Ainda nesse livro, a médium, ouvindo do seu amigo Frederic Chopin, a execução de uma triste melodia no piano, assistiu maravilhada à modificação do ambiente, no que foi se transformando em árvores terrenas, estradas tristes, casario modesto, lembrando aldeia de padrão europeu. Ao descrever o evento, Yvonne Pereira diz: "Tão intensamente se impunha esse panorama à nossa perspectiva, que tivemos a sensação de caminhar por uma estrada que - tínhamos certeza - iria findar em local determinado". O Espírito Charles apressa-se em explicar-lhe que são paisagens da antiga Polônia, que Chopin gosta de recordar e reter, tornando-as presentes, aprofundando-se mentalmente pelo passado.
Do exposto, podemos concluir que:
1) O pensamento age sobre os fluidos, aglutinando-os, dispersando-os, dando-lhes formas, cores, funções e qualidades;
2) Ao agir sobre o meio, torna-se agente modelador das formas ambientais e do próprio perispírito (bem como de outros, qual ocorre no magnetismo e em particular no hipnotismo), de vez que este possui intensa plasticidade, obedecendo ao comando mental que o dirige;
3) Essa ação modeladora ocorre consciente ou inconscientemente, sendo que a duração daquilo que foi plasmado vai depender da persistência e da intensidade do pensamento;
4) A harmonia, a nitidez, a estética, a perfeição, a complexidade e a destinação do que é moldado dependem da evolução do Espírito que gerou pensamento;
5) As mentes desarmonizadas, trazendo remorsos, culpas, traumas, transmitem o teor do pensamento para o ambiente, no que geram regiões infernais, que persistem enquanto alimentadas;
6) Alguns amputados conservam após o desencarne suas amputações, por desconhecerem que poderiam reconstituir mentalmente seus perispíritos, ou por não possuírem condições mentais e/ou morais, para tal operação plástica;
7) O Espírito, a depender de sua evolução, pela ação do pensamento, pode fazer alimentos, vestimentas, habitações, utensílios, medicamentos e tudo quanto desejar, conquanto haja potência para tal em seu pensar e amor em seu coração.
Concluímos ainda que o Espírito é responsável pelo peso específico do seu perispírito. Viciando sua mente em pensamentos enfermiços, este se adensa sob a aderência dos fluidos tóxicos, canalizados ao longo dos anos ou das encarnações para a sua tessitura. Isso o fará demorar-se em regiões compatíveis com o seu estado, de onde só sairá quando, através de renovada atuação voltada para o bem, gradativamente se libere do lastro fluí dico que acumulou. É então que, desvencilhando-se da habitual inferioridade, vestir-se-á de luz e alçará às vastidões cósmicas, só penetráveis por aqueles cuja senha é a superioridade. Destes é que Jesus falava quando dizia "O Espírito sopra onde quer e vai aonde quer". O perispírito, portanto, não admite maquilagem outra para alindar-se senão a do amor, divino cosmético de beleza eterna.
[Do livro "O Perispírito e Suas Modelações - ARTIGOS]
25 outubro 2005
Carta Escrita em 2070
Documento extraído da revista biográfica "Crónicas de los Tiempos" de abril de 2002.
Um exercício de imaginação, que está para além da ficção. Preocupante por vermos que diariamente se desperdiça um recurso tão importante e que não é inesgotável.
Ano 2070. Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém com 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo quando tinha cinco anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro.. . Agora usamos toalhas de azeite mineral para limpar a pele. Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água. Antes, o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje, os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava - pensávamos que a água jamais podia acabar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão Irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes, a quantidade de água indicada como ideal para beber eram oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo e tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado já que as redes de esgotos não se usam por falta de água. A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele provocadas pelos raios ultravioletas que já não tem a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. A industria está paralisadas e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-nos em agua potável os salários.Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40. Os cientistas investigam, mas não parece haver solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores e isso ajuda a diminuir o coeficiente intelectual das novas gerações. Alterou-se também a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos e como conseqüência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações. O governo cobra-nos pelo ar que respiramos (137 m3 por dia por habitante adulto). As pessoas que não podem pagar são retiradas das "zonas ventiladas". Estas estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam a energia solar. Embora não sendo de boa qualidade, pode-se respirar. A idade média é de 35 anos.Em alguns países existem manchas de vegetação normalmente perto de um rio, que é fortemente vigiado pelo exercito. A água tornou-se num tesouro muito cobiçado - mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui não há arvores, porque quase nunca chove e quando se registra precipitação, é chuva ácida. As estações do ano tem sido severamente alteradas pelos testes atômicos. Advertiam-nos que devíamos cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente, ela pergunta-me: Papá! Porque se acabou a água? Então, sinto um nó na garganta; não deixo de me sentir culpado, porque pertenço à geração que foi destruindo o meio ambiente ou simplesmente não levamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível. Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto, quando ainda podíamos fazer algo para salvar ao nosso planeta terra!
15 outubro 2005
A Gênese - OS FLUIDOS
OS FLUIDOS
I. Natureza e propriedades dos fluidos: Elementos fluídicos. - Formação e propriedades do perispírito. - Ação dos Espíritos sobre os fluidos; criações fluídicas; fotografia do pensamento. - Qualidades dos fluidos. - II. Explicação de alguns fenômenos considerados sobrenaturais: Vista espiritual ou psíquica; dupla vista; sonambulismo. - Sonhos. - Catalepsias; ressurreições. - Curas. - Aparições; transfigurações. - Manifestações materiais; mediunidade. - Obsessões e possessões.
I. NATUREZA E PROPRIEDADES DOS FLUIDOS
Elementos fluídicos
1. - A Ciência resolveu a questão dos milagres que mais particularmente derivam do elemento material, quer explicando-os, quer lhes demonstrando a impossibilidade, em face das leis que regem a matéria. Mas, os fenômenos em que prepondera o elemento espiritual, esses, não podendo ser explicados unicamente por meio das leis da Natureza, escapam às investigações da Ciência. Tal a razão por que eles, mais do que os outros, apresentam os caracteres aparentes do maravilhoso. É, pois, nas leis que regem a vida espiritual que se pode encontrar a explicação dos milagres dessa categoria.
2. - O fluido cósmico universal é, como já foi demonstrado, a matéria elementar primitiva, cujas mo274 dificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza. (Cap. X.) Como princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos: o de eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto intermédio é o da transformação do fluido em matéria tangível. Mas, ainda aí, não há transição brusca, porquanto
podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo médio entre os dois estados. (Cap. IV, nos 10 e seguintes.)
Cada um desses dois estados dá lugar, naturalmente, a fenômenos especiais: ao segundo pertencem os do mundo visível e ao primeiro os do mundo invisível. Uns, os chamados fenômenos materiais, são da alçada da Ciência propriamente dita, os outros, qualificados de fenômenos espirituais ou psíquicos, porque se ligam de modo especial à existência dos Espíritos, cabem nas atribuições do Espiritismo. Como, porém, a vida espiritual e a vida corporal se acham incessantemente em contacto, os fenômenos das duas categorias muitas vezes se produzem simultaneamente. No estado de encarnação, o homem somente pode perceber os fenômenos psíquicos que se prendem à vida corpórea; os do domínio espiritual escapam aos sentidos materiais e só podem ser percebidos no estado de Espírito.
3. - No estado de eterização, o fluido cósmico não é uniforme; sem deixar de ser etéreo, sofre modificações tão variadas em gênero e mais numerosas talvez do que no estado de matéria tangível. Essas modificações constituem fluidos distintos que, embora procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais e dão lugar aos fenômenos peculiares ao mundo invisível.
Dentro da relatividade de tudo, esses fluidos têm para os Espíritos, que também são fluídicos, uma aparência tão material, quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados e são, para eles, o que são para nós as substâncias do mundo terrestre. Eles os elaboram e combinam para produzirem
determinados efeitos, como fazem os homens com os seus materiais, ainda que por processos diferentes.
Lá, porém, como neste mundo, somente aos Espíritos mais esclarecidos é dado compreender o papel que desempenham os elementos constitutivos do mundo onde eles se acham. Os ignorantes do mundo invisível são tão incapazes de explicar a si mesmos os fenômenos a que assistem e para os
quais muitas vezes concorrem maquinalmente, como os ignorantes da Terra o são para explicar os efeitos da luz ou da eletricidade, para dizer de que modo é que vêem e escutam.
4. - Os elementos fluídicos do mundo espiritual escapam aos nossos instrumentos de análise e à percepção dos nossos sentidos, feitos para perceberem a matéria tangível e não a matéria etérea. Alguns há, pertencentes a um meio diverso a tal ponto do nosso, que deles só podemos fazer idéia mediante comparações tão imperfeitas como aquelas mediante as quais um cego de nascença procura fazer idéia da teoria das cores.
Mas, entre tais fluidos, há os tão intimamente ligados à vida corporal, que, de certa forma, pertencem ao meio terreno. Em falta de observação direta, seus efeitos podem observar-se, como se observam os do fluido do imã, fluido que jamais se viu, podendo-se adquirir sobre a natureza deles conhecimentos de alguma precisão. É essencial esse estudo, porque está nele a chave de uma imensidade de fenômenos que não se conseguem explicar unicamente com as leis da matéria.
5. - A pureza absoluta, da qual nada nos pode dar idéia, é o ponto de partida do fluido universal; o ponto oposto é o em que ele se transforma em matéria tangível. Entre esses dois extremos, dão-se inúmeras transformações, mais ou menos aproximadas de um e de outro. Os fluidos mais próximos da materialidade, os menos puros, conseguintemente, compõem o que se pode chamar a atmosfera espiritual da Terra. É desse meio, onde igualmente vários são os graus de pureza, que os Espíritos encarnados e desencarnados, deste planeta, haurem os elementos necessários à economia de suas existências. Por muito sutis e impalpáveis que nos sejam esses fluidos, não deixam por isso de ser de natureza grosseira, em comparação com os fluidos etéreos das regiões superiores.
O mesmo se dá na superfície de todos os mundos, salvo as diferenças de constituição e as condições de vitalidade próprias de cada um. Quanto menos material é a vida neles, tanto menos afinidades têm os fluidos espirituais com a matéria propriamente dita. Não é rigorosamente exata a qualificação de fluidos espirituais, pois que, em definitiva, eles são sempre matéria mais ou menos quintessenciada. De realmente espiritual, só a alma ou princípio inteligente. Dá-se-lhes essa denominação por comparação apenas e, sobretudo, pela afinidade que eles guardam com os Espíritos. Pode dizer-se que são a matéria do mundo
espiritual, razão por que são chamados fluidos espirituais.
6. - Quem conhece, aliás, a constituição íntima da matéria tangível? Ela talvez somente seja compacta em relação aos nossos sentidos; prová-lo-ia a facilidade com que a atravessam os fluidos espirituais e os Espíritos, aos quais não oferece maior obstáculo, do que o que os corpos transparentes oferecem à luz.
Tendo por elemento primitivo o fluído cósmico etéreo, à matéria tangível há de ser possível, desagregando-se, voltar ao estado de eterização, do mesmo modo que o diamante, o mais duro dos corpos, pode volatilizar-se em gás impalpável.
Na realidade, a solidificação da matérianão é mais do que um estado transitório do fluido universal, que pode volver ao seu estado primitivo, quando deixam de existir as condições de coesão.
Quem sabe mesmo se, no estado de tangibilidade, a matéria não é suscetível de adquirir uma espécie de eterização que lhe daria propriedades particulares? Certos fenômenos, que parecem autênticos, tenderiam a fazer supô-lo. Ainda não conhecemos senão as fronteiras do mundo invisível; o porvir, sem dúvida, nos reserva o conhecimento de novas leis, que nos permitirão compreender o que se nos conserva em mistério.
7. - O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma. Já vimos que também o corpo carnal tem seu princípio de origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível. No perispírito, a transformação molecular se opera diferentemente, porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etéreas. O corpo perispirítico e o corpo carnal têm pois origem no mesmo elemento primitivo; ambos são matéria, ainda que em dois estados diferentes.
8. - Do meio onde se encontra é que o Espírito extrai o seu perispírito, isto é, esse envoltório ele o forma dos fluidos ambientes. Resulta daí que os elementos constitutivos do perispírito naturalmente variam, conforme os mundos. Dando-se Júpiter como orbe muito adiantado em comparação com a Terra, como um orbe onde a vida corpórea não apresenta a materialidade da nossa, os envoltórios perispirituais hão de ser lá de natureza muito mais quintessenciada do que aqui. Ora, assim como não poderíamos existir naquele mundo com o nosso corpo carnal, também os nossos Espíritos não poderiam nele penetrar com o perispírito terrestre que os reveste. Emigrando da Terra, o Espírito deixa aí o seu invólucro fluídico e toma outro apropriado ao mundo onde vai habitar.
9. - A natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. Os Espíritos inferiores não podem mudar de envoltório a seu bel-prazer, pelo que não podem passar, a vontade, de um mundo para outro. Alguns há, portanto, cujo envoltório fluídico, se bem que etéreo e imponderável com relação à matéria tangível, ainda é por demais pesado, se assim nos podemos exprimir, com relação ao mundo espiritual, para não permitir que eles saiam do meio que lhes é próprio. Nessa categoria se devem incluir aqueles cujo perispírito é tão grosseiro, que eles o confundem com o corpo carnal, razão por que continuam a crer-se vivos. Esses Espíritos, cujo número é avultado, permanecem na superfície da Terra, como os encarnados, julgando-se entregues às suas ocupações terrenas. Outros um pouco mais desmaterializados não o são, contudo, suficientemente, para se elevarem acima das regiões terrestres.
Os Espíritos superiores, ao contrário, podem vir aos mundos inferiores, e, até, encarnar neles. Tiram, dos elementos constitutivos do mundo onde entram, os materiais para a formação do envoltório fluídico ou carnal apropriado ao meio em que se encontrem. Fazem como o nobre que despe temporariamente suas vestes, para envergar os trajes plebeus, sem deixar por isso de ser nobre.
10. - A camada de fluidos espirituais que cerca a Terra se pode comparar às camadas inferiores da atmosfera, mais pesadas, mais compactas, menos puras, do que as camadas superiores. Não são homogêneos esses fluidos; são uma mistura de moléculas de diversas qualidades, entre as quais necessariamente se encontram. as moléculas elementares que lhes formam a base, porém mais ou menos alteradas. Os efeitos que esses fluidos produzem estarão na razão da soma das partes puras que eles encerram. Tal, por comparação, o álcool retificado, ou misturado, em diferentes proporções, com água ou outras substâncias: seu peso específico aumenta, por efeito dessa mistura, ao mesmo tempo que sua força e sua inflamabilidade diminuem, embora no todo continue a haver álcool puro.
Os Espíritos chamados a viver naquele meio tiram dele seus perispíritos; porém, conforme seja mais ou menos depurado o Espírito, seu perispírito se formará das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele encarna. O Espírito produz aí, sempre por comparação e não por assimilação, o efeito de um reativo químico que atrai a si as moléculas que a sua natureza pode assimilar.
Resulta disso este fato capital: a constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a circunda. O mesmo já não se dá com o corpo carnal, que, como foi demonstrado, se forma dos mesmos elementos, qualquer que seja a superioridade ou a inferioridade do Espírito. Por isso, em todos, são os mesmos os efeitos que o corpo produz, semelhantes as necessidades, ao passo que diferem em tudo o que respeita ao perispírito.
Também resulta que: o envoltório perispirítico de um Espírito se modifica com o progresso moral que este realiza em cada encarnação, embora ele encarne no mesmo meio; que os Espíritos superiores, encarnando excepcionalmente, em missão, num mundo inferior, têm perispírito menos grosseiro do que o dos indígenas desse mundo.
11. - O meio está sempre em relação com a natureza dos seres que têm de nele viver: os peixes, na água; os seres terrestres, no ar; os seres espirituais no fluido espiritual ou etéreo, mesmo que estejam na Terra. O fluido etéreo está para as necessidades do Espírito, como a atmosfera para as dos encarnados.
Ora, do mesmo modo que os peixes não podem viver no ar; que os animais terrestres não podem viver numa atmosfera muito rarefeita para seus pulmões, os Espíritos inferiores não podem suportar o brilho e a impressão dos fluidos mais etéreos. Não morreriam no meio desses fluidos, porque o Espírito não morre, mas uma força instintiva os mantêm afastados dali, como a criatura terrena se afasta de um fogo muito ardente ou de uma luz muito deslumbrante. Eis aí por que não podem sair do meio que lhes é apropriado à natureza; para mudarem de meio, precisam antes mudar de natureza, despojar-se dos instintos materiais que os retêm nos meios materiais; numa palavra, que se depurem e moralmente se transformem. Então, gradualmente se identificam com um meio mais depurado, que se lhes torna uma necessidade, como os olhos, para quem viveu longo tempo nas trevas, insensivelmente se habituam à luz do dia e ao fulgor do Sol.
12 - Assim, tudo no Universo se liga, tudo se encadeia; tudo se acha submetido à grande e harmoniosa lei de unidade, desde a mais compacta materialidade, até a mais pura espiritualidade. A Terra é qual vaso donde se escapa uma fumaça densa que vai clareando à medida que se eleva e cujas parcelas rarefeitas se perdem no espaço infinito. A potência divina refulge em todas as partes desse grandioso conjunto e, no entanto, quer-se que Deus, não contente com o que há feito, venha perturbar essa harmonia! que se rebaixe ao papel de mágico, produzindo efeitos pueris,dignos de um prestidigitador! E ousa-se, ainda por cima, dar-lhe como rival em habilidade o próprio Satanás! Não haveria modo de amesquinhar mais a majestade divina e admiram-se de que a incredulidade progrida.
Tendes razão de dizer: «A fé vai-se.» Mas, a que se vai é a fé em tudo o que aberra do bom-senso e da razão; é a fé idêntica à que outrora levava a dizerem: «Vão-se os deuses!» A fé, porém, nas coisas sérias, a fé em Deus e na imortalidade, essa está sempre vivaz no coração do homem e, por mais sufocada que tenha sido sob o amontoado de histórias pueris com que a oprimiram, ela se reerguerá mais forte, desde que se sinta libertada, tal como a planta que, comprimida, se levanta de novo, logo que a banham os raios do Sol! Efetivamente, tudo é milagre em a Natureza, porque tudo é admirável e dá testemunho da sabedoria divina! Esses milagres se patenteiam a toda gente, a todos os que têm olhos de ver e ouvidos de ouvir e não em proveito apenas de alguns! Não! milagres não há no sentido que comumente emprestam a essa palavra, porque tudo decorre das leis eternas da criação, leis essas perfeitas.
Ação dos Espíritos sobre os fluidos. - Criações fluídicas. - Fotografia do pensamento
13. - Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem dizer, a atmosfera dos seres espirituais; o elemento donde eles tiram os materiais sobre que operam; o meio onde ocorrem os fenômenos especiais, perceptíveis à visão e à audição do Espírito, mas que escapam aos sentidos carnais, impressionáveis somente à matéria tangível; o meio onde se forma a luz peculiar ao mundo espiritual, diferente, pela causa e pelos efeitos da luz ordinária; finalmente, o veículo do pensamento, como o ar o é do som.
14. - Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.
Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um pensamento inconsciente. Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para que esta repercuta na atmosfera.
É assim, por exemplo, que um Espírito se faz visível a um encarnado que possua a vista psíquica, sob as aparências que tinha quando vivo na época em que o segundo o conheceu, embora haja ele tido, depois dessa época, muitas encarnações. Apresenta-se com o vestuário, os sinais exteriores - enfermidades, cicatrizes, membros amputados, etc. - que tinha então. Um decapitado se apresentará sem a cabeça. Não quer isso dizer que haja conservado essas aparências, certo que não, porquanto, como Espírito, ele não é coxo, nem maneta, nem zarolho, nem decapitado; o que se dá é que, retrocedendo o seu pensamento à época em que tinha tais defeitos, seu perispírito lhes toma instantaneamente as aparências, que deixam de existir logo que o mesmo pensamento cessa de agir naquele sentido. Se, pois, de uma vez ele foi negro e branco de outra, apresentar-se-á como branco ou negro, conforme a encarnação a que se refira a sua evocação e à que se transporte o seu pensamento.
Por análogo efeito, o pensamento do Espírito cria fluidicamente os objetos que ele esteja habituado a usar. Um avarento manuseará ouro, um militar trará suas armas e seu uniforme, um fumante o seu cachimbo, um lavrador a sua charrua e seus bois, uma mulher velha a sua roca. Para o Espírito, que é, também ele, fluídico, esses objetos fluidicos são tão reais, como o eram, no estado material, para o homem vivo; mas, pela razão de serem criações do pensamento, a existência deles é tão fugitiva quanto a deste.
15. - Sendo os fluidos o veículo do pensamento, este atua sobre os fluidos como o som sobre o ar; eles nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som.. Pode-se pois dizer, sem receio de errar, que há, nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros.
Há mais: criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa. Tenha um homem, por exemplo, a idéia de matar a outro: embora o corpo material se lhe conserve impassível, seu corpo fluídico é posto em ação pelo pensamento e reproduz todos os matizes deste último; executa fluidicamente o gesto, o ato que intentou praticar. O pensamento cria a imagem da vítima e a cena inteira é pintada, como num quadro, tal qual se lhe desenrola no espírito.
Desse modo é que os mais secretos movimentos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo. Contudo, vendo a intenção, pode ela pressentir a execução do ato que lhe será a consequência, mas não pode determinar o instante em que o mesmo ato será executado, nem lhe assinalar os pormenores, nem, ainda, afirmar que ele se dê, porque circunstâncias ulteriores poderão modificar os planos assentados e mudar as disposições. Ele não pode ver o que ainda não esteja no pensamento do outro; o que vê é a preocupação habitual do indivíduo, seus desejos, seus projetos, seus desígnios bons ou maus.
Qualidades dos fluidos
16. - Tem conseqüências de importância capital e direta para os encarnados a ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais. Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as propriedades, é evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar, modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Os fluidos que envolvem os Espíritos maus, ou que estes projetam são, portanto, viciados, ao passo que os que recebem a influência dos bons Espíritos são tão puros quanto o comporta o grau da perfeição moral destes.
17. - Fora impossível fazer-se uma enumeração ou classificação dos bons e dos maus fluidos, ou especificar-lhes as respectivas qualidades, por ser tão grande quanto a dos pensamentos a diversidade deles.
Os fluidos não possuem qualidades sui generis, mas as que adquirem no meio onde se elaboram; modificam-se pelos eflúvios desse meio, como o ar pelas exalações, a água pelos sais das camadas que atravessa. Conforme as circunstâncias, suas qualidades são, como as da água e do ar, temporárias ou permanentes, o que os torna muito especialmente apropriados à produção de tais ou tais efeitos.
Também carecem de denominações particulares. Como os odores, eles são designados pelas suas propriedades, seus efeitos e tipos originais. Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de ódio, de inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de violência, de hipocrisia, de bondade, de benevolência, de amor, de caridade, de doçura, etc. Sob o aspecto físico, são excitantes, calmantes, penetrantes, adstringentes, irritantes, dulcificantes, soporíficos, narcóticos, tóxicos, reparadores, expulsivos; tornam-se força de transmissão, de propulsão, etc. O quadro dos fluidos seria, pois, o de todas as paixões, das virtudes e dos vícios da Humanidade e das propriedades da matéria, correspondentes aos efeitos que eles produzem.
18. - Sendo apenas Espíritos encarnados, os homens têm uma parcela da vida espiritual, visto que vivem dessa vida tanto quanto da vida corporal; primeiramente, durante o sono e, muitas vezes, no estado de vigília. O Espírito, encarnado, conserva, com as qualidades que lhe são próprias, o seu perispírito que, como se sabe, não fica circunscrito pelo corpo, mas irradia ao seu derredor e o envolve como que de uma atmosfera fluídica.
Pela sua união íntima com o corpo, o perispírito desempenha preponderante papel no organismo. Pela sua expansão, põe o Espírito encarnado em relação mais direta com os Espíritos livres e também com os Espíritos encarnados.
O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.
Desde que estes se modificam pela projeção dos pensamentos do Espírito, seu invólucro perispirítico, que é parte constituinte do seu ser e que recebe de modo direto e permanente a impressão de seus pensamentos, há de, ainda mais, guardar a de suas qualidades boas ou más. Os fluidos viciados pelos eflúvios dos maus Espíritos podem depurar-se pelo afastamento destes, cujos perispíritos, porém, serão sempre os mesmos, enquanto o Espírito não se modificar por si próprio.
Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansão e sua irradiação, o perispírito com eles se confunde.
Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre oorganismo material com que se achaem contacto molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas;não é outra a causa de certas enfermidades.
Os meios onde superabundam os maus Espíritos são, pois, impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve pelos poros perispiríticos, como absorve pelos poros do corpo os miasmas pestilenciais.
19. - Assim se explicam os efeitos que se produzem nos lugares de reunião. Uma assembléia é um foco de irradiação de pensamentos diversos. É como uma orquestra, um coro de pensamentos, onde cada um emite uma nota.
Resulta daí uma multiplicidade de correntes e de eflúvios fluídicos cuja impressão cada um recebe pelo sentido espiritual, como num coro musical cada um recebe a impressão dos sons pelo sentido da audição.
Mas, do mesmo modo que há radiações sonoras, harmoniosas ou dissonantes, também há pensamentos harmônicos ou discordantes. Se o conjunto é harmonioso, agradável é a impressão; penosa, se aquele é discordante. Ora, para isso, não se faz mister que o pensamento se exteriorize por palavras; quer ele se externe, quer não, a irradiação existe sempre.
Tal a causa da satisfação que se experimenta numa reunião simpática, animada de pensamentos bons e benévolos. Envolve-a uma como salubre atmosfera moral, onde se respira à vontade; sai-se reconfortado dali, porque impregnado de salutares eflúvios fluídicos. Basta, porém, que se lhe misturem alguns pensamentos maus, para produzirem o efeito de uma corrente de ar gelado num meio tépido, ou o de uma nota desafinada num concerto. Desse modo também se explica a ansiedade, o indefinível mal-estar que se experimenta numa reunião antipática, onde malévolos pensamentos provocam correntes de fluido nauseabundo.
20. - O pensamento, portanto, produz uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral, fato este que só o Espiritismo podia tornar compreensível.
O homem o sente instintivamente, visto que procura as reuniões homogêneas e
simpáticas, onde sabe que pode haurir novas forças morais, podendo-se dizerque, em tais reuniões, ele recupera as perdas fluídicas que sofre todos os dias pela irradiação do pensamento, como recupera, por meio dos alimentos, as
perdas do corpo material. É que, com efeito, o pensamento é uma emissão que ocasiona perda real de fluidos espirituais e, conseguintemente, de fluidos materiais, de maneira tal que o homem precisa retemperar-se com os eflúvios que recebe do exterior.
Quando se diz que um médico opera a cura de um doente, por meio de boas palavras, enuncia-se uma verdade absoluta, pois que um pensamento bondoso traz consigo fluidos reparadores que atuam sobre o físico, tanto quanto sobre o moral.
21. - Dir-se-á que se podem evitar os homens sabidamente malintencionados. É fora de dúvida; mas, como fugiremos à influência dos maus Espíritos que pululam em torno de nós e por toda parte se insinuam, sem serem vistos?
O meio é muito simples, porque depende da vontade do homem, que traz consigo o necessário preservativo. Os fluidos se combinam pela semelhança de suas naturezas; os dessemelhantes se repelem; há incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como entre o óleo e a água.
Que se faz quando está viciado o ar? Procede-se ao seu saneamento, cuida-se de depurá-lo, destruindo o foco dos miasmas, expelindo os eflúvios malsãos, por meio de mais fortes correntes de ar salubre. A invasão, pois, dos maus fluidos, cumpre se oponham os fluidos bons e, como cada um tem no seu próprio perispírito uma fonte fluídica permanente, todos trazem consigo o remédio aplicável. Trata-se apenas de purificar essa fonte e de lhe dar qualidades tais, que se constitua para as más influências um repulsor, em vez de ser uma força atrativa. O perispírito, portanto, é uma couraça a que se deve dar a melhor têmpera possível. Ora, como as suas qualidades guardam relação com as da alma, importa se trabalhe por melhorá-la, pois que são as imperfeições da alma que atraem os Espíritos maus.
As moscas são atraídas pelos focos de corrupção; destruídos esses focos, elas desaparecerão. Os maus Espíritos, igualmente, vão para onde o mal os atrai; eliminado o mal, eles se afastarão. Os Espíritos realmente bons, encarnados ou desencarnados, nada tem que temer da influência dos maus.
25 setembro 2005
Uma Viagem ao Umbral
Eram 03h30min da madrugada. Eu escrevi uma apostila do curso de experiências fora do corpo. O sono começou a me incomodar e resolvi ir deitar. Pensei em continuar a apostila durante o dia. Deitei-me ao lado de minha esposa, mas educadamente empurrei o corpo dela pra o canto da cama, pois já sei, que se fizer um trabalho energético muito perto, a incomodo, além de piorar, se eu por acaso encostar nela (dá uma fusão energética intensa e perco a projeção ou o momento da saída). Comecei a mobilizar as energias de forma intensa e pensei: "Eu vou ficar bem concentrado nisso até sair do corpo!" Senti uma dificuldade energética na área da garganta e fiz um estado vibracional** localizado, até que melhorou. Perdi a consciência depois de um tempo de exercícios energéticos. Minha consciência despertou ao lado de um espírito, que mexia nas minhas energias, acredito que por isso eu consegui abrir a lucidez naquele momento. O local era horrível, escuro, com barulhos de gritos que vinham de todo lado. O espírito amigo me disse: "Preste atenção! Estamos aqui para socorrer um amigo, ele se perdeu aqui e já é a quinta vez que tentamos tirá-lo desse lugar. Está vendo aquele ponto ali?" - Ele falou isso enquanto apontava para um tipo de amontoado de lama com madeira. Eu falei: "Vejo sim!""Você é o quinto projetor que pegamos e ninguém ainda conseguiu passar dali. Não ajude ninguém durante o caminho, não se concentre em nada. Você irá entrar disfarçado comigo, e se nos descobrirem, você irá acordar pensando que foi um pesadelo, e sentirá uma energia desagradável. É só você me seguir, pise onde eu pisar; é só seguir os meus passos. Eu, claro, depois dessa já estava olhando tudo com o máximo de atenção, e também com certo receio. Íamos andando a passos lentos, e ainda pensei: "Por que não voamos?"A resposta do espírito veio rápida na mente: "Voar? Estamos disfarçados!"Eu pisava exatamente onde ele pisava. Era uma lama, ele pisava e deixava um buraco. Reparei que a minha era roupa igual à dele: era marrom e eu usava uma bota. E fazia um barulho estranho a cada pisada, como se estivéssemos andando em um tipo de lama bem grossa. Eu olhava para todos os lados, com medo de algo pular em cima de nós, pois eu via cada cena horripilante. Teve uma hora em que pensei ter pisado numa poça de sangue com algo amarelo, simplesmente nojento. Chegamos ao ponto de onde os outros projetores não conseguiam passar, e reparei o motivo disso. Era um lugar onde havia muitos espíritos sofredores, jogados para todo lado. Em minha mente surgiu a resposta: eram espíritos que já tinham sido vampirizados até a última gota das suas energias, e estavam totalmente desfigurados. Alguns sem pernas. As suas faces, totalmente desfiguradas. Aquilo parecia um verdadeiro inferno. E os gritos? Choros, uns nem força tinham para gritar. Como existem lugares iguais a esse? - pensei. Mas é, na verdade o reflexo do próprio homem e seus desequilíbrios. Perdendo-me em pensamentos, durante um momento passei por um lugar, e acho que pisei em algum espírito, pois ele deu um grito forte. Eu me abaixei para ajudá-lo, e aí vi a bobagem que fiz. O espírito amigo ainda tentou me segurar, mas não deu tempo. Ouvi um grito alto, que me jogou uma energia densa, nesses termos: "Ô pra ti, ó!". E senti uma energia forte vindo de vários lugares. Pareceu ser um tipo de alarme. O amigo que vinha comigo não tinha sido identificado, eu era o alvo, pois tinha tentado ajudar alguém. De alguma forma, ao fazer aquilo, eu joguei uma energia diferente no ar, e isso causou uma repercussão no ambiente. Então vi meu amigo entrar em cena, começando a exteriorizar energias na direção dos agressores extrafísicos. Eram uns seis, no mínimo. Eu fiquei ali perto dele, quando o ouvi falar mentalmente: "Vamos lá, Doutor! Agora que vacilou, começa a ajudar na defesa energética." Então, eu levantei as mãos e comecei a ajudar. Comecei a me achar o máximo, pois vinha um dos espíritos, eu jogava uma energia e o cara voava longe (parecia cena de filme chinês de Kung-Fu). Começou a encher, chegavam mais e mais assediadores. Eu já não conseguia me defender direito e perdi a conta de quantos tinham; comecei a sentir uma agonia. Sentia uma energia forte me atingir, até impressão de falta de ar eu comecei a sentir. Até que meu amigo falou mentalmente: "É, vou ter que pedir ajuda. Segura as pontas aí!"Ele fechou os olhos por alguns segundos. De repente, senti uma energia forte varrer todo o local em que estávamos, e vi todos os espíritos baterem em retirada. Uma coisa incrível, simplesmente todos correram como que desesperados. Mas o que seria? Eu não conseguia ver também. Até que senti uma pequena mão pegar nas minhas. Quando olho para o meu lado, vejo uma menina que aparentava uns seis ou sete anos de idade. De olhos praticamente fechados (era o que parecia), ela saudou o amigo e imediatamente me puxou dali. Uma coisa maravilhosa me dominou. Pois eu saí de uma energia pesada e entrei num lugar muito lindo. Um tipo de jardim com bancos. Olhei para aquela menina e fui agradecer a bondade dela. Até então, não tinha caído a ficha de quem seria ela. Até a tratei como criança, agradecendo meio que brincando. Quando, então, a ouvi mentalmente falar, de forma muito calma e muito serena: "Ô Saulo! Sabe que vocês hoje tentaram socorrer um amigo da equipe que trabalhava nesses lugares. Ele se desequilibrou por causa de uma falha dentro dele mesmo, ele recebeu as energias dos seres daquele lugar, que o aprisionaram ali. Aquele rapaz que estava com você era um incansável amigo da equipe dele, que está tentando de toda forma tirá-lo dali. Aquela é uma zona de nível espiritual muito baixo. Esse rapaz que está preso lá, já esteve preso antes ali."Eu falei: "Tá me dizendo que tem um amparador extrafísico preso naquela região?""Não é bem isso", respondeu ela calmamente. "Ele é sim o que podemos chamar de amparador, mas tem seus defeitos também. Ele se desequilibrou, apesar dos cursos e da preparação que tinha. Isso acontece, às vezes, o que mostra que o equilíbrio está dentro de nós mesmos, não importando se mora lá embaixo ou aqui." Eu perguntei: "Diga-me uma coisa, como conseguiu fazer aquilo? Colocar todos para correrem?""Saulo, às vezes a energia aqui é como força física. Uma mente equilibrada sempre pode mais do que a força. Basta querer e se concentrar."E perguntei, novamente: "Desculpe-me perguntar, mas fico assustado ao ver uma menina de seis anos falar assim. Você é muito fofa, mas é óbvio que é uma amparadora. Por que está com forma de criança? Pergunto isso, pois, por coincidência, recentemente comentei isso com amigos." Ela respondeu: "Eu vou reencarnar em breve. Eu preciso já ficar na forma feminina, mas prefiro ficar como criança. As pessoas se desequilibram muito fácil, por causa do instinto humano, por isso prefiro ficar na forma de menina." Eu: "Vai reencarnar quando?" "Daqui a uns 25 anos, mais ou menos, disse ela."E isso é breve?", e dei uma boa risada. A conversa continuou durante um bom tempo, só que não me lembro de mais nada, além dessa minha risada. Lembro-me de abrir os olhos no corpo, onde fiquei imóvel na cama sabendo que tinha que me lembrar de algo. Logo me veio a imagem do local horrível. E começou a me chegar tudo o que escrevi acima. Porém, agora comecei a meditar nos acontecimentos. Como pode um amparador extrafísico ficar preso? Isso é muito intrigante, pois mostra que os amparadores também são falhos, mas é claro que existem milhares deles, e possivelmente, de alguma forma, ele foi levado para aquele desequilíbrio, que, infelizmente eu não pude ajudar. Fui avisado pelo amigo de que não podia ajudar ninguém na passagem, mas não entendi muito bem a mensagem. Realmente sinto muito por não ter conseguido ajudar. Meu coração se parte em dois pedaços, um pelo rapaz preso, e outro pelo empenhado amigo que não descansa, querendo socorrê-lo. Vou me colocar novamente à disposição dele, se precisar, e da próxima vez tentar ser mais equilibrado. Agora, a segunda parte foi formidável. Quem era aquela figura angelical? Que coisa mais linda! Agora que voltei ao corpo, percebo de forma clara com quem eu estava. E fico pensando: eu estava lá com o amigo exteriorizando energias com uma dificuldade incrível para se defender, então ela chegou e em um segundo todos correram. E me questiono: "Por que ela não vai pegar o cara lá que está preso? Imagino que ela seja muito sutil para isso, por isso eles têm que pegar os projetores astrais, devido à densidade das energias de seus corpos e do cordão de prata. Que coisa mais linda que ela era... Sabe, apesar de ela ser a criança, era eu que queria ser carregado no colo por ela (e quem não queria?) E a saudade que sinto dela agora? Um amor fora de série, mesmo sem já poder me conectar na energia que estava naquele momento. Agora me lembro que, enquanto ela me explicava as coisas, me travava com carinho, pegando em minha mão, olhando-me e se comunicando de forma muito lúcida. Percebi o quanto uma mente sadia é importante. Ela fez algo incrível. É até meio que vergonhoso, eu, um projetor, lá me esforçando na proteção energética, e chega uma criança e faz o trabalho meio que brincando. P.S.:Bem, hoje fiquei conectado com as energias dessa amparadora o dia todo.Pois é... Quanto a aprender, começo a perceber que a criança aqui sou eu...
Abraços. - Saulo Calderon -Salvador, 03 de fevereiro de 2005.Notas:
* Umbral Extrafísico: Plano astral atrasado; Plano espiritual inferior.
** Estado Vibracional: Aceleração das energias pela força da vontade, visando o desbloqueio energético e a mobilização e ativação dos chacras e das energias da aura.Ver nota de rodapé no meu texto "Projeção da Consciência e Assistência Interconsciencial", aqui mesmo nessa coluna.
http://www.ippb.org.br/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=3785