07 abril 2013

A Possessão, segundo Kardec

“Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz;
o homem precisa habituar-se a ela pouco a pouco, do contrário fica deslumbrado.
(Allan Kardec)

Há possessos? Existe a possibilidade de dois Espíritos coabitarem num mesmo corpo? O mergulho cronológico nas obras da Doutrina Espírita, nos leva ao seu berço, “O Livro dos Espíritos”: (1)

1857


Perg.473–Pode um Espírito tomar temporariamente o invólucro corporal de uma pessoa viva, isto é introduzir-se num corpo animado e obrar em lugar do outro que se acha encarnado nesse corpo?

O Espírito não entra em um corpo como entrais numa casa. Identifica-se com um Espírito encarnado, cujos defeitos e qualidades sejam os mesmos que os seus, a fim de obrar conjuntamente com ele. Mas, o encarnado é sempre quem atua, conforme quer, sobre a matéria de que se acha revestido. Um Espírito não pode substituir-se ao que está encarnado, por isso que este terá que permanecer ligado ao seu corpo até ao termo fixado para sua existência material.


Kardec retira suas conclusões, prepara e formula a pergunta seguinte, e os Espíritos respondem: (1)


Perg. 474_ Desde que não há possessão propriamente dita, isto é coabitação de dois Espíritos no mesmo corpo, pode a alma ficar na dependência de outro Espírito, de modo a se achar subjugada ou obsidiada ao ponto de sua vontade vir a achar-se, de certa maneira, paralisada?

Sem dúvida e são esses os verdadeiros possessos. Mas é preciso saibais que essa denominação não se efetua nunca sem que aquele que sofre o consinta, que por sua fraqueza, quer por deseja-la. Muitos epilépticos ou loucos que mais necessitam de médico que de exorcismos têm sido tomados por possessos.


27 outubro 2012

Inácio Ferreira e "A Partícula de Deus"


Não resta dúvida de que é muita pretensão denominar-se de “partícula de Deus” ao Bóson de Higgs, cuja existência havia sido prevista desde 1964, pelo físico britânico Peter Higgs.
Quando encarnado, eu era do tempo em que aprendíamos na escola que o átomo seria indivisível, e, provavelmente, entre vocês que ainda se encontram no corpo carnal, haja um remanescente deste equivocado conceito que subsistiu até o final do século XIX.
Antes, porém, em “O Livro dos Espíritos”, obra básica da Doutrina Espírita, lançada a 18 de abril de 1857, os Espíritos haviam afiançado a Kardec que a matéria existe em estados desconhecidos pelo homem...
Na questão 22 do referido livro, o Codificador inquiriu: - Define-se geralmente a matéria: aquilo que tem extensão; pode impressionar os nossos sentidos; que é impenetrável. Essas definições são exatas? A resposta, como não poderia deixar de ser, foi notável antecipação científica: - “Do vosso ponto de vista, são exatas, porque não falais senão daquilo que conheceis. Mas a matéria existe em estados que não conheceis. Ela pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que não produza nenhuma impressão nos vossos sentidos; entretanto, será sempre matéria, embora não o seja para vós”. (destaquei)

Pemsamento e Autorealização


És o que cultivas no mundo íntimo através dos teus pensamentos. - Joanna de Ângelis [1]

Somos o que pensamos. O que pensamos reverbera no ser espiritual que somos, em conformidade com as emoções correspondentes, e se estende ao corpo somático através do perispírito.
         Desse modo, como força criativa e mobilizadora de fluidos, o pensamento erige a psicosfera particular em consonância ao nosso estado de elevação ou de instabilidade moral nutrida na vida interior e materializada em nosso cotidiano.
         A psicosfera de cada indivíduo revela o que ele traz no alforje do coração como reflexo das vivências encetadas nesta e noutras vidas, que se manifestam como condicionamentos refletidos nos hábitos e pensamentos atuais, formando um mosaico que denota a natureza moral daquele.

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